11 maio, 2004

A casa é geminada.... (é assim mesmo que fala?)... tudo que se faz de um lado, se escuta do outro... bom, nem tuuuuudo assim também... ela é mais nova que eu, 24 anos, creio, casada com um PM gente boníssima... ela tem 4 (QUATRO!!!) filhos, um mais bonito que o outro, e em especial tem a Maria Alice, de 1 aninho, que amo.

Ela é vizinha nova, mas a amizade surgiu nos primeiros dias... me chamou a atenção o tanto de filhos, rs... e ela dá duro, berra, se descabela, mas é uma boa dona de casa....

A gente conversa pelo muro dos fundos ou por telefone, quase que diariamente. É, temos a pachorra de ligar uma pra outra, santa preguiça. Ela, pra ajudar o marido, faz salgadinhos pra vender, e empadas maravilhosas. Eu vivo comprando, um para ajudar mesmo, que quatro bocas não é nada fácil; e outra, porque são deliciosos os salgados mesmo.

Mas hoje foi engraçado. Escutei a voz dela nos fundos, e gritei:

- A Alice tá acordada?
- Não, acabou de dormir....
- Ah... (desanimada)
- Mas porque?
- Eu queria ficar com ela um pouquinho...
- Tá carente, é?
- 'Tou... (mais desanimada que o Ah...)
- Vem cá, acabei de fazer bolo de aipim, vem tomar café comigo....
- Agora não dá, tou meio ocupada, trouxe trabalho pra casa...
- Larga aí, vem cá, 15 minutos, vem...
- Daqui a pouco então...
- Tá...

Entrei, tentei um pouco de messenger, mas travou tudo e eu não conseguia mais entrar... afundei nas papeladas, quando escuto meu nome no portão... Vou ver, é a minha vizinha.....

- Vem, doida...
- A Alice já acordou?
- Não, mