30 maio, 2004

Eu estava lendo, ontem, meus arquivos do Blogger.

Constatação: tem certas coisas que não mudam nunca.

 
28 maio, 2004

... e começam a chegar os presentes!

Coisa boa demais é ganhar presente... já me taxaram de materialista de tanto que amo presentes, de todo o tipo: seja um bilhetinho num guardanapo ou um carro na porta de casa.

Faltam 8 dias pra eu aniversariar e já comecei a ganhar mimos, perante aos quais grito de felicidade (pareço uma louca, precisam ver), agarro quem me deu pra encher de beijos (se perto) ou calejo os dedinhos de agradecer (se longe).

Gosto mesmo. Assim como AMO presentear. Me flagro às vezes olhando uma vitrine e pensando: é a cara da Rafa.... ou do Fulano..... ou da Raquel.... ou da vizinha.... ou da Cacau..... ou da naomi....... é, penso tanto no real quanto no virtual também. Deve de ser doença crônica isso.... :D

Quando posso, compro e dou, envio por Sedex, envio por email... faço os carinhos em cada aniversário, nem que atrasilda... eu me sinto muito bem em buscar imagem, editar, procurar uma frase que eu ache legal.... ou comprar mesmo, ir pro Correio, pegar aquela fila enooooorme..... faria mais, se tempo me sobrasse.

 
27 maio, 2004

Uma:

É aniversário da Deize..... Ôbaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Fiquei procurando uma homenagem que eu pudesse te oferecer, e diante da tua nova empreitada, achei essa imagem bem conveniente. O carinho é enorme, a amizade também, e o desejo de dar sempre tudo certo é imenso, viu? Tudo de bom pra vc... e todas aquelas coisas lugar-comum que dizemos e fazemos na data de hoje :)


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Duas:

E eu andei em voltas na semana toda para saber quem seria o visitante 20 mil. Caramba, 20 mil. Tá. Antes eu não tinha certeza, mas hoje tenho, que o Site Meter não conta mesmo as minhas entradas, o que transforma 20 mil em um número maior ainda.... Como gosto de números, ainda mais de números redondos, tinha em mente prestigiar de alguma forma quem fosse o visitante 20 mil... pensei em um post pra pessoa, se eu conhecesse, ou desistir da idéia, caso desse "unknow" ou viesse de uma busca da vida... E então, abro o blog hoje, e me deparo com isso:

rastros.jpg

Corri no contador, verificar quem foi.
E já sei quem é....
:)
(um pouco de suspense...)

 
26 maio, 2004
 
24 maio, 2004

Título múltipla escolha:

a) "O meu dia de Cão"
b) "O dia Inferno Astral de Polly"
c) "O dia em que a Polly tinha que ficar na cama"
d) "Lá vem post gigantesco, de novo"

Começa por ontem.

A Lana pediu pra eu esperar ela secar o cabelo da Lu (estávamos no Messenger, caros leitores). Então pensei: O cabelo da Lu é grande, a Lana não vai fazer só isso, vou deitar um pouquinho.

E Polly deita sob seus edredons branquinhos, quentinhos, cheirando a Confort cor-de-rosa. Conseguiu escutar o suspiro? pois é. Suspirei e tudo.... Começo a ver Fantástico dali em diante (... graças à Deus, porque pelo Messenger com a Lana, fiquei sabendo que Sol BBB virou funkeira, mas Deus é tão bom, que eu estava com a TV desligada nessa hora).

Estava vendo uma matéria do tipo esbanja-dinheiro-que nóis-vê-e-baba do Zeca Camargo, no México, e a gente (a gente vírgulas, porque não sou interativa com essas coisas, já que na minha conta não cai nenhum pra eu participar disso) decidia se ele depois do México ia para o Havaí (acho) ou para outro lugar que non lembro, mas tá.

Recebi uma ligação na hora (que não era do Fantástico, caros leitores, a idéia era a gente ligar pra lá), mas nem prestava atenção na conversa, enojada com Zeca Camargo comendo barriga de boi. Eca duzentas vezes. Mas ele ganha bem pra isso mesmo, enfim. Apesar de achar que nada paga eu colocar uma coisa daquela na minha linda boca... Ligação the end, volto a encostar minhas madeixas loiras nas almofadinhas do sofá, e espero a Lana voltar.

Durmo, que nem percebo.

Acordo com um relógio digital na TV. Que isso? Ah, é o 24 horas, minissérie. ãh? mas peraí: e a Lana? que horas são? e o sob nova direção? Perdi? Ah, perdi.... Quase Meia noite, meu relógio branco da sala informava. (Gosto de branco, perceberam?)

Jesuis. A Lanaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa. Já era, já foi. Meu saco, que droga. Aproveita, anta, e posta no PG já, que amanhã (que é hoje, caros leitores) será um dia difícil.

Postado - o texto estava pronto. Verifica mil vezes. Bonito, clap clap, Polly. Coloca link no azulzinho. Colocado. Vê se funciona mil vezes , pára de bocejar e vai dormir. "Seu computador já pode ser desligado com segurança". Obrigada, computador. Boa Noite.

Vou arrastando meu edredon branquinho nas costas até a minha cama. Eu escutei meu nome? Tou indo, tou indo. (era minha cama clamando por mim, caros leitores). Deito. Aconchego. Num deu. Viro pro lado esquerdo, meu lado de dormir preferido, a respiração flui melhor. Chegamos num contento. Zzzzzzz ZZZZZZZZ.

Miau, miau, miau.... MIAU.... MIAU....MMMMMMMIIIIIIAAAAAAUUUUUUUUUUU.... Cheguei a pensar que eu tinha esquecido de dar leite pro gato. Mas peraí: EU NÃO TENHO GATO! Miaaaaaaaaaaaaaaaaaauuuuuuuuuuuuuuuuuu. Pqp, droga, merda. (sim, caros leitores, eu falo palavrão). Cabeça entocada embaixo do travesseiro. MIAUUUUUUUUUUUUUUUU. Suspiro longo e profundo. Levanto. Coloco um casaco. Sigo o maldito miado. Nos fundos. Vou. Um gatinho, tiquinho, em cima do meu telhado, desesperado.

- Gatinho, sabe que horas são?
- Miauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu.

É, ele não sabia. Coço a cabeça. Que que eu faço, Jesus Nazareno? Sai daí , gatinho! Preciso dormir, gatinho... Vai, xô, xô... Cadê a desnaturada da sua mãe, hein? Gatinho bonitinho, pára. Gatinho.... Meu, pára de miar, porra!

- MIAAAAAAAUUUUUUUUUUUUUUUUU.

Entro, pego uma vassoura, tento tocar a fábrica-de-miados do telhado, e ele sobe mais ainda, fazendo-me perder a visão. Mas a audição, necas, continuava gritando miaus, o condenado. Suspiro longo e profundo, mil vezes. O que que eu faço? (essa eu gritei, caros leitores...)

Entro. Ligo. Pro vizinho.

- Alô. (sonolento)
- Lê, sou eu.

(Lê = Alexandre, Tenente da PM. E meu vizinho faz tudo, guarda-costas, e super-herói de gatinhos em cima do telhado.)

- Te devo mais essa, Lê. Obrigada mesmo. Estava incomodando muito e....

(é, sim, ele tirou o gatinho de cima do telhado, vestido de pijama de pinguinzinhos, caros leitores)

- Dorme.
- Sim senhor.

Lá vou eu pra cama, me aninho entre meus edredons branquinhos. Arrumo a posição novamente. Olho no relógio, 1:40h. Faço as contas. Ainda tenho 4 horas. Zzzzzzzzzzz..... ZZZZZZZZZZZZZ.

...

blábláblablábláblábláblábláblá.........
BLÁBLÁBLÁBLÁBLÁBLÁBLÁBLÁ............
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA............
Uhuuuuuuuu....... issaíiiiiiiii...... uhúúúúúúuúúú........

Abro um olho. Não, não é sonho. Não, não acredito. Abro a janela. Uns 10 caras, na rua onde moro, trocando confidências badalísticas. Não, ninguém merece. Ninguém. Nem meu pior inimigo, se inimigos tivesse.

