27 março, 2003
Não tive inspiração nenhuma nem para ligar o micro. Fui almoçar e não voltei mais pro trabalho à tarde, por causa do Conselho. Cheguei lá em cima da hora, preocupada já, mas de boba, porque de britânica e anciosa só dava eu. Enfim, tudo a mesma lenga-lenga... o que mais me aborrece é estar nessa situação por causa dele. E, como se não bastasse só eu, as crianças também, indireta e diretamente. A assistente social fará visita em casa, no trabalho, na escola, na casa dos pais dele, na casa de meus pais. Isso é um absurdo tão grande, mas não me revolto com a pobre coitada da moça que está fazendo o serviço dela e sim, comigo mesma. É. Comigo. Sou muito pacífica. Esta conversando com uma amiga e ela falou tão ingenuamente: 'Não sei como que você aguenta...eu já teria feito um escândalo...'. Tens razão. Tenho motivos para um. Mas não faço porque não é de mim. Fujo de confusão como o diabo da cruz. Ficar de blábláblá também não adianta de nada. Até o pai dele está me negando diálogo - sei lá porquê. Voltando à assistente, falei com a maior calma do mundo que estava passando por tudo aquilo gratuitamente e já que ela tem que confirmar a veracidade dos fatos, será bem vinda em minha casa. O lado bom é que arquiva de uma vez, o lado ruim é eu ter que explicar para as meninas que uma moça vai fazer perguntas à elas... mas quem é a moça? o que que está acontecendo? foi o papai né? ... 'É... foi seu pai sim' ..... E, enquanto estou ali me virando no avesso para não falar que o pai delas é um calhorda sem vergonha, ele está lá... bem... com o carro do ano.... provavelmente passeando no shopping.

Deixe estar, jacaré.... a lagoa há de secar e os peixinhos hão de morrer. ((pois é, a Polly também têm seus momentos insanos))

 
25 março, 2003

No fim de semana passado, quando o avô das meninas veio buscá-las, trouxe com ele um "sobrinho" meu, que eu não via desde minha separação. Ele, o Guilherme, é filho de meu ex-cunhado, se é que existe isso, porque eu trato todos de lá como se ainda fossem minha família também (com exceção de meu ex-marido, que dispensou terminantemente essa relação...). Enfim, o Gui está um moço. Me assustei ao vê-lo e escutar um 'oi, tia' quase sussurrado, numa voz em mutação. Eu não tenho certeza absoluta da idade dele, acho que está com uns 13 anos... o que me lembro é quando comecei a namorar o meu ex, o Gui era apenas um bebê, aprendendo a dar os primeiros passos. Me senti velha na hora (!) e disse isso à ele, que riu, novamente muito sem graça.

Comecei contando tudo isso por outro motivo... Hoje, ao esperar minha filha mais velha sair da escola - e é sempre a última sala a sair, não sei porque cargas d'água- desejei no fundo de meu coração que o tempo parasse por uns 5 ou 6 anos para a Rafaela e para a Raquel. Saída de escola é geralmente tumultuada por mães aglomeradas na porta e por busca de vaga dos que estão de carro. Eu, como sempre, fico quieta esperando a pimpolha dentro do meu, sempre me ocupando de leituras ou cutículas ou cachos dos cabelos. Mas hoje parei o carro do lado um grupinho de "aborrescentes" e inevitavelmente escutei a conversa delas. (Eu juro!). Estão na quinta-série pelo que eu entendi... e o papo vocês devem imaginar.... 'O professor Roger é gatuuu demaiiiiis. Sabe o que ele falou pra mim ontem? Que sou uma revelação de aluna! Me desmanchei toda' (!!!!!) 'E o Thiaguinhu, vocês viram?' 'Aiiiiiiii, ele é fofo. Dei meu telefone pra ele' (ufa, ainda bem que foi o telefone...) 'Sabe a festa da Tica, no sábado? Beijei mooooito'. Santo protetor das crianças, o que que é isso? Não é difícil calcular a idade dessas garotas... Quinta série = 11 anos!!! Tudo bem, eu sei o que vocês estão pensando... mas tenho que confessar: aquilo tudo estava sendo horrível para mim ! Era como se eu estivesse ouvindo premonições... Apesar de ter casado cedo pacas, com 11 anos eu brincava de boneca, minha gente... e hoje as garotas beijam 'mooooito'. Quando a Rafa entrou no carro ela até se assustou com minha feição, e eu, erroneamente, perguntei:

'Filhota, quando você arrumar um namoradinho, você me conta? (já esculhambei... chamei o futuro namorado de inho) ...
'Nossa, mamãe... só tenho 9 anos.' (ainda bem que ela tem noção)...
'Conta ou não?' - eu, desesperada, já. ...
'Lógico mamãe. Conto tudo pra você.' ... (alívio, mesmo com uma promessa sem documento em cartório nem firma reconhecida)

Mas posso acreditar nela e isso me rendeu um suspiro... Agora, a Raquel são outros 500. Ela já é muito mais liberal e cheia de personalidade. Falo que vou amarrá-la no pé da cama e ela ri. Mas só tem 6 anos incompletos. Tô até vendo. Vai ser difícil. Quando eu participava involuntariamente do papinho cor-de-rosa das garotas, enxergava minhas filhas, tal qual aqueles episódios na televisão onde os olhos saem da órbita e esbugalham para fora. Só de imaginar, tremo nas bases. Meu sexto sentido clama para que o tempo estacione 5 ou 6 anos para minhas filhas. Eu não ligo, tô chegando aos 30 e tô adorando. Ao mesmo tempo, tô realizando a cena:

Portão de casa:
- Rafaeeeeeela.
Dentro de casa, do quarto:
- Mamãe, é o Juninho, diz pra ele que já vou... tô terminando de me aprontar... mas vê lááá hein, não vai dar mancada.
Porta:
- Entra, Juninho. A Rafa tá quase pronta.
- Não, eu espero aqui mesmo, Dona.
(argh! Dona? Sic!!!!)
- Entra, menino.... como é que vou questionar você aqui fora, no portão? Já pra dentro, anda!
(e rezar para que a Rafa esteja enrolada com qual cor de batom vai passar....)


Socorro!

 
23 março, 2003

Ela se chama Dorvalina.

Há um tempo já, eu estava querendo falar dessa senhora de 82 anos e uma pessoa extraordinariamente fincada nos primórdios do tempo, que é minha avó. O convívio com ela é bem difícil, assim como praticamente todo idoso. Restou-lhe pouquíssima audição, presente da idade avançada, mas é tão birrenta que se recusa terminantemente a usar o aparelho auditivo. É teimosa como uma criança de 3 anos. Se ela diz que o verde é azul, concorde pelaamordeDeus. Ela tem o dom de conseguir tirar qualquer um do bom humor com as idéias dela... fomos aconselhados a deixá-la contar somente, dando-nos o direito de ficar caladinhos, porque senão é confusão na certa. Ela continua falando, falando, falando e qualquer ser humano sai do sério. Porque se o verde é azul, então o verde é azul, vovó... a senhora está certa mais uma vez. Hipocondríaca nata. lembro-me de uma vez, almoço do Dia das Mães, família reunida... Eu era nova ainda, devia ter uns 13 anos... e minha avó: - "Ontem quase morri... passei mal a noite inteira... vi a morte na minha frente". E eu, sentada no sofá... - "Desde que me conheço por gente a senhora 'quase morreu'." Isso está gravado num vídeo... Quando dá aquelas fases 'recordar é viver', todo mundo olha na minha cara por causa dessa frase tão inocente (e verdadeira). Todo dia ela tem uma doença. E todo dia ela não está bem. Nunca -nunca mesmo- escutei minha avó falar que estava bem. "Tudo bem vovó?" ... "Que nada... meu braço (perna, barriga, costas, joelho, dedos, estômago, fígado, olhos, ouvido) dói muito hoje". Eu não sei da onde ela tirou a idéia que damos mais atenção à ela qdo está no papel de vítima. Pelo que minha mãe conta, ela sempre foi forte - e ainda é muito- e nunca a viu reclamando tanto como nos últimos tempos. Já perdeu uma filha (há 16 anos), o marido (há 10 anos), a irmã (há 9 anos) e um filho (há 8 anos)...e brinco com ela que ainda vai ver a Rafa -minha filha, de 9 anos- casar. Penso que o que realmente faz mal à ela é a auto-medicação. Para tudo ela toma remédio. Antes do banho, um comprimidinho para não se resfriar. Depois do banho, gotinhas de um analgésico, para não ter febre. Isso é diário! E não tem quem consiga proibí-la. Já chegamos ao ponto de esconder os remédios da casa... e ela caiu em depressão. Ela é diabética, e acha que é a pior doença do mundo. Quando digo que ela tira do sério: minha tia (filha dela) tem uma amiga que o câncer está tomando conta e resta somente um fio de força de vontade na moça para prosseguir, apesar de todo tratamento necessário... enfim, minha tia estava contando para a minha avó o caso... explicando o tratamento, dizendo que a amiga está sem cabelos porque a radioterapia acaba com tudo... vira a minha avó - que estava aparentando entender tudo- e diz: -"E eu, com essa diabete que está me matando aos poucos? Meu sofrimento ninguém vê!" É aí que a paciência nem aparece e saem chutando o balde de raiva... Ainda lembro de minha tia, aos prantos, falando "Minha amiga morrendo e ela preocupada com a diabete dela!". Ela nunca sofreu como acha que sofre.. nunca precisou de uma internação, nem de remédios fortes e desde quando descobriu que era diabética, sempre se cuidou. Adora plantas, na casa dela tem vários canteiros, onde ela mesmo abaixa na terra, cuida, rega. Acho que é mais bem disposta do que eu mesma! Só que ela não quer que a gente acredite nisso e arruma briga todo santo dia. Agora a parte divertida da coisa se resume na surdez... resolvi escrever sobre ela hoje porque ela se superou ontem: por não entender bulhufas do que se passa na TV, ela consegue emendar uma coisa na outra e assim vai...consegue formar notícias hilariantes. Uma vez, foi me buscar na varanda da casa dela, para que eu pudesse entender melhor a 'notícia': um sequestrador havia deixado a refém -uma menina- num lago e um helicóptero estava vindo resgatá-la... e era em Barueri, ela tinha certeza, pq ouviu o moço (?!?!) falar... Quando olhei para o que ela estava assistindo, nada mais era que um filme do Arnold Shwazzenegger... caí na risada...desculpa, mas é impossível não rir. Expliquei: -"É um filme vovó... não é notícia" ... -"Lógico que é. Eu vi, é em Barueri" .... "Tá bom, vovó. Tá bom..." - eu estava em paz, não ia discutir. Essa enrolação de notícias espirituosas é praticamente diários também... e ontem, como estava contando, ela bateu todos os recordes: estávamos em família (passo lá todos os dias vê-la) na sala assistindo filme, quando ela chega e solta a pérola do ano: Saddam Russein estava no Vaticano e o Papa estava abençoando os dois filhos do ditador. (explosão de gargalhadas... ninguém aguentou)

Agora diz: posso? Não, não posso. Mas que arranca boas risadas, ahhh...isso arranca.
Te amo, vovó.


Desabafos da Polly Mattos | às 11:45 AM


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Blás

Bom dia pra você também...

Acho que ontem o Blogger resolveu tirar férias. Tirar um descanso. E deixar todo mundo louco da vida. Os blogs em que passei, todos postaram praticamente a mesma coisa e tiraram uma conclusão, no mínimo, excessiva: deve ser a guerra. O que aconteceu e que todo mundo já sabe é que ninguém conseguiu coisa nenhuma nesse Blogger, deixando almas furiosas e o Fórum lotado de reclamação. Eu, por minha vez, tentei o dia inteiro, e vi minha página por vários ângulos diferentes... só a sereia, só os posts, só os links, a sereia e os links, só os quadros azuis, enfim... acabei desistindo por volta das 20h, onde acabei direcionando toda minha atenção à outra coisa, que foi muito bom por sinal. Em compensação, tive uma noite agitada, não consegui dormir, acordei com dores no corpo - e não é nada disso que você está pensando. Agitada mesmo, acordava assustada... lembro-me de uma hora que joguei o edredon longe, e quando notei, estava sentada na cama com dores nas pernas - que me tiraram o restinho de sossego que me restava. Como hoje é um daqueles típicos domingo-chato-de-coisa-nenhuma-para-se-fazer, conectei cedo. Já fucei, fucei, fucei... e estou maravilhada com a velocidade disso tudo... que maravilha. Já estava com saudades.

A propósito

Na verdade, não tem propósito nenhum, nem tem nada a ver com o Blogger e suas crises existenciais...
Não é porque sou uma mulher balzaquiana, linda, com tudo certinho (já exagerando), meiga, simpática, comunicativa, educada, esperta, de fino trato (ai, Deus castiga), de família e com pouquíssima modéstia que não tenho do direito de colocar aqui no meu roxinho, a minha felicidade exacerbada de meu time ter sido vencedor. Não sou fanática nem tampouco morrerei se não assistir um jogo. Gosto de finais. E ontem, apesar do tumulto inicial de virilidade 'jogadorística' atingida por uns e por outros, o que importa mesmo é que gritei Gol por três lindas vezes. E qualquer comentário mesquinho que aconteça ao meu post de torcedora-nem-um-pouco-fanática, será intriga da oposição.