Levanto. Parecia que eles estavam sentados na beirada da minha cama, de tão alto. Acendo a luz da frente. Nada. Sem pestanejar: 190. (Sim, caros leitores, eu já estava com os nervos à flor da pele):

- Polícia Militar, bom dia.
- Ai, Meu Deus, já é bom dia.
- São 2:30h, senhora. Em que podemos ajudá-la?
- (expliquei)
- Sim senhora. Mas eles estão só conversando?
- Não, senhor. Eles estão gritando asneiras badalísticas praticamente embaixo da minha janela.
- Asneiras que tipo?
- Escuta, com que eu falo?
- Soldado Peixoto.
(nossa, o cara da novela Chocolate com Pimenta...)
- Pois é, Peixoto, sou vizinha do Tenente Alexandre Fernandes e já incomodei ele agora à pouco por causa de um gatinho. Não sou nenhuma maníaca por silêncio, mas pretendo dormir hoje ainda. E se vc não mandar uma viatura AGORA conto pra Alexandre que você pediu pra incomodar o sono dele de novo.
- Já estou enviando a viatura, senhora. Acalme-se.
- EU ESTOU CALMA!

Fiquei sentada na beira da cama. 10 minutos, escutei a sirene. Silêncio, tempos depois. SILÊNCIO. SILÊNCIO. SILÊN...ZZZZZZZZZzzzzzzzzzzz

(devo mais uma , Lê, e vc nem sabe)

....

Tutututututututututututututututututututututututututu.... (onomatopéia do relógio, caros leitores). Pulei. Da cama. Mas já? *&&%^^&^**(&&%%$%&*&*)(&%#@#!#$#!@$^% mil vezes. Banho. Noto que o box começa a encher. Que isso? Box encher? Como assim? É, o box está enchendo de água mesmo. Não. Não. NÃÃÃOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!!! O ralo está entupido. Conclusão: tomei banho com os pés cobertos de água. Saio xingando. Nem no banho, afe. Solução temporária: bilhete na porta - "Ralo entupido... proibido banho aqui"

Coloco o terninho azul que a Lana sugeriu. As gotas de perfume. Enxugo o cabelo e jogo um prendedor na bolsa, vai solto mesmo. Colarzinho de estrelas e sapatos que eu não vá lembrar deles durante o dia. Pego a chave, saio e ainda escuto o apito da cafeteira. Não dá tempo, esquece o café.

Tá Sol.
Inferno.

Chego na reunião mais demorada e lenga-lenga de toda minha vida. Assisto tudo calada, o Miau do gato ainda tormenta meu cérebro. Digo Amém pro povo, sem condições para bagatelas, acordos melhores. Se eu abrir a boca, digo Miau. Amém amém, acabem logo com isso. Trabalho o resto do dia com miados na cabeça. Eu juro que cheguei a ver o gatinho em cima da minha mesa....

16h. O telefone toca. Me informam que é a minha mãe.

"Disse que eu estou?
"Ih, era pra dizer que não estava?"

Anoto a mancada do funcionário. Estou terrível. (não fiz nada com o moço não, caros leitores, acalmem-se). Atendo, com medo.

- Mamãe, estou...
- Filha, teu pai vai ter que operar.
- ....
- Filha?
- Operar?
- É, o olho.
- Desembucha duma vez.
- Mal educada.
- Fala logo, meu dia está péssimo.
- Mas é teu pai.
(fecho os olhos, 1,2,3,4....... conto até 10. Volto)
- Fala, mamãe, que aconteceu?
- Ele está com catarata. Vai ter que operar.
- Quando?
- Vai fazer mais alguns exames só, e já vai operar.
- Tem previsão de quando?
(começo nova contagem interior: 1,2,3,4... meu pai, aquele santo, ô Deus...)
- Acho que dia 29, 30 provavelmente.
- Perto....
- Mas estou ligando pra outra coisa....
(penso: lógico que está... nunca se preocupou com meu pai, não seria agora...)
- Pede....
- Mas você está bocuda mesmo....
- Mamãe.... por favor....
- Sua avó tem médico hoje, e seu pai dilatou os olhos, e não quero que ele dirija...
(nota: não pensem que é preocupação, caros leitores, é por causa da própria vida mesmo, DELA, acidente, essas coisas... creiam)
- Que horas?
- 17h.
- Tá, eu passo lá.

Saio correndo do trabalho, chego no horário na casa da minha avó, vêm minha mãe e a enfermeira amparando minha avó. Minha mãe falando, e eu no Caribe (se é que entendem, caros leitores). Porta do médico, no horário: 17h.

- Espero aqui.

Deito o banco um pouco, aumento o rádio: "ainda vou te levar pra outro lugarrrrrrrr, além do céu, do mar........" - Detonautas me convidava. Abri um pouco o vidro e fiquei observando o povo nos carros. Vi que a maioria que pára no sinal, tira meleca do nariz. Deprimente. Desvio a atenção. Vejo que estou de frente a um trailer de lanche e o moço-fazedor-de-lanches é bem bonito, mas não estou com cabeça para affairs. Olho de novo os carros. Todos os tipos, marcas, modelos, anos, ônibus, caminhões, caminhonetes.... quanta gente nesse mundo, céus.

"Nem me lembro mais, quando te conheci, tanto tempo faz, que já mudamos nossa forma de agir...."- Detonautas, ainda, no dial. Viajo na música. Volto a atenção pra rua. Um carro havia dado piti e o congestionamento se deu. Fiquei olhando as feições dos motoristas, indignados com o carro quebrado, já com o pisca alerta ligado, como se ele optasse por estar nessa situação... Demorou, mas apareceu gente pra empurrar o carro e tirá-lo da avenida tumultuada. Eu estava segura, do outro lado da avenida, e descobri novos palavrões para minha coleção, de tanto que os ouvi diretamente direcionados ao motorista do carro quebrado....

A hora: 17:55h. Desço do carro pra ver o que está acontecendo. Descubro que minha avó está desde as 17h dentro do consultório. Volto pro carro, já preocupada. Não quero mais rádio, nem carro, nem ninguém. Quero minha casa, minha cama, o beijo das meninas. Socorro. 18:15h, elas saem. Nem solto meu latim. Voltamos caladas. Se não foi dito nada, então é sinal que está tudo na mesma com a vovó.

Falo meia dúzia de coisas com a mamãe, sobre o papai. Fico de ligar pra ele depois. Não hoje. Depois. Catarata é simples, mas meu pai? Ô Deus. Bom, não sou chegada à lamentações. Dou uma carona pra enfermeira, deixo-a no ponto de ônibus. Guardo o carro no estacionamento e me arrasto até em casa. É no mesmo quarteirão, mas hoje estava léguas distante....

Entro. Grito o nome das meninas... para elas ainda tenho voz. Vêm a Rafa, furiosa: "Mamãe, a senhora esqueceu do meu ensaio hoje?" Bato na testa. Esqueci completamente. Ela tinha ensaio do Coral hoje. E nem adianta explicar meu dia.

- Bora, magrela. Dá tempo ainda.

...

São 23:17h e meu dia ainda não terminou. O gato ainda mia no meu inconsciente.. meu corpo pega fogo de cansaço, mas preciso terminar duas planilhas que eram pra hoje, mas eu precisei levar minha avó ao médico. Parei pra escrever, pra desabafar, pra pedir afago, socorro, denominem como quiserem.... só sei que precisava escrever e escrevi um tanto de novo. Novidade. E ai de quem reclamar do tamanho. Leu porque quis. (é, ainda estou mal, caros leitores)

Alguém, por favor, me sequestra, sim?

 
23 maio, 2004

Há quem odeie, mas eu - e mais alguma dúzia de pessoas - gosta.

Lembro-me uma vez, casada ainda, meu ex marido acordou e invés de bom dia ele falou: hoje quero ver neve. Era comecinho de inverno, eu só tinha a Rafinha de filha ainda...

Tomamos café da manhã e fomos buscar a "neve". É lógico que nos contentaríamos com uma geadinha de leve, já que o propósito de neve era pegar uma estrada, não um avião. E fomos todos pra Campos do Jordão. Aquele dia fez 3ºC.

Já vi neve também, pra isso pegamos um avião... fiquei deslumbrada com tanta brancura afetando meus olhos e deitei no chão branco e fofo pra fazer "anjinho" com os braços... nesse dia, provei por a+b que gosto mesmo do frio, mesmo com todas as suas consequências...

Isso já faz anos. E de lá pra cá, as estações enlouqueceram... Estamos no outono e faz um frio -aqui- de rachar. Muda-se todo comportamento diário: refeições, horários de banho, horários de dormir e acordar, bebidas... gosto de muitas das consequências do frio também, porque é a única época que curto tomar uma taça de vinho com um caldo de feijão fervilhando....

No frio durmo melhor e nem me queixo da hora de acordar.... me preparo pra ele, tenho aquecedor no quarto para não dar impacto, e amo o peso das cobertas sobre mim... adoro chocolate quente, choconhaque, fondue, assistir tv com edredon, alugar milhões de filmes, ficar agarrada com as crianças, fazer sopa no jantar...

A "pior" parte é a do banho, mas até isso tem todo um ritual para que ninguém fique enfezado: a água não pode ser muito quente, mas o vapor esquenta o banheiro, depois intercala água quente, água morna, terminando com a quente pra se envolver no roupão e ir pra sessão-hidratante, já que a pele sente à beça... manteiga de cacau nos lábios, Davene no corpo, cabelos no secador.... e o horário do banho fica a critério na parte do dia mais "quente"... e quando não tem parte do dia quente mais, põe uma música bem alto, dança até esquentar o corpo e encara o chuveiro numa boa... ou então faz meia hora de esteira que o corpo implora pelo chuveiro e a gente até esquece do frio.

De todos os relacionamentos que tive (que dá pra contar nos dedos de uma mão..rs) o único que gostava de inverno e frio também é o pai das meninas. Depois dele, nenhum outro. Daí fica difícil lidar com ratos de praia (gente do céu, como eu não gosto de praia) e os tarados por Sol. Daí chega o inverno, todo mundo se queixa do "ai que frio" e eu lá, adorando....

Hoje conheço só uma pessoa que adora o inverno tanto quanto eu: o Babu. Fora ele, acho que mais ninguém. Nosso último papo foi esse mesmo: estava um frio danado, e eu falei algo do tipo "ai que frio" e ele disse pra eu párar de reclamar. Adoro o frio, mas sinto frio, peraí. Só não é lamentação... o "ai que frio" não significa que eu queira um Sol rachando meus neurônios.

Acho que o frio torna as pessoas mais charmosas, a onda de bundas e peitos diminui, você consegue até ver ícones bundais de roupa... Em mim, o frio ajuda a racionalizar melhor, páro mais, penso mais, rendo mais... Não preciso abrir o carro todo para depois entrar, não preciso tomar banho cinco vezes no dia, não tem nada que mais roupa não resolva.... (diferentemente do verão, que se está nua e ainda não resolveu...)

Essa é a melhor época pra se chegar em casa e se esparramar na cama, embaixo das cobertas e resolver tudo por lá... nessa época, meu criado-mudo fica abarrotado de livros, papéis, trabalho, fitas, todos os controles-remoto... eu simplesmente adoro.

Há quem odeie e eu respeito.

Mas eu gosto à beça.

Vai um golinho de chocolate quente aí?

 
21 maio, 2004

Sabem porque Romeu e Julieta são ícones do amor? São falados e lembrados, atravessaram os séculos incólumes no tempo, se instalando no mundo de hoje como casal modelo de amor eterno?

Porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora. Senão provavelmente Romeu estaria hoje com a Manoela e Julieta com o Ricardão.

Romeu nunca traiu a Julieta numa balada com uma loira linda e siliconada motivado pelo impulso do álcool. Julieta nunca ficou 5 horas seguidas esperando Romeu, fumando um cigarro atrás do outro, ligando incessantemente para o celular dele que estava desligado.

Romeu não disse para Julieta que a amava, que ela era especial e depois sumiu por semanas. Julieta não teve a oportunidade de mostrar para ele o quanto ficava insuportável na TPM.

Romeu não saia sexta feira a noite para jogar futebol com os amigos e só voltava às seis da manhã bêbado e com um sutiã perdido no meio da jaqueta (que não era da Julieta). Julieta não teve filhos , engordou , ficou cheia de estrias e celulite e histérica com muita coisa para fazer.

Romeu não disse para Julieta que precisava de um tempo, que estava confuso, querendo na verdade curtir a vida e que ainda era muito novo para se envolver definitivamente com alguém. Julieta não tinha um ex-namorado em quem ela sempre pensava ficando por horas distante, deixando Romeu com a pulga atrás da orelha.

Romeu nunca deixou de mandar flores para Julieta no dia dos namorados alegando estar sem dinheiro. Julieta nunca tomou um porre fenomenal e num momento de descontrole bateu na cara do Romeu no meio de um bar lotado.

Romeu nunca duvidou da virgindade da Julieta. Julieta nunca ficou com o melhor amigo de Romeu.

Romeu nunca foi numa despedida de solteiro com os amigos num prostíbulo Julieta nunca teve uma crise de ciúme achando que Romeu estava dando mole para uma amiga dela.

Romeu nunca disse para Julieta que na verdade só queria sexo e não um relacionamento sério, ela deve ter confundido as coisas. Julieta nunca cortou dois dedos de cabelo e depois teve uma crise porque Romeu não percebeu a mudança.

Romeu não tinha uma ex-mulher que infernizava a vida da Julieta. Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça e virou para o lado e dormiu.

Romeu nunca chegou para buscar a Julieta com uma camisa xadrez horrível de manga curta e um sapato para lá de ultrapassado, deixando- a sem saber onde enfiar a cara de vergonha.

Por essas e por outras que eles morreram se amando...

Luis Fernando Verissimo

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Recebi no email, da Cacau...
Mas vai especialmente pra Rubia Euzinha, essa linda.
Com carinho.

 
20 maio, 2004

Tá, estou no Orkut já faz um tempo e tal, mas nunca achei a verdadeira essência da cousa. Pra mim, vale mesmo a brincadeira, ou as comunidades, as carinhas dos amigos, os scarpbooks que só eu achei graça naquilo.... mas hoje, depois de muitos dias sem entrar lá, vi um Testimonial (uma espécie de "o que você acha do seu amigo" que tem por lá) que AMEI... aiai. Por isso que estou falando de Orkut aqui pela primeira (e talvez última) vez.

Segue:

"Polly, a conheci no mar, quando era marinheiro e pesquisava Galápagos. Apareceu dentro de um bote salva-vidas, cantando, cantando, cantando. Desde então jura que é sereia e fica querendo enfeitiçar os homens, o que eu penso não seja difícil com esse seu jeito meigo. Seria perfeita, não fossem os jantares dentro do aquário na sala de sua casa."

Só podia ser dele.
Não é mesmo lindo, hein? Hein?
:)

(Tá a fim de "orkutar" e nunca recebeu o convite? Grita aí, que faço essa por você... tem que deixar email certinho... ok? Combinado, então.)

Desabafos da Polly Mattos | às 08:14 PM

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Por email:

"Por que demiti o estagiário?"

... Era meu aniversário de 37 anos, meu humor não estava lá essas coisas.

Naquela manhã, ao acordar dirigi-me à copa para tomar café na expectativa de que meu marido dissesse:

"Feliz aniversário, querida".

Mas ele não disse nem bom dia... Aí pensei: "Esse é o homem que eu mereço!"

Mas continuei a imaginar: "As crianças certamente lembrarão".

Quando elas chegaram para o café não disseram nem uma palavra. Saí bastante desanimada, mas me senti um pouco melhor quando entrei no Fórum e meu estagiário, disse:

"Bom dia Dra, Feliz Aniversário!"