Viu só, nem coloquei Corinthians.... hehe. [[ Vai ver que não precisa ]]....

Desabafos da Polly Mattos | às 10:30 AM
 
21 março, 2003
Seguindo os passos da piradinha da Cacau, olha só o que eu descobri!

Que coisa meiga você é?

Já desconfiava desde o princípio.... hehe.

.

Abomino pessoas frias. Sabe aquelas pessoas sem amor nenhum, sem compaixão ao próximo, sem emoção? Essas... abomino. E de tanto que abomino, elas fazem parte da minha vida. Quando escutava minha tia falando que o chefe dela era um insensível, com rigores militares e que nenhuma emoção estampava sua face eu fiquei impressionada, mas confesso: por reflexo de saber denovo. Porque há muitas pessoas assim, infelizmente. Pessoas que acham ridículo chorar em filme ou em novela. Pessoas que não querem nem saber se você precisa de um horário maleável, ou se está indisposta, sei lá. Nenhum sentimento move lá dentro. Você olha dentro do olho: ... ... ... e nada. E pessoas assim fazem parte da minha vida, cheia de emoção, de medo, de humor, de TPM, de idas e vindas, de gargalhadas, de sorrisos, de blog's, de muito choro... quando digo que choro até com comercial é a mais pura verdade.

Sentimental eu sou.... Eu sou demais....

E, mesmo vendo, sentindo e experimentando eu ainda não acredito. Temos exemplos diários na televisão de pessoas assim, mas eu estou me referindo especificamente de pessoas normais: teu marido, tua esposa, teu namorado ou namorada, teu melhor amigo.... e também não estou falando da frieza de um assassino, não! pelaamordeDeus.... isso, para mim, na minha humilde opinião, é outra coisa... que deixo para os psicólogos explicarem. Estou dizendo da tua namorada que furou contigo e saiu com a "galera"; do teu chefe que não deixou você ir embora mais cedo por causa da sua enxaqueca (coisa banalíssima para pessoas frias); do teu marido que não aceitou o convite para uma pizza; do teu namorado que nem liga se você está com problemas...ou não. Tudo fica bem no final - é esse o lema! (será???)

Eu consigo....Nós conseguimos....

Por muitas vezes engoli sapos horrendos a fim de ver o sorriso alheio. Não sou única, muitos são assim, eu sei. Não consigo conceber a idéia que a maioria só olha o próprio umbigo... Isso me choca... Ainda estou no mesmo teor: a frieza. E também não vou colocar aqui a ganância, a mentira, a hipocrisia... vou ficar simplesmente na FRIEZA. Não conseguiria nunca negar um pedido que alguém querido, por mais que eu tivesse moída de cansaço. Não sou santa, já negociei... mas negociar é uma coisa.... "não tô a fim" é outra absurdamente irreal. Fico triste, sabia? Convivendo com pessoas assim, já me imaginei no lugar. Já chorei (que novidade!) copiosamente na frente de um ser que nem se moveu. E como doía aquilo dentro de mim, e assim chorei por horas. E ele, intacto. Cheguei a ouvir que estava fazendo drama! Meu sentimento, o mais puro deles em mim, era drama! Nessas horas que queria fazer o mesmo....

E é nisso que quero chegar....

Já está meio longo, mas acabou já: será que essa frieza humana, a pontos extremos de insensibilidade, é um sentimento que pode ser aprendido ou é um sentimento consequente de n coisas que podem ter acontecido? Porque se puder ser ensinado, quero, ao menos, aprender... colocar em prática quando necessário e não ficar tão pra trás assim. Porque nem em quem mais me humilhou a vida toda consigo utilizar de tal argumento.

Eu simplesmente sou o que sou... mas se tiver como aprender, aprendo.

Paz (ainda)

Em tempo:

* Emocionada logo de manhã ao ver o caminho que a Dati colocou.... Obrigada por tanta atenção, querida.
* Para quem perguntou: a audiência no conselho é dia 26/03...

Desabafos da Polly Mattos | às 06:29 PM

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GEMINI, o terceiro signo

GEMINI, o terceiro signo do Zodíaco, representa o amor fraterno e é dedicado aos irmãos gêmeos CASTOR e POLUX. Sobre o seu nascimento conta-se que Júpiter transformou-se em cisne para possuir Leda, esposa de Tíndaro. Depois de nove meses ela teve dois ovos, um do seu marido, do qual nasceu CASTOR e CLITMNESTRA e outro de Júpiter, do qual nasceram CASTOR e POLUX. Os dois irmãos participaram juntos de muitas aventuras, entre elas a excursão em busca do Velocino de Ouro, com os Argonautas. Eram inseparáveis, ficando célebres pela profunda amizade que os unia. Quando CASTOR foi morto, ao se envolverem num conflito no final de uma festa de casamento, POLUX ficou desesperado. Não podendo suportar a separação, o irmão pediu a Júpiter que lhe tirasse a vida. Júpiter não podendo atender inteiramente ao pedido, partilhou a imortalidade entre os dois, que foram colocados no céu, na constelação de GÊMEOS. Este signo governa o mês de maior época em que a natureza é pródiga em frutos e flores.

[tem mais aqui]

Sabia disso?
Eu não!
Ganhei essa imagem da Cacau... não é linda? Obrigada cherry.