Finalmente alguém havia lembrado. Trabalhei até o meio dia, quando o estagiário entrou na minha sala dizendo:

"Sabe Dra Promotora... Está um dia lindo lá fora, e já que é o dia do seu aniversário, podemos almoçar juntos, só a senhora e eu."

Fomos a um lugar bastante reservado. Nos divertimos muito, e no caminho de volta ele sugeriu:

"Dra.! com esse dia tão lindo, acho que não devemos voltar ao Fórum. Vamos até o meu apartamento, e lá tomaremos um drinque."

Fomos então para o apartamento dele, e enquanto eu saboreava um Martini ele disse:

"Se não se importa eu vou até o meu quarto vestir uma roupa mais confortável."

"Tudo bem" - respondi.
"Fique à vontade."

Decorridos mais ou menos cinco minutos, ele saiu do quarto carregando um bolo enorme, seguido de meu marido, meus filhos, amigas e todo o pessoal do Fórum... Todos cantando, "Parabéns Para Você"

E lá estava eu, nua, sem sutiã, sem calcinha, sentada no sofá da sala...

OBS: É por isso que eu digo..... "ESTAGIÁRIO SÓ FAZ CAGADA....."

Desabafos da Polly Mattos | às 07:45 PM
 
19 maio, 2004
...

Dia legal, post legal.

Dia bobo, post bobo.

Dia bleh, post bleh.

óficórsi.

 
18 maio, 2004

Minha vida anda corrida que só vendo. Por motivo de força maior, estou temporariamente sem ajudante em casa, significando que levo à tiracolo as meninas de manhãzinha pra casa da minha mãe, depois passo lá pra levá-las na escola e antes de chegar de volta do trabalho, passo por lá de novo, pegá-las. Conclusão: cara de manga chupada, pernas implorando sossego, cabeça pedindo um spa. Mas é uma fase e já passei por trancos bem maiores do que esse, assim.

Cansa só ler, mas enfim....

A melhor parte é a companhia delas mais tempo comigo, dependendo só de mim (ou acha que chego em casa e vou me esticar no meu sofá? aaaahhhhhh, quem dera)... é banho, dever, jantar, TV juntas, dormir.... aaaaaaahhhhh, dormir, coisa boa, ando apagando.....

Mas hoje aconteceu uma coisa que eu TINHA que postar:

Atrasilda, afundando o pé no acelerador, buzino na frente da casa da mamãe e elas saem, munidas de mochila, lancheira, essas parafernalhas. Conto: uma, duas - tá todo mundo aqui..... e lá vamos nós pra escola.... Na esquina, paro porque tem uns carros passando e a Raquel começa a ler a propaganda estampada numa parede de uma escola de natação: "hidroginástica, hidromassagem, adultos, idosos, crianças, gestantes....", e eu interrompo:

- Quel, o que é gestante? (sabia que ela não sabia)
- É um lugar longe.... (e continuou lendo: "... piscina aquecida, manhã, tarde e noite...")

Caímos na gargalhada, eu e Rafa.

- DIStante é um lugar longe, Quel. GEStante é grávida, filha.

Até ela chorou de tanto rir.

Bom demais isso.

 
16 maio, 2004

Domingo à tarde sempre bate um desânimo enorme. É a dominguite atacando. Ela é super comum na maioria dos mortais - e não só naqueles condenados à TV aberta. O mistério que cerca esse mal me intriga.

Primeiro pensei que a causa fosse aquele famoso almoço em família aos domingos, mas acho que não é isso. É dose agüentar o pessoal, tudo bem, só que a comida raramente decepciona, e o encontro acaba no zero a zero. Falta de sono também não é, pelo menos não no meu caso. Só funciono no domingo depois das 13h. Até abro os olhos ao meio dia, mas não sirvo para muita coisa por mais uns sessenta minutos. Foi quando me ocorreu que a dominguite podia ser maior do que os meus hábitos. Afinal, acomete também gente que leva uma vida saudável e regrada. Resolvi continuar minhas investigações em outros cantos.

Descobri que tem até estudos acadêmicos dedicados à dominguite. Para alguns sociólogos ela acontece porque nos sentimos sozinhos, desligados do mundo. Mas não sempre. Só nos fins de tarde dominicais, caprichosamente. É o tipo de explicação que só podia ser de sociólogo mesmo, gente que não tem lugar no mundo nem durante o horário comercial.

Foi em uma segunda-feira, parado na marginal, que tive o estalo. Não foi, assim, um pensamento genial. De repente é até pior do que a historinha dos sociólogos, mas vamos lá. O problema é mesmo aquele que todo mundo sempre teve na ponta da língua: depois do domingo vem a segunda. E na segunda, como se sabe, temos que reassumir o nosso posto no grande esquema das coisas. Assim, a grande causa da dominguite não é a falta de lugar no mundo, mas justamente o assento cativo nele. E a nossa, por algum motivo, nunca é a cadeira que a gente queria.

Existem desvios, como os workaholics. Eles são os que acharam o seu lugar e gostaram dele. Esses caras não tem dominguite, até porque domingo não existe na semana deles. O resto do mundo não tem essa sorte. A gente odeia o nosso lugar e toda segunda amaldiçoa o Destino, que nos deu um lugar bem atrás do pilar. Mais do que isso: a gente tem certeza que todo lugar é atrás de algum pilar. Quando alguém se pega nesse pensamento, é certeza: sofre de dominguite crônica. Nesses casos, toda noite é noite de domingo, e toda manhã é manhã de segunda-feira. Paz, nunca mais.

Ainda não se sabe se há caminho de volta para os crônicos. Talvez uma peregrinação funcionasse. Ou fugir com o circo. Para quem passou dos 20, a atitude mais madura seria enfrentar alguns anos de divã. Mas nada me tira da cabeça que a melhor opção é trocar de lugar com um desavisado qualquer. Um sociólogo, por exemplo.

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Uma Contábil também, Paulo Coelho.
Pode ter cerrrrrtezaaaaaaaa.
:D

 
13 maio, 2004

Dentro de cada um existe a necessidade de encontrar-se consigo mesmo, resgatar sua própria compreensão, correr livremente pelos campos interiores, de onde surgem as cores para cada flor, a luz para cada dia, a coragem para cada passo, o amor para cada respiração.

Dentro de cada um existe a necessidade de viver em paz perante a vida, perante o mundo e perante Deus.

Para isto, são inúmeros os caminhos que se podem tomar. E, todos, sem exceção, estão disponíveis para você. Qualquer que seja tua escolha e lá estarão os meios necessários para que possa empreender tua jornada com êxito.

Mas, se não deres tempo para que tua escolha floresça; se não te dedicares com determinação a tua causa; se ficares a alimentar aparente fragibilidade perante o longo caminho; se não souberes viver e usufruir da simplicidade e dos conhecimentos que a vida te dá; se te abandonares aos inúmeros equívocos que você mesmo criará, não desenvolverá e não conhecerá o caminho.

Entrega teu ser ao espírito puro que habita em você e confia.

Tudo chega à tempo àquele que confia, àquele que sabe já não ser mais o tempo, mas a disponibilidade para estar presente, arrancando os véus que batem no rosto, impedindo a visão.

Confia!... para conhecer a preciosidade de se estar em paz.

Esse é meu jeito de te dizer: estou aqui.

 
11 maio, 2004

A casa é geminada.... (é assim mesmo que fala?)... tudo que se faz de um lado, se escuta do outro... bom, nem tuuuuudo assim também... ela é mais nova que eu, 24 anos, creio, casada com um PM gente boníssima... ela tem 4 (QUATRO!!!) filhos, um mais bonito que o outro, e em especial tem a Maria Alice, de 1 aninho, que amo.

Ela é vizinha nova, mas a amizade surgiu nos primeiros dias... me chamou a atenção o tanto de filhos, rs... e ela dá duro, berra, se descabela, mas é uma boa dona de casa....

A gente conversa pelo muro dos fundos ou por telefone, quase que diariamente. É, temos a pachorra de ligar uma pra outra, santa preguiça. Ela, pra ajudar o marido, faz salgadinhos pra vender, e empadas maravilhosas. Eu vivo comprando, um para ajudar mesmo, que quatro bocas não é nada fácil; e outra, porque são deliciosos os salgados mesmo.

Mas hoje foi engraçado. Escutei a voz dela nos fundos, e gritei:

- A Alice tá acordada?
- Não, acabou de dormir....
- Ah... (desanimada)
- Mas porque?
- Eu queria ficar com ela um pouquinho...
- Tá carente, é?
- 'Tou... (mais desanimada que o Ah...)
- Vem cá, acabei de fazer bolo de aipim, vem tomar café comigo....
- Agora não dá, tou meio ocupada, trouxe trabalho pra casa...
- Larga aí, vem cá, 15 minutos, vem...
- Daqui a pouco então...
- Tá...

Entrei, tentei um pouco de messenger, mas travou tudo e eu não conseguia mais entrar... afundei nas papeladas, quando escuto meu nome no portão... Vou ver, é a minha vizinha.....

- Vem, doida...
- A Alice já acordou?
- Não, mas o bolo tá lá te esperando...
- Já vou...
- Vem logo....
- Tá.

Fechei a porta e voltei aos números.... 10 minutos, o telefone toca.

- Vem, cacete.
- Nossa, que insistência... rs
- Tô te falando, larga esses papéis, vem agora...
- Tá, tou indo, tou indo.
- Desliga e vem.
- Mas que coisa... que tá acontecendo?
- Ai, pára de questionar, vem logo, &$$^&^&*& (impublicável)
- Tá, tou indo.

Antes de ir, ainda sentei na frente da folha que eu estava terminando, quando escutei a minha porta abrindo. Era ela. Só sorri. Ela me catou pelo braço e me carregou.

Tranquei a porta e fui. Comi bolo de aipim, dei risada, tomei café... ela faz um café que nunca tomei igual... e não dá o segredo... tudo bem, mais gostoso mesmo é tomar lá. Foi bom. No final, ainda trouxe a Alicinha, que tá aqui, fuçando nas minhas revistas.

Nunca fui muito de social com vizinhos. Mas uns acontecimentos assim fazem a gente párar e pensar um pouco. Tem coisa boa embutida em coisas simples assim: tomar café com uma vizinha-amiga.

É isso aí.

*************

Mais parabéns...

E ele é DJ e agita as noites cariocas. E ele é além-amor. Ele é puro sentimento. E ele aniversaria hoje. Mário, feliz aniversário, muita paz, estarei sempre torcendo por vc, viu? Aqui tens uma amiga. E sei que tenho um aí, também. Parabéns, parabéns, parabéns.


 
10 maio, 2004

Ando com a cabeça na lua, e pra culpar alguém, caio de porrada no inferno-astral, lógico. Explico: desde que começou a anunciar (exaustivamente) a nova novela Cabocla - na verdade, um remake de mil novecentos e guaraná com rolha- fiquei encasquetada com o ator que faz o papel do peão Tomé... queria enxergar o homem atrás da barba e não conseguia.... Hoje, agorinha a pouco, na verdade, estava eu assistindo o primeiro capítulo e roendo as unhas por não conseguir me lembrar, quando de repente, deu uma luz no Teco - meu neurônio mais eXperto- e gritei: é o ex namorado da Tiazinha!

Tá, eu não lembrei do nome do cara, assim, na hora. Mas com os créditos, eu me lembrei - Eriberto Leão.

O conheci pessoalmente numa balada em SP, há uns 3 anos atrás, onde ele usava cabelos presos num rabo de cavalo. Depois de horas conversando, desligada como sou, perguntei do nada: "mas estou com uma impressão de que te conheço de algum lugar..."

E ele respondeu: "talvez da televisão".

"Ai, caramba, vc é o Ediberto!" - lógico que eu tinha que continuar dando bola fora.

"Eriberto" - ele consertou.

E eu, já embaixo da mesa de vergonha, tentei seguir o resto da noite numa boa... mas sou perita em foras, então tá tudo certo.

No fim, ele tentou até dar-nos uma carona, mas o jipe dele não funcionava de jeito nenhum. E a gente se despediu com um: "Tudo bem, acontece nas melhores famílias..."

Eu e meu momento com um "famoso".

* em tempo: economizaria urticárias se eu, antes, tivesse ido aqui.


*****************

Atrasada, de novo!

Tem coisas nessa vida que são imperdoáveis, principalmente na minha refinada educação... Uma delas é esquecer o aniversário de amigos... mas não de amigos, simples assim... é de amigos mesmo.... em negrito e tudo. E vacilei de novo. Ainda bem que tenho sensibilidade de correr consertar o erro, *ufa. E eu tentei consertar, Harry.

Quatro dias depois :( ... Vc aceita o bolo que te fiz? Espero que sim. E ó: parabéns por mais um ano, muita paz e que Deus lhe seja generoso dando à você um turbilhão de emoções novas, que sei que você desfrutará muito bem. Tim tim, pelo seu aniversário, ainda que atrasado.

 
09 maio, 2004

A partir daqui, leia se quiser....

Isso vai ficar meio pessoal demais pro meu gosto. Tá, eu sei que esse blog é mais que pessoal, mas se tratando dela, que nunca falei muito aqui, vai ficar mais pessoal ainda. Enfim...

Alguns que já me conhecem um tantão, sabem que minha mãe é algo assim, digamos, estranho. Não consigo definitivamente rotulá-la, porque a cada vez, a cada ano que passa, ela se supera. Quem ler isso aqui achará que não tenho coração... mas creia piamente que tenho, e dói pra caceta desde que percebi o "estilo" da minha mãe...e olha que só fui cair em mim depois de uns 13 anos, ainda assim com algumas dúvidas e pensamentos do tipo: "não, não pode ser."

Tô aqui buscando as palavras, mas não tem jeito: não há como defini-la. Mas uma mãezona, ela nunca, nunca foi. Fui criada pela a minha avó, alguns já sabem. Ela, minha mãe, fez questão de nos deixar-nos todos com a vovó, preferindo assim. Mas sempre esteve presente, mesmo em épocas que eu desejasse muito que ela estivesse bem longe. Tem quem diga que sou parecida com ela (em gênio) e às vezes me pego mesmo falando tal qual e agindo como ela, o que me dá um puta peso na consciência: é o que não desejo infinitamente ser para com minhas filhas.

Achei que ia entender muitos pontos dela depois que eu fosse mãe, mas isso acabou gerando em mim um conflito maior, porque sempre me policio em ser exatamente o que ela não é. Nota: não penso como ela, o que me é um grande alívio. Mas muitas vezes, falo como ela e corro pedir perdão e cumprir penitências. É algo como ter matado alguém.

Porque é isso que ela faz: ela mata o amor dentro da gente. Teve épocas que ela não ligava, não aparecia, e eu ia vê-la, porque afinal de contas é minha mãe... mas as visitas não duravam mais que 20 minutos. Ela não tem papas na língua, ofende à todos, fala mal de todos, enfrenta à todos, o que acabou por ela virar nosso maior martírio.

É difícil e bem difícil mesmo alguém bater de frente com ela. Muitas vezes, ela se entoca em alguma vida - na minha, na das minhas filhas, na da minha avó, na da minha tia - e ali ela fuça e desfuça, critica, toma atitudes imperdoáveis e todo mundo diz amém, amém. Porque se há discussão, há DISCUSSÃO mesmo, em altos brados, porque ela odeia ser interpelada, da forma que seja, nem que chegamos de manso, dizendo: "mas.... ".

Que "Mas" o quê! Já atribuí tais fatos a alguma doença, ou ela não tratar a menopausa, ou à algum problema psicológico, já perguntei se ela caiu qdo pequena pra a minha avó. Mas nunca com ela... foram conversas entre a gente, as vítimas da mamãe.

Ela chega ao cúmulo dos cúmulos de chamar minha avó de "velha desgraçada que só dá trabalho" e dizer pra todo mundo ouvir que meu pai é um "fdp de um cachorro pulguento". Já vi meu pai chorar com as rebeldias dela, e foi o pior dia de minha vida. Meu pai vai ser canonizado depois de morto ou então tem uma mansão preparada no céu, com tapete vermelho e tudo.