Desabafos da Polly Mattos | às 12:56 PM
 
20 março, 2003
Hoje estou saudosa... Como já falei... É uma sensação daquelas boas, de pensar na vida e como fui egoísta em pensar que não era bom! Hoje corro mais, acordo as 7h, utilizo meu horário de almoço para levar as crianças na escola, depois as 17h as busco, aí é que sento e respiro. Eu estava até me olhando há uns dias: faz meses que não faço uma escova, minhas unhas estão sendo feitas em casa mesmo... engordei. Não tenho tempo para cuidar de mim. Tempo até tenho, não tenho disposição... a minha filha maior é um anjo, auto-suficiente aos 8 anos, as vezes até me esqueço dela e vou procurá-la, ela está mergulhada em algum livro, ou jogando vídeo-game, ou assistindo TV, ou fazendo artes (no sentido literal da palavra, já não tem onde colocar mais quadrinhos coloridos e presentes pra mamãe...). Em compensação, a menor... complicada minha relação com ela, muitas vezes, mas muitas vezes mesmo, a olho e penso: como ela é diferente! Aos 5 anos acha que tudo pode, faz tudo sem permissão, tem uma personalidade fortíssima. Difícil de lidar aos 5... penso no futuro.
Mas...voltando ao passado. Senti saudades quando minha auto-estima era maior... perdi muito dela nos últimos 5 anos, porque brincaram de sentimento comigo... é isso mesmo... Brincaram de amor comigo. Só que brincaram com a pessoa e sentimento errados. Acho que sou uma das poucas ainda a acreditar no amor... quem visita esse blog já sabe disso. Tanto é que não me lêem escrevendo sobre a guerra. Não suporto nem pensar que existam pessoas assim... quando vejo as notícias invadindo tudo quanto é lugar que olho, minha crença no amor a transforma em filme, irrealidade. Sou extremamente altruísta para lidar com a realidade facilmente. Hoje pela manhã, ao ler o jornal, não passei do terceiro parágrafo, pois já estava com os olhos cheios de lágrimas... Tenho saudades hoje de um amor sincero que acho que nunca tive. É essa principal angústia do meu peito. AMOR SINCERO. Eu acho (e digo por experiência) que banalizaram demais o amor. Todo mundo tem seu preço. Não digo dinheiro, especificamente. Dinheiro também, mas não só ele. Todas as pessoas são negociáveis - seja ele o preço que for - e assim, perdem toda uma caminhada. Já perdi e me fizeram perder o rumo (do amor) dezenas de vezes. Pra mim, e talvez pra vc também, sinceridade é o eixo de tudo. Só que quando se mente (Foi comprado! Perdeu o rumo!) nunca mais se acredita. Pode até ser que relevemos o resto dos dias juntos (ele pensa que mente, eu finjo que acredito) - se escolher assim, mas a dor incessante no coração pulsará junto com seu ritmo. Na teoria tudo é belo, na prática tudo dolorido. Eu, a cada pulsar de meu coração, pulsa junto a dor, de ser alvo disso - de se venderem fácil e inescrupolasamente. Eu sei que estou reticente, que não estou sendo direta, mas não quero falar sobre isso profundamente. Me deprime, me revolta.Porém, não vou deixar de amar, não vou deixar de crer no amor... Há de ter uma versão minha mais feliz perdida por aí. E eu vou achar um dia, seja quem quer que seja que esteja comigo. E a saudade maior que sinto é essa: a de meu coração pulsar limpo e imaculado. Essa a razão de minha saudade hoje... se é que saudade precisa de razões.
 

- E não é que recebo a visita ilustre do Diga Mello? E veio numa péssima hora... (sorriso). Se ele me avisasse que viria aqui, eu ajeitaria o web-barraco, chamaria a faxineira, compraria flores pra decoração, oferecia um café... (pirata toma café?)... mas veio sem avisar viu a Polly cheio de problemas, reclamona, chorona, boboba, chatona e quantos "onas" forem possíveis ainda... Desculpa o mal jeito, viu moço... da próxima eu capricho mais...

- A Dati teve a feliz idéia de fazer um Post Interativo e se deu bem (como sempre). Quem estiver curioso, só indo lá. Quem não gostar (o q é difícil de acontecer) volta aqui e reclama, mas não aceitamos devoluções, hein?

- Fiquei perdida hoje numa receita de amor que a Cacau postou lá. Ô cherry...ainda estou me indagando ... e isso ainda vai longe, pode ter certeza.

- Aconteceu comigo: apesar do bom humor notável aqui, hoje meu dia fechou com "chave de ouro". Tenho grandes problemas com meu ex marido, que mudou da água para o vinho depois que casou-se de novo. Não há mais quem consiga lidar com aquela criatura. Quieto, guiado, mandado. Não tenho contato com ele mais - há uns 4 anos... mas não é isso que me importa. Não sei porque cargas d¿água ele insiste em me derrubar. Porém, anotem: Não vai. Quem é mãe sabe do que estou falando. Se ele pensa que vai conseguir tirar as meninas de mim, ahhhhhhh... ele está redondamente enganado, pois sim. Ele que aguarde e confira.

- Explicando: pela terceira vez recebi a intimação do Conselho Tutelar. Eu! Acusada de maltratar minhas filhas por aquele senhor que sabe muito bem que não faço isso e nunca fiz. E tem mais: quando ele atrasa a pensão, eu não corro denunciá-lo...ao contrário, a anta aqui que vos fala pensa na filhinha dele (do casamento novo) ... pensa nele... e pensa no que vai dizer para as minhas filhas. Porém, para me denunciar no conselho (provavelmente para se livrar da pensão alimentícia) ele não pensa nem meia vez.

- Quando não é da índole, não é mesmo, e não adianta. Sou uma pamonha, uma idiota, uma panaca, uma imbecil, uma trouxa... mas não faço mal a ninguém. Soa demagogia, mas ... é muito sério. Chorei, gritei ao telefone com todo mundo, fiquei mal, deixei um comentário sem nexo na Dati (desculpa eu?). Agora tá passando. Depois, quando eu chegar em casa, vai acontecer de novo... a maldita hora da cabeça no travesseiro. Daí choro pra caramba de novo...depois passa.... e assim caminha a humanidade.

- Como eu disse hoje no telefone, quero um colo que me escute sem me condenar a nada, sem me apontar erros... quero afago no cabelo e ouvido sincero... só isso.

- Tá ficando tarde, acho que vou pro banho. Depois vou assistir filme. Aluguei de novo. Os Sinais, Mel Gibson e A Isca Perfeita, Nicole Kidman.... Mas antes de terminar e pedir pra que o último que passar aqui apague a luz e tranque a porta, quero deixar aqui alguns trechos da música do Renato Russo (é, gosto muito dele)... A música é de 84/85... mas cai como uma luva HOJE:

Mais uma guerra sem razão.... Já são tantas as crianças com armas na mão..... Mas explicam novamente que a guerra gera empregos e aumenta a produção... Uma guerra sempre avança a tecnologia.... Mesmo sendo guerra santa, quente, morna ou fria...Pra que exportar comida, se as armas dão mais lucro na exportação? Existe alguém que está contando com você... Pra lutar em seu lugar já que nessa guerra não é ele quem vai morrer.... Que belíssimas cenas de destruição... não teremos problemas com a superlotação...Veja que uniforme lindo fizemos pra você... e lembre-se sempre que Deus está do lado de quem vai vencer.... O Senhor da guerra não gosta de crianças...................... (A canção do senhor da guerra - Renato Russo)