E ela, minha mãe, é tão... "estranha"... que hoje se revolta, briga, me predica de vagabunda, piranha, desgraçada e amanhã me chama de filhinha... vai entender. De uma coisa eu tenho certeza: ela tem inveja e muita, de mim e da vida da minha avó também. Ela acha que gastamos demais com a vovó; onde já se viu contratar enfermeira! Que enfiamos dinheiro no cu, que com ela ninguém se preocupa...

Interesseira também ela é. Meus momentos de paz com ela foram exatamente os meses que eu dei dinheiro à ela... "Ó, mamãe, tá aqui, pra senhora comprar o que está faltando" ou "Hoje eu vi uma blusa linda...." ... "Tó, mamãe, compra a blusa que senhora viu....". Mas chegou uma época que isso saturou. Eu me sentia cada vez mais mal em agir de tal forma e parei por completo a compra de carinho a qual eu estava me submetendo.

Ela se acha no direito de comprar as coisas e dar pra gente pagar; a matricular minhas filhas em cursos que eu nunca matricularia e fazer eu levá-las nos horários mais estrambólicos que possam existir; faz compras e descarrega em nossa porta sem prévia autorização e depois diz pra todo mundo que a compra quem fez pra fulano foi ela; se acha no direito de falar pra minhas filhas que com aquela roupa elas não sairão com ela; a meter o pau em todos os familiares, vizinhos, amigos - ninguém presta; a criticar meus relacionamentos, nenhum é bom o suficiente, mas sempre os trata muito bem, como se fossem magníficos pra saírem de lá dizendo: mas sua mãe é tão bacana!; a criticar meu jeito de vestir; a achar que minha casa e meu carro são luxos demais pra mim (como se ela tivesse me dado cada um de meus patrimônios); a achar que mimo as crianças de forma exagerada; a jogar familiares um contra os outros por meio de fofocas; a mentir descaradamente depois dizendo que não falou "desse jeito"; a maltratar meu pai, deixando trancado pra fora de casa, ou sem comida, ou sem notícias, quando sumiu por dois dias inteiros e e nos enlouquecer de tanto procurar, só pra chama-nos a atenção pra ela; a fazer-nos chorar por suas maldades; por me manipular a tal ponto que chego a dizer pras meninas: "obedece tudo o que a vovó falar, por favor", quando elas vão passar um dia na casa dela (o que eu odeio, mas deixo pra não ter falação)...

A temperatura familiar se mede um perguntando ao outro: "e como ela está hoje?" ... e se escutamos que ela está boazinha, é porque nesse dia ela pode até brincar com as meninas ou fazer piadinha pra gente, ou conseguir falar ao invés de gritar ou enxergar que realmente a vovó precisa de uma enfermeira, ou pedir uma carona pra tal lugar no meu carro, que ela tanto desgraça o tempo todo e já jurou aos berros que nunca entrará nele... jura essa que dura dois, três dias, no máximo. Assim como ela já jurou que não pisaria mais em casa, num dia que não tinha café pronto, e ela queria café e a Anita foi passar o café, e ela não queria mais o café. "Aqui eu não piso mais, casa que não tem café o dia todo pra mim não serve" - foi o que ela gritou, antes de bater a porta da sala - a minha porta da sala, note. No dia seguinte, ela apareceu a noitinha em casa, como se nada tivesse acontecido, e eu agindo da mesma forma...

Já me cansei das brigas homéricas que já tivemos, no tempo eu que eu ainda tinha boca pra falar alguma coisa pra ela; hoje não mais. Dou as costas mesmo, deixo falando sozinha, não tem "mas" nem "e" nem nada. Ela, por mim, murchará sozinha dentro das transições dela, entre o bem e o mal.... oscilo também, mas entre pena, raiva, amor e ódio. E penso: enquanto estiver oscilando, tudo bem. Pior será o dia em que tudo isso cansar mesmo, eu juntar minha trouxa e me mandar com as meninas pra longe dela...

E hoje, no Dia das Mães, num almoço reunindo toda a família lá na vovó, apareci bem tarde, pra pegar o finzinho mesmo... nos abraçamos e ganhei uma toalha de mesa bordada e dei flores, como todo ano dou. Obrigada de cá e obrigada de lá. "Feliz Dia das Mães" e "Pra você também", foi o que dissemos. Então eu não sei o que quer dizer longas conversas, com uma xícara de café na frente da gente; não sei o que é chorar num colo materno, não sei o que é gritar pela mãe na hora de um sufoco... e só sei a grandiosidade se ser mãe porque sou uma e sei o quanto é necessário um colo, um abraço, uma lágrima aparada, gargalhadas, brincadeiras, conversas de mãe pra filha, de filha pra mãe, acima de tudo....

Passo para as milhas filhas o que Deus nos dá por intuíto (e não o que recebi, como filha) e acho que estou conseguindo. Pelo menos, transbordo de amor a cada dia... e hoje, que ganhei florzinhas amarelas e um cartão feito por elas, vejo que maternidade é uma vocação mesmo. Dom. Só que é um dom tão divino, e Deus é tão bom, que praticamente todas as mães são mãezonas. Eu não tive essa sorte. Mas tive a vovó, que, do jeito dela, me deu amor - mesmo que sem toques e sem declarações, ainda assim amor.

E mesmo com tudo isso, amo a minha mãe. Olho pra ela e a acho linda (fisicamente), é sério. Pena que eu saiba que ela não acredita nisso; acha que é jogo meu, que quero algo em troca, das vezes que, incondicionalmente, pedi um abraço e tive em resposta um olhar autoritário e desconfiado ao toque. E mesmo assim, amo. Se não a amasse, não sofreria tanto com isso. E sei que mesmo com tanta tortura psicológica, que mesmo ela tentando nos assassinar diariamente, aqui ainda mora uma esperançazinha de que ela há de me querer bem, mesmo que ela já tenha me desejado desgraças, assim, na minha cara. Ainda assim, Deus é maior. E Deus é amor também.

Feliz dia das mães, com uma abraço apertado e olho no olho, que eu não posso te dar, mamãe; mas o mundo virtual me dá essa chance de fantasiar o que não pôde ser na real. Mesmo eu sabendo que nunca a senhora vai ler isso... mesmo assim.

E pra quem leu, obrigada.

 
07 maio, 2004

"Você deve ser calmo, educado e modesto. Não tem problemas no convívio social, mas sua indecisão ao tomar atitudes acaba gerando alguns conflitos. Isso ocorre especialmente quando tem de decidir fazer algo que foge da rotina. Parece que você tem de fazer um esforço extra para escapar da acomodação."

Estudo da grafologia.

Mais ou menos certo. Exceto que sou calma, o resto está certo. Mesmo porque minha letra muda o tempo todo....


Desabafos da Polly Mattos | às 10:21 PM



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Falando em novela, os comerciais

Falando em novela, os comerciais com tema pro Dia das mães arrasaram esse ano. Nunca chorei tanto...

...aquele bebê "falando": quem será essa mulher? ... eu choro, e ela me traz comida, eu choro, e ela me faz carinho... como ela sabe a diferença, se todos os choros são iguais?... lá vem ela com aquela cara de boba de novo..., faz emocionar-me a cada vez que passa.

Outro que dizem por aí que está induzindo a natalidade, mas é coisa de gente sem coração é aquele que diz: você passa a vida inteira à procura de um homem alto, moreno... e nem imagina que seu grande amor é um baixinho, gordo e careca..., cena de uma mãe com seu bebê.

E dá-lhe baldes e baldes de lágrimas da Polly-emocionada-com-comercial.

Desabafos da Polly Mattos | às 09:55 PM

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21:42:15h e um pressentimento: .... a noite vai ser longa.
A cafeteira me chama.

(e pelaamordedeus: o que que é essa gincana de Marling e Darling na novela? Algum tipo de tortura?)