O que mais posso colocar aqui senão o que venho colocado desde sempre?
PAZ

 
19 março, 2003
Sabe aqueles dias que vc pensa em ficar na cama e teu senso de responsabilidade te faz levantar para ir pro trabalho? Então, hoje é um dia assim. Sabe aqueles dias que não começam bem, porque vc, que já está superatrasada, tem que esperar teu carro decidir pegar... e quando ele pega, na próxima curva um indivíduo te fecha, te jogando quase no canteiro central, deixando vc p da vida? É... hoje é um dia assim. Sabe aqueles dias que vc vê que tá tudo indo errado, e por alguma lei desconhecida, vai continuar errado, e assim que vc pisa da porta pra dentro do seu trabalho, vc já sente o clima pesado, senta na sua cadeira e lá fica quietinha, rezando pra que ninguém te venha encher o saco, mas mesmo assim, há de vir alguém? Pois é, hoje é um dia assim. Sabe aqueles choros compulsivos que dá na gente, que esse alguém te fala uma coisa que em outro dia senão esse, vc soltaria uma gargalhada e mandaria ele as favas, mas hoje, exclusivamente hoje, o dia não está para gargalhadas, por mais que vc esforce uma, teu instinto é simplesmente se trancar no banheiro e chorar durante 30 minutos? .... hoje eu chorei assim

Desabafos da Polly Mattos | às 08:00 PM

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Ainda rodando pela net, acabei caindo em um site cheio de magiazinhas, do tipo acredite-se-quiser-é-só-brincadeira-mesmo.
Entre tantas opções (e detesto opções), escolhi o Biscoito da sorte.
E veja o resultado:

Primeira Lei de Murphy: Nada é tão fácil quanto parece.

Conveniente não?

Desabafos da Polly Mattos | às 02:05 PM
 
18 março, 2003

Puro egoísmo, eu assumo.

Eu tinha milhões de idéias para hoje... mas todas foram indo embora com o passar do tic tac. Não que eu as esqueci, é que simplesmente... sou geminiana. Acho que só a Cacau e o Rafa para me entender. Desde as 17h estou indo nos blogs que tenho linkado aqui. Devo ser carente à beça.... Há dias tenho notado que recebo muitas visitas (tanto é que to muito feliz do contador ter chego à 1000. Caraca! Iniciei ele em 10. É gente pacas... pena que poucos deixam comentários....) e que só quatro dessas pessoas me deixam seu carinho:
Ela, linda (vi a foto hoje!), experiente, artista na vida... faz de simples caminhos uma obra completa.
Ele, lindinho da Polly, me ajuda em tuuuuudo e mais um pouco se tratando de layout, fala minha língua.
Ela, também conhecida por Carla, chegando de mansinho, irmã de signo, blog maneiro, gente boa pacas.
E ele, que também é novo no pedaço, e que me impressiona com o teor dos seus posts...
Ele aparecia também, muito gente, um cara e tanto, palavras dosadas no momento certo, mas ele tá temporariamente off line, voltando se Deus quiser, logo...

De repente, hoje, visitando os blogs, senti uma certa inveja. Mas sabe aquela inveja boa? Tá, pode ser que não exista inveja boa. Inveja é inveja. Porém, lendo o blog da Deize - é primeira vez que vou lá - tenho que concordar em gênero, número e grau quando ela diz que:

"De tudo que nos acontece quando abrimos um blog, o principal, o mais gostoso é fazer amigos. Vamos entrando num blog aqui, num outro ali, comentando acolá e de repente, fazendo o caminho de nossos gostos e idéias, encontramos pessoas com as quais temos afinidades. E o carinho vai aparecendo e se estabelecendo entre nós. Algumas vezes, nem temos a oportunidade de conhecer essas pessoas mais de perto, "ao vivo" mas, mesmo assim, a amizade se instala ! Eitcha, coisa boa !
E, como a maioria dos que escrevem em blogs, não tem vergonha de demonstrar sentimentos, as pessoas encontram formas de expor o gostar do outro... Eitcha, coisa melhor ainda ! Quem não quer afeto e mimos ? Quem não precisa de admiração ? Quem não gosta de ser reconhecido, às vezes, até aplaudido ? Eu preciso, eu gosto, eu quero ! ..."


Eu também quero!

Sou chorona mesmo. Quem me conhece há pouco, dirá que nunca estou bem. Mas não é bem assim. Volto às primeiras frases desse post... Devo ser mesmo muito carente. Não estou menosprezando quem passa aqui e deixa seu comentário vez ou outra, nem desfazendo de meus amigos (posso chamá-los assim?) que diariamente deixam seu beijo... Estou ... desabafando. De novo. Podem sorrir do meu momento-imbecilidade, eu deixo.

Devo ESTAR muito carente mesmo.

 
17 março, 2003

Minha filha mais velha começou o Catecismo (ou Catequese, como queiram) no Sábado passado. Ela estava radiante, acredito que bem mais pelo novo da coisa toda. Eu nunca fui nem isso nem aquilo. Sempre fui crente. Crente = pessoa que crê, que acredita. E acredito (e temo) só em Deus, em Jesus Cristo e em anjo da guarda. Nada de santos, santas. Mas isso é assunto que dá pano pra manga... Enfim, coloquei a Rafa na catequese por motivos burocráticos, quando ela decidir casar , precisa ter a Primeira Comunhão e tal... mas assim como eu "tive" e tenho até hoje, darei à ela toda liberdade nesse segmento: o religioso. Não há como saber sem provar... Ela que vai achar o caminho que ficará bem. Eu fui criada numa família católica, mas me aventurei por outras denominações, indo contra a ira de minha avó - que foi quem me criou, ela tem até uma capela em casa. Nessas aventuras que aprendi, senti, notei, vivi e concluí que não existem santos, nem santas... e que devemos adorar e amar um único Deus. O único Deus. E assim vou indo, nos meus caminhos tortos. Nunca fui, não sou e provavelmente nunca serei ¿santa¿. Meu irmão é evangélico, de boa, leve.... Conversa de Deus como se estivéssemos falando de um vizinho, de um amigo em comum... é muito bom conversar com ele. Há evangélicos que são neuróticos, e às vezes eu os compreendo... o mundo tá igual caranguejo. Quando pensamos que não há mais o que piorar, vem mais onda de problemas incompreensíveis, insolucionáveis, medonhos... daí correm os bitolados em salvação para as praças, com a Bíblia embaixo do braço, aos berros, em busca de uma alma para salvar... Eu e você sabemos que as coisas não são bem assim. O buraco é mais embaixo, como dizem. Assim como estou dizendo tudo isso sem intenção nenhuma além de contar minha história, respeito todo mundo dentro de sua crença...até mesmo esses bitolados que falei. A Bíblia é um livro muito bom de se ler. Lá encontramos tudo que queremos e necessitamos. Converso com Deus como meu irmão fala d'Ele. Sem preocupação ao falar... sem Ti, Tu, Vosso, Vossa....Já me peguei chamando Ele de "Cara...". Rezo, oro, falo como sei falar. Não O tenho como uma Porta da Esperança... Muitas vezes peço dissernimento, porque vivo em constante indecisão. Muitas vezes (muitas mesmo) esqueço de agradecer.... A Rafa e a pequena Raquel foram criadas assim também... rezam o Pai Nosso.... pedem ajuda para o anjinho da guarda quando se vêem em apuros... Com minha mãe, são incentivadas a rezar mais orações decoradas, não concordo, mas como falei, não opino... elas é que vão decidir... No Domingo (ontem) ela teve que participar da missa, eu a levei... e achei estranho, há muito eu não ia numa igreja. Me perguntei porque os santos católicos estavam todos cobertos ¿ devido à Quaresma... eu não lembrava porquê, mesmo tendo feito Catecismo... é, mas faz tempo...bem uns 20 anos. Eu nunca que ia lembrar. Hoje, liguei para minha mãe, pra matar a curiosidade que me corroía.... "Porque as imagens estavam todas cobertas por mantos, mamãe?"... "Estão de luto..." - foi a resposta.