Desabafos da Polly Mattos | às 09:46 PM


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Lascou um pedacinho do meu dente.
Estou inconsolável.

Desabafos da Polly Mattos | às 07:12 PM
 
05 maio, 2004
Hoje eu cheguei louca por um banho demorado. Meus poros clamavam banho... meus nervos enrijecidos também. Já contei alguma vez que tenho banheira em casa? Pois é, eu mesma esqueço que tenho. Às vezes, no real e até mesmo no virtual, deparo com algumas pessoas que incluem uma banheira em sua lista de consumo. Eu que tenho, mal ligo pra ela e por muitas vezes me sinto culpada por isso. Talvez porque eu tenha o pensamento "banheira" completamente ligado à "tempo sobrando pra curtir". Pois bem. Hoje tirei todas as tralhas que nela habitavam, brinquedos de banho das crianças em sua maioria, joguei uma água pra dar uma limpeza, fechei o ralo, liguei a torneira, sentei-me na borda e fui abrir um jogo de sais de banho que ganhei no Natal (!) e fui despejando lá dentro... sais energizantes, estimulantes, revigorantes... água de cheiro, essência de rosas - que eu não conhecia, e a espuma subindo. Testei a temperatura - boa, muita boa... eu quase podia ouvir meu nome sendo escandalosamente chamado: venha, venha.... E fui, fui. Com uma toalha enrolada nos cabelos, pra preservar a escova, mergulhei o corpo no morno da água mais necessária de praticamente toda a minha vida. Hoje eu realmente estava precisando disso... A última frase antes do cochilo breve, me lembro bem, foi pra Rafa trazer o discman, onde deixei rolar Kitaro. Eu já havia me esquecido como é bom! Com o corpo mergulhado como num ventre materno, deixei-me esquecer. Esquecer dos problemas que me cercam, das dívidas, do trânsito, da gripe, do curso de finanças, do carro que começou a vazar óleo, da conversa surreal que tive hoje com a minha mãe, de vícios que tenho que manter, de dores que tenho que esquecer, de vazios que preciso ocupar. Perdida no que fazia, no caminho que minha mente trilhava descontroladamente, esqueci de mim, ali, quieta, e acabei cochilando por 15 ou mais minutos, pra acordar muito bem, obrigada. Agora com o corpo enrolado no roupão, vejo meus problemas irem ralo abaixo, literalmente. Bye bye. Não sou de paramentar-me depois de um banho (cremes aqui e acolá) mas dessa vez incrementei meu momento-eu com hidratante no corpo inteiro e uma olhada fatal no espelho: "você merece", meus olhos me disseram. "sim, eu mereço", minha boca respondeu. Renovada e pronta outra vez. Depois disso, dessa revigorada, pretendo lembrar mais vezes que há sim, uma banheira em casa, capaz de fazer milagres interiores. Passei o fim de tarde e noite adentro lendo tudo que via pela frente, blogs e mais blogs e concluindo: sempre compensa no final, desde que busquemos compensar. Acho que é isso.
 
04 maio, 2004

(para ler com tom infantil, claro)

A minha terça-feira foi chata à beça. Eu acordei com muita dor no corpo e logo vi que era a tal da gripe. Ah, e com muito mau humor também. Já não acordo bem, imagine gripando.

É, porque aprendi num comercial de televisão hoje que não estou gripada, estou gripando. Não assistiu televisão hoje? pode me perguntar, que sei tudo que passou, em todos os canais.

Na minha terça-feira, aprendi a fazer vela-luminária, sabonete de pitanga, mousse para banho de algas-marinhas, e com a mesma receita do mousse dá pra fazer sabonete cremoso de algas-marinhas, é só não colocar o extrato, porque se colocar o extrato - de algas, oficórse, vira mousse, sacou? Então, aprendi mais coisa... aprendi a fazer carne à pizzaiola com um chef de cozinha maravilhindo, e cestinhas de aveia, que ficam muito bonitinhas, além de comestíveis, lógico. Só não entendi quanto tempo tem que descansar a massa, porque o maravilhindo disse 15 minutos pra logo depois dizer 30 minutos e voltar em seguinte a 15 minutos de novo.... melhor não fazer a cestinha....

Aprendi logo pela manhã qual técnica NÃO usar para ficar com os cabelos à lá Ana Maria Braga (ela mostrou como fazer, mas acho rEdículo, parece cabelo que precisa pintar), aprendi também a fazer bolo verde - aspecto zero e nem gosto de limão; aprendi que as luvas Spontex são ótimas para lavar louças porque ela é antiderrapante (?!?!), disse Louro José.

Daí, na minha terça-feira, '"Dr." Halan, meu farmacêutico preferido, me mandou remedinhos que me capotavam por hooooras. Então, minha terça feira mais rendeu sono do que qualquer outra coisa. Vou ainda escrever um livro: "Numa terça-feira, hibernei".

Mas voltando à TV, quer saber que filme passou na sessão da tarde? Não? Mas eu conto. Foi um filme de unicórnio. Daí o Lu vira pra mim e fala: eles ainda existem? Daí, na minha terça-feira, eu ri igual uma doida. Ai, Lu, eles nunca existiram.

Querem saber quem é o Lu, né? Bando de curiosos... Lu é meu enfermeiro preferido. Sem mais churumelas, please.

A minha terça-feira foi uma droga. Hibernei feito urso, e perdi os programinhas de fofocas à tarde. Shit!

Em compensação, depois da minha hibernação, onde acho que até babei (eca), eu acordei melhorzinha. Então, vim aqui fazer essa redação, ajeitar umas coisas pra amanhã, ver o orkut, ver os zémails e só não prometo visitas, porque tenho que montar um post pro PG, de uma convidada pra lá de especiAl.

Entenderam? Não? Tsc.... deixa pra amanhã então.

Ah, e nessa minha terça-feira, que aprendi também, ironicamente, que a vacina de gripe não funciona se vc já está com o vírus no corpo, porque a vacina demora alguns dias pra criar anti-corpos, e se já tem o vírus, não adianta de nada, por isso que nessa terça-feira, a gripe chegou-chegando mesmo, com vacina e tudo.

Essa foi minha terça-feira.
Melhor agora.

 
03 maio, 2004

Mulheres acham homens magros que fazem dieta meio gays.

Mulheres odeiam ganhar lingerie de presente. Elas entendem como uma crítica às calcinhas de algodão.

Esconda suas revistas pornográficas. Para elas, é coisa de adolescente imaturo.

Se você tem um apelido carinhoso para seu pênis, por favor, nunca revele.

Mulheres gostam de homem de boné, desde que esse homem tenha 14 anos.

Elas odeiam exibições em economês, jurisdiquês, mediquês ou quaisquer jargões profissionais. É pernóstico.

É fato: mulheres odeiam rachar a conta num restaurante.

Mulheres bebadazinhas topam tudo.

Não deixe uma mulher sozinha em sua casa. Há 99% de probabilidade de ela mexer em todas as gavetas.

Toda mulher já pensou como seria transar com seu melhor amigo.

Mulheres perguntam seu sobrenome logo de cara para ver se combina com o delas e, por conseqüência, se ficaria bem num eventual filho de vocês.

Nunca, nunca, nunca tente explicar uma traição com o argumento: "Foi uma coisa sem importância". Elas acham ainda pior terem sido traídas por algo "sem importância".

Nunca esteja mais perfumado que a mulher a seu lado.

Mulheres gostam de ser elogiadas. Vale qualquer coisa: Da cor do esmalte ao roteiro que ela escolheu para as férias.

Nunca use jóias. De nenhuma espécie. Colar, nem pensar. Anel, só aliança.

A não ser que ela seja uma atleta ou tenha menos de 18 anos, nunca proponha um acampamento no fim de semana. Acredite: elas preferem um motel de quinta categoria a isso.

Para elas, orelha não é uma zona erôgena.

Elas classificam os homens em "para casar", "para ser amigo" e "para sair". Tal como eles fazem.

Cueca, só cores neutras. Fuja das tanguinhas e daquele modelo igual a short de loira do Tchan. E sem nenhuma estampa, por favor.

Não é por maldade que elas se depilam com seu barbeador. É que ele simplesmente está ali no box.

Se você não tiver alguma lembrança bonitinha, agradável sobre sua infância, invente. Elas não resistem.

Mulheres gostam de ser surpreendidas por beijos. Sem que isso signifique ir para a cama depois de dois minutos.

Você pode até achar ultrapassado. Mas flores são capazes de derreter um coração feminino.

Crianças mentem sobre o dever de casa, homens sobre o desempenho sexual e mulheres sobre a quantidade de pares de sapatos em seu guarda-roupa.

É inadmissível ser um desastre na cozinha. Nem que sua especialidade seja espaguete ao alho e óleo.

A maioria odeia marombados. Excesso de músculos cheira a falta de masculinidade.

Mulheres não vêem problemas nos carecas, o que não quer dizer que é dos carecas que elas gostam mais.

Para elas, a careca de um homem pode ser explicada pela genética ou pelo destino. Barriga mole de chope não tem desculpa.

Se for usar brinco, por favor, algo minúsculo, só notado por quem chegar bem perto. Mulher odeia estilo pirata.

Mulheres gostariam que seus amigos gays fossem héteros.

Até a Sharon Stone tem celulite.

Luzes e tinta no cabelo são permitidas apenas para exemplares do sexo feminino.

Nunca peça para que elas escolham para onde vão no primeiro encontro. Elas gostam de ser levadas.

Elas vão ao banheiro em dupla para falar bem dos homens e mal das mulheres.

Por mais que a mulher o ame, ela detesta ver você e seus amigos jogando pelada.

Mulheres gostam de telefone. É uma boa forma de tagarelar alegremente sem necessidade de se arrumar para sair.

Mulheres odeiam homens que dirigem devagar, não bebem e não têm time.

Mulheres odeiam ser chefiadas por mulheres.

Mulheres costumam se derreter quando percebem que um homem precisa de um colinho.

Mulheres adoram ser acariciadas entre os cabelos, sentindo seus dedos tocarem o couro cabeludo.

Mulheres esperam ser consoladas quando choram.

Mulheres acham que, se tomam a iniciativa, eles não têm o direito de dizer não.

Elas amam "discutir a relação" porque é a partir disso que descobrem os defeitos e as fraquezas dos homens que estão a seu lado.

Se elas perguntam "Estou gorda?", a resposta única, óbvia e esperada é: "Claro que não!" Nem pense em dizer outra coisa.

 
02 maio, 2004
 
01 maio, 2004

Se tem uma coisa que lido diariamente é com números, índices, altas, baixas, essas coisas que todo mundo sai da frente da tela da TV pra tomar uma aguinha, ou fazer xixi, quando o Bonner começa a falar de superávit e quatrocentas siglas que ninguém entende. Quando digo ninguém, estou me referindo à quem importa entender, ou seja, o povo.

Estou aqui em casa hoje, feriado, onde todo mundo aclama mais uma vez o aniversário da morte do Senna. Tá, de burrice bastam as siglas. Como disse o Madeo, deixa o cara morto. Não falei nada do dissídio vergonhoso de 20 reais e prometi que não ia falar, porém, minhas mãos estão coçando pra isso, mesmo que eu fale só pra desabafar mesmo - o que é a idéia desse canto azul aqui.

Alguém aí lembra feriado do quê é hoje? Então, não é porque o Senna morreu não. Hoje é Dia Mundial do Trabalho, ou seja, mais um dia pra "comemorar"a santa ignorância do povo. Ignorância alimentada por nosso Governo, claro. Governo esse que tenho que ver fazer merda, jogar no ventilador, e ficar aqui, limitada ao meu canto azul.

Não sou boa pra falar dessas coisas aqui, mas a revolta cresce dentro de mim. Foi tanta imposição ao PSDB, que hoje acredito que o PT nem sabia o que estava falando, na verdade. Queriam é entrar no jogo, invés de gritar em palanques, de camiseta velha, surrada e ainda por cima, vermelha. Ai. Porém, lá, de terno e gravata, fazendo tim tim com Chandon, viramos gerentes da burguesia. Melhor então seria o Serra, meu deus, afinal o FHC tinha, pelo menos, um projeto pra 20 anos - lembram disso?

Quando falo dos "camisa vermelha suados em palanque", me refiro ao top da coisa... pq agora quem virou militante sou eu, mas nem me venha com a idéia de vestir vermelho... vermelha estou de raiva mesmo, quando vejo o Sr. Lula-lá prometer 10 milhões de empregos ao povo esperançoso e quando UM vai reivindicar isso na porta do Palácio, atea fogo no próprio corpo e morre no hospital com queimaduras de não sei mais quantos graus. A vítima da lucidez do desemprego - porque ele não estava louco, garanto - era metalúrgico e achou que o Sr. Presidente o atenderia, talvez por causa dos tais palanques da vida por onde ele já devia ter escutado o mesmo Sr. gritar esperanças, anos antes. Triste.

Assim como muitos, não estou aqui para experimentar o Lula-lá. Por mais maquiagem que tenha tido a campanha, sinto vergonha de tudo isso. Por mais despolitizado que o povo seja, eles sabem que se colocaram o metalúrgico de 9 dedos lá, é poruqe queriam algo diferente, por mais que não saibam o que é política de esquerda. E por mais que saibamos que o próprio Lula nem saiba mais o que é isso.

Eu poderia dizer que tudo é culpa do poder, que cega, que muta, que rouba a humildade do ser humano, ms não sei bem se é isso não. Foi tudo muito bonito, em épocas de campanha presidencial, tanto blablabla comovendo o triste desempregado... e agora? o que temos? qual o projeto? vão governar até quando, ligados no piloto automático?

Porque, desculpa a minha ignorância, esse Fome Zero e outras coisitas mais que tratam de se gabar tanto (Bolsa Escola, Salário família...) é tudo ESMOLA. Pra quê? O povo quer dignidade. Quer voltar a noitinha do trabalho e ter o que comer em casa. Dig-ni-da-de. Poder ir à padaria comprar pães pela manhã e gritar pelo café, que atrasou. Ter as contas em dia, e ver os filhos irem pra escola com o material completo... Há quem goste de esmolas, mas eu prefiro dignidade. Ensinar a pescar é uma dignidade e tanto, invés de dar os peixes.

Falem o que quiser, mas o FHC governou seus 8 anos com competência. Interagiu com o povo, desde a entrada do Real, onde era ainda ministro. Podem falar, repito, mas ele pelo menos mostrou-nos que somos mesmo mendigos do capital de fora, mostrou ser um destino inescapável. Foi honesto, enquanto na esquerda, nosso estimado presidente hoje, ainda em tempos de militância, cuspia nos microfones que o Brasil não podia ficar quieto com a verdade do FHC. Tínhamos que nos impôr.

Então, impusemo-nos. E? E nada. Se não se pode com o capitalismo, juntemo-nos à ele. E sigamos com a democracia errada desse País. E, daqui do fundo da classe, vemos tudo acontecer, caladinhos. Inapetência. Sejamos então o 51º estado da américa, que venha a ALCA, ex-país do futuro. Isso fica claro se continuarmos na posição de só dizermos amém.

Se o MST não virasse a merda que virou, seria uma boa alternativa, principalmente porque eles continuam contra. Mas desandou. Se fosse como antes, seria uma solução histórica. Fixaria o homem no campo, esvaziaria a periferia dos grandes centros, diminuiria os crimes, descentralezaria o mercado, demandaria infra-estrutura, criaria consciência ecológica, exploraria recursos naturais, organizaria comunidades produtoras, incentivaria o turismo, a auto-estima, produziria EMPREGO.

Mas que triste esses verbos no futuro do pretérito...

Só o que vemos então são foices na mão de um lado, e ternos de grife do outro.

E NADA pra se comemorar hoje.
Só a lamentar.
E chega, que nunca falei tão sério por aqui.

***************

Mas voltemos a falar de coisas interessantes, do tipo, que signo vc é mesmo?
Continua me contando....