Não entendo. Imagens? Luto? Mas Jesus não está vivo, ressuscitado?
Ah, deixa pra lá. Esse papo é mesmo de dar muito pano pra manga....

 
14 março, 2003
Semancol

Eu queria -sinceridade mesmo- entender pq as pessoas resolvem falar com a gente justamente quando estamos aqui, na frente do micro. Tem a oportunidade de conversar o dia todo, mas não.... encosta do lado e blá...blá... blásssssss intermináveis. O pior disso tudo não é a incoerência do momento... e sim o teor do papo (que não pode ser adiado...). Mas do que a maioria das vezes, não tenho nada a ver com o assunto... não me interessa o preço do chá na china.... mas ainda sou educada o suficiente pra resmungar alguns Umhuns no caminhar da prosa....

Enquanto isso, a concentração nem sei pra onde anda.....
Se vc vê-la por aí, diga que eu a estou procurando....

Desabafos da Polly Mattos | às 10:47 PM

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Vamos por partes... (já dizia Jack, o Estripador...)

Exclui alguns links aí do lado e deixei os quais estou lendo mesmo, quase que neuroticamente, todos os dias. A Cacau entrou agora, a conheci fazem dois dias, mas me senti muito bem no blog dela e sei que vou voltar muitas vezes... Já deixei comentário em alguns blogs, que quando linko é como se eu estivesse pegando uma chave para que eu possa entrar quando bem me der na telha... Então, não achei justo (vamos dizer assim) deixar linkado blogs que mal visito... portanto, meu ato.

Hoje que eu vi (e nem sei quando mudou) o BON. Nem deu vontade de ver ninguém ainda, talvez eu vá. Os da semana passada eu visitei todos, mas não me identifiquei com nenhum. Interessante isso. Ou não... peraí...teve um, que não vou lembrar o endereço nunca, que era de uma moça muito bem humorada que estava desesperada para saber como é que copiava o quadro do BON (onde ela estava) pra colar no template... Ri muito, porém ... também não sei não... mas é uma preocupação para longo prazo...

Estou preocupada com umas coisinhas aí, que talvez passem, talvez não... de repente é tudo coisa da minha cabeça... (desconsidere esse parágrafo...)

Eu queria muito desabafar um pouco, para ver se colho alguns conselhos ... estou com problemas com minha pequena, de 5 aninhos. Mas acho que vou colocar isso em outra hora....vai ser longo...cansativo pra vocês....Talvez eu mude de idéia...

Pérolas do cotidiano:

Hoje, um sol de queimar neurônios...Casa da minha avó, de 82 anos,,,, Eu de regatinha, minha tatuagem aparecendo.. (no ombro, dois golfinhos, fiz na adolescência...):

- Do que vale esses peixes aí nas suas costas? - pergunta vovó.
- De nada ué... - respondo.
- Pensei que tinha alguma validade....

(Hein?)

Paz.

Desabafos da Polly Mattos | às 05:25 PM
 
13 março, 2003
A felicidade é como uma borboleta.
Quanto mais Você a persegue, mais ela lhe escapa.
Mas se Você volta sua atenção para outras coisas,
ela vem e Suavemente pousa no seu ombro.
 
12 março, 2003
Há uns dois dias eu estava meio que "faltando" alguma coisa. Fiquei a dever até aqui no blog... o que me resultou poucos comentários de meus posts nada inteligentes. Especialmente ontem, eu estava com um sensação horrível de estar andando em círculos - leia-se chegando em lugar nenhum. Esforços de dois anos dando em praticamente coisa nenhuma. Não estava bem para trabalhar, estava péssima pra relacionamentos e uma mãe ausentérrima para as meninas. Gosto muito de conversar, sabe? E estava realmente precisando de um olho no olho amável e sincero. Mas em vão... Acho que meus olhos estavam brilhando em luzes de neon: "Por favor, me dê atenção...", mas ninguém viu - ou não deu a atenção necessária. Pode ter certeza que tentei o diálogo, mas veio a maldita sensação já descrita: rodando em círculos quando eu mais queria a saída daquele labirinto em mim. Tomei uma decisão ontem: ia deixar no automático e evitar o máximo magoar quem me rodeia... Tava funcionando, até que recebi um email hoje. E vi o quanto estava sendo hipócrita e egoísta. Tendemos ao egoísmo, todos nós. Do mínimo ao máximo, diariamente, exercemos nosso estoque de egoísmo nas pessoas que amamos. Seja pensar no meu cansaço e negar quando a Rafa me traz algo da escola pra ver; seja achar que alguém tem o dever de fazer alguma coisa pra mim só porque eu trabalhei mais que ela (e falar isso com todas as letras). Voltando ao email: sabe aquelas surpresas inacreditáveis? Então. Daí eu vi o quanto eu estava sendo mesquinha. essa é a palavra: mes-qui-nha. De pesar tanto meu umbigo, esqueci de olhar pro lado. Todos o têm. Todos. E esse email me ajudou a ver muita coisa além da minha própria mesquinhez. Vi que minha angústia acaba quando a angústia da pessoa que quero bem (por motivos inexplicáveis) começa. E duas frases trocadas foi o suficiente para que todo o "mal" que me cercava de repente dissipasse. Bom? Sim, claro... não me sinto cansada como antes... Aqui, em mim, dentro de mim pra ser mais exata, tatuei: basta um sorriso seu para que o meu se abra. E na próxima (porque haverá tantas próximas) juro que vou tentar ser menos imprudente em meu pensar. Não precisei de olho no olho. Só me bastou palavras quentes nessa tela fria. Obrigada à você, que sabe do que estou falando, porém anote: sei que a sua intenção é deveras maior que meu simples bem estar. Eu entendi tudo. Mas não podia deixar de colocar, mesmo que implícito, o que senti, aqui
 
09 março, 2003
Esse domingo tá diferente. Esquisito. Quieto. Solitário. Li os blogs que costumo ler, fiquei vendo um monte de coisa na net, conversei com algumas pessoas... mas parece que domingo todo mundo engata a ré mesmo... Fica tudo bem devagar. A TV é uma meleca, nada de bom... O negócio é eu me jogar no sofá e assistir os vídeos que aluguei... (não, eu não tenho DVD ainda.... meu aniversário é em junho, se alguém se habilitar, ficarei agradecida)... mas provavelmente eu durma... e a noite eu fique sem sono...e amanhã eu tenho que trabalhar.... aiaiai. Que domingo chato
 
08 março, 2003

E ontem, na novela Mulheres Apaixonadas:
(é, eu assisto...)

Rafael: - O que seriam das mulheres, sem nós, os homens?
Vidinha: - Ué?! A gente ia arrumar outro animalzinho pra domesticar....

GENIAL!
Paz, sempre.


Desabafos da Polly Mattos | às 09:05 PM|

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Acho que por ter tanto



Acho que por ter tanto a dizer, que não vou dizer nada. Ou quase nada. Vou usar de um artifício antigo, porém que ainda funciona:

Parabéns, à todas as mulheres!

8 de maio: Dia internacional da MULHER.

Desabafos da Polly Mattos | às 08:00 AM


 
07 março, 2003

Sou meio acreditada em personalidade dos signos. As vezes, dou uma olhada nos sites esotéricos, pra saber mais sobre o signo de Gêmeos, e creiam: achei muita verdade. Nunca acreditei em previsão. Acho um absurdo. Até penso que são um monte daqueles "Os astros estão...", "Marte entra em linha com Vênus...", onde o "astrólogo" faz unidunitê todo dia, e coloca pra gente ler. Porém, personalidade do signo tem TUDO a ver... Tão a ver que funcionou até como uma descoberta pra mim... ou uma fuga, sei lá. Hoje passei por um que eu não conhecia, e me deparei com isso:

"Gêmeos é a imagem de todas as oposições interiores e exteriores, contrárias ou complementares, relativas ou absolutas. É a representação dos contrários: a proteção e o perigo, o conflito e a cooperação, o equilíbrio e a instabilidade. É a complementação dos opostos, assim como o dia contém o claro e o escuro, a luz e as trevas. É o símbolo bipolar: dia e noite, interior e exterior, alto e baixo, direita e esquerda ..."

É muita coisa ao mesmo tempo. Por isso que me canso tão fácil das coisas... Mas vou falar: que é um signo inconstante, ah...isso é. Nunca me dê duas alternativas, vou sempre ficar perdidinha nas opções. Quem quiser ler o seu, vai lá conferir.

 
06 março, 2003
Você sabia que para fazer o carvão (aquele, que a gente usa pra fazer churrasco...) leva-se, no mínimo, 8 dias? Pois é... Numa cidade aqui perto da onde moro tem uma carvoaria. São 4 dias para "cozer" a madeira no forno, depois mais 4 dias de espera, para o forno esfriar, pra que daí tenhamos 1 ou 2 horas de churrasco.... A maioria da mão de obra é feminina, ganham o valor irrisório e vergonhoso de (pasmem!) $10,00 mensais... É um trabalho perigoso, sujo e que a maioria das pessoas não conhecem, portanto, "nem ligam". Ah, sem contar a fumaça, que é a indicação para os carvoeiros...se ela está branca, a madeira está cozendo ainda..se ela está azul, a madeira estará no ponto....
Vivendo e aprendendo.
Até mais.
 
05 março, 2003
Eu estava lendo aqui no jornal que as mulheres estão avançando no mundo tecnológico, e em breve (segundo estatísticas), alcançaremos e até mesmo ultrapassaremos o percentual de homens que usam a rede. Há até uma referência à isso, que a palavra rede é um substantivo feminino. E tem mais: fala de sites feministas, que tem aumentado nos últimos tempos. Quer saber? Não sou feminista, nunca fui e creio que nunca serei. Acho que há ainda muito preconceito contra a mulher, assim como há para negros, para judeus, até mesmo (agora, com tanto feminismo) para homens - o dito Clube das Luluzinhas. Então, se eu fosse levantar a bandeira pra uma, teria que levantar para todas as causas. A mulher avançou, parabéns. Mas ler num site feminista que "A internet está deixando de ser um território masculino" - Valei-me Deus, pra quê isso? E quando é que foi? Está escrito, emplacado, registrado em algum lugar que as mulheres não poderiam ou não deveriam usar a Net? Ah, poupe-me...Acho que algumas mulheres anda muito rabugentas, ranzinzas... acho que precisa ser um pouco poliana na vida sim, e mostrar pra que viemos, mas sem ter que bater no peito pra isso. Assim como somos O Máximo, os homens também tem lá suas vantagens (e que vantagens...) ....É isso.

Desabafos da Polly Mattos | às 09:25 PM

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Continuo ainda com a garganta inflamada, consequência da minha curtíssima noite carnavalesca - creio eu. E isso dói pacas, desanima e me deixa completamente sem humor nenhum, mesmo assim, tenho que trabalhar... ó vida, ó céus.... até mais tarde.

Desabafos da Polly Mattos | às 07:24 PM|
 
03 março, 2003
É assustador como as coisas mudam de repente, e da água pro vinho. Hoje, não quero nem mais pisar num local que tenha qualquer vestígio de passistas, bateria e um embromado de gente. Espera, exagerei... Se eu tiver opções para não ir, com certeza, preferirei assistir um filme em casa. Não sou totalmente avessa ao carnaval, porém não sou mais de toda a favor. Lembro-me perfeitamente o quanto eu fazia, o quanto eu desobedecia (palavra que hoje as crianças ignoram...), o quanto eu aprontava para poder ir nas matinês. E não tinha como me dizer não...esbravejava, chorava, fugia e ia. Isso foi até meus 18 anos, acho. Ia no salão, ia na avenida (cidade pequena, carnaval pequeno)... Não parava até a quarta feira de cinzas, onde minha vó OBRIGAVA-ME a ir na missa "tomar cinzas" pra que Deus me perdoasse dos pecados do Carnaval (!?). Que eu me lembro, fui uma vez na tal missa, onde o padre joga um punhado de cinzas em cima da cabeça, e o cabelo fica um ó. Hoje, e hoje mesmo, segunda-feira, prestei atenção ao que eu sentia. Tenho um probleminha enoooorme com as pessoas que amo muito: faço de tudo pra não contrariá-las... Devido a isso (e um pouco de curiosidade também) decidimos ir na avenida ontem, assistir ao desfile das escolas daqui. Avenida lo-ta-da... pessoas de A a Z... Pensei: moro a uma quadra, qualquer coisa, vou embora. A maioria deles, é a galerinha do boné, em busca de um carinho da turminha da mini-saia. E deparava com isso a avenida toda (subimos até a concentração, depois voltamos para assistir a escola desfilar) . Quando nos encaixamos num espaço previlegiado pra assistir (na rua mesmo, no chão... arquibancada pra quê? eu não ia aguentar ficar lá muito mesmo...), juntou-se uma turma bem na nossa frente e ali ficou... foi uma das vezes que perguntei o que eu estava fazendo ali... Porém, valeu... mesmo com um esforço tremendo (gente suada encostando em mim, criançada jogando "neve em spray" em qualquer um que passava e uma dor de cabeça que insistia em continuar comigo). Assistimos a duas escolas... Tudo muito, mas muito humilde... Mas, como disse o Lu: "humilde, porém, de coração, senti isso". A parte que nunca na minha vou esquecer foi a do desespero de uma garotinha de no máximo 5 anos, que se viu num "buraco" imenso entre um carro alegórico e a bateria... foi quando ela olhou para um lado, olhou para o outro, e começou a rebolar, a la Globeleza. Só tinha ela, só deu ela... e quanto mais as pessoas aplaudiam, mais ela rebolava... e ficou ali, segurando a onda da escola, até a bateria se aproximar e se desfazer o espaço que ficou... Clap, clap, clap... parabéns, mocinha. Só que definitivamente, não tenho mais o Quê que eu tinha antes... Carnaval, sim... mas na TV, com narração de Chico Pinheiro e Renata Ceribelli... enquanto eu, deitada no sofá, bem acompanhada, assisto até pegar no sono.
 
01 março, 2003

Palavras que me fazem efeito: auto-biografia, criança,psicologia, música, vôley, reality-show, promoção, dançar

Gosto muito de ler. Ler tudo: de outdoors à Camões; de Veríssimo à bula de remédio. De animais, cachorro me basta, mas se possível for, um cachorro auto-limpante. Se não, eu cuido, pode deixar. Sou extremamente autoritária com a vida, tudo tem que estar organizado, senão não flui.

Não sei costurar, bordar, crochetar, tricotar, não tenho nenhuma habilidade manual para distrair minha futura velhice. Não sei dançar samba-rock e muito menos forró - mas gosto de dançar. Não sei deixar pra depois, nem falar pouco. Não sei nadar, tenho uma sensação esquisita quando entro na água - mar ou piscina. Não sei ter paciência com nada e odeio ser contrariada. Não gosto de dobradinha nem de giló, o resto pode mandar que eu provo. Não jogo nada direito, mas me dou bem num truco entre amigos, só porque o lance é blefar.


...

Bom-dia só depois das dez horas da manhã, salvo algumas exceções. Considera a net um porto seguro e desconfia sofrer de alguma doença, por isso. Tudo é uma extensão. Uma coisa está sempre relacionada à outra. Sempre. Mas é uma boa pessoa, num geral.

Ouvinte sem igual, dedicada em tudo o que faz, preocupada, sentimentalóide, chorona. Neurótica-obsessiva-compulsiva-assumida. Inteligente, perspicaz, infantil. Exigente, bonita, gostosa - e prepotente. Sargentona, apaixonada, boêmia. Altruísta, monogâmica, atrapalhada, inofensiva, maliciosa. Claustrofóbica, chata, normal. Tem medo de somente três coisas na vida: barata, dentista e altura - necessariamente nessa ordem. O resto dá pra encarar.

Sou meiga, dengosa, simpática, assustadoramente sincera, adoro carinho - dar e receber, tenho a cabeça cheia de idéias, um monte de responsabilidades e duas pequenas pra me encher de alegria. Abomino mentiras, covardia, prepotência, cinismo - e outras coisitas mais. Sou inverno em todos os aspectos e sentidos, não gosto de verão e toda sua insensatez. Quando apaixonada, me entrego e dou com a cara na porta, às vezes bem mais rápido do que o previsto. Cachorro à gato, telefone à email, campo à praia, números à língua, rádio à cd, DVD à cassete, vôlei à futebol, dançar à beber, avião à navio, carro à moto, bicicleta à a pé.

...

Mezzo pacata, mezzo tigresaBem sucedida, sou um kit pronto para horrorizar homens sem estabilidade - e isso não significa que eu estou disponível - disponível é táxi em ponto. Para se chegar em algum lugar, acredito que se dá um passo por vez, mesmo eu sabendo que saio atropelando muitas vezes. Como uma boa e típica geminiana, não me dê opções, não me peça opinião para discordar dela logo depois, não me frustre. Sou uma ótima amiga, uma ótima nora, uma ótima companheira, mas posso magoar profundamente também. Estruturada, disciplinada, empreendedora, carismática, cativante (me disseram).

Intolerante, carente, perfeccionista, metódica, direta (me disseram também), uma cobra quando quero ser. Momentos ame-me ou deixe-me acabam rolando, mas na maioria das vezes me preocupo muito do que possam pensar de mim. Não respondo comentários no blog (há raras exceções) e costumo visitar e meter o bedelho na vida de todos da blogosfera que gosto. Então creia: não sou de todo mal...

...

Três coisas em cima da minha mesa:
caneca azul, agendas telefônicas, óculos.

Três coisas que eu quero fazer antes de morrer:
Ultrapassar meus limites, ser mais paciente, ver minhas filhas bem.

Três coisas que eu sei fazer:
mandar trazer, mandar levar, mandar ficar.

Três maneiras de descrever minha personalidade:
chata, chata e chata - honesta também.

Três coisas que eu não consigo fazer:
comer certo, deixar o cigarro de uma vez por todas (ainda acontece, infelizmente, um de vez em quando), fazer a Raquel ser melhor na escola.

Três bandas/cantores que eu acho que você deveria ouvir:
de tudo um pouco, pra não ter rótulos. Aqui cabe o comentário de que ser eclética não significa não ter personalidade. É simplesmente gostar de tudo, incomodar-se pouco ou nada com estilos musicais.

Três coisas que eu digo freqüentemente:
Ninguém merece! Sério? Caramba!

Três das minhas comidas favoritas:
chocolate, pizza e casquinha de siri.

Três coisas que eu gostaria de aprender:
nadar, pintar telas, inglês

Três coisas que eu bebo regularmente:
água, coca-cola, sucos

Três programas de TV que eu assistia quando era pequena:
Bambalalão, Bozo e Pica-pau.

 
É... hoje não tem idéia. Enquanto todos foliam, vou hibernar. Bom carnaval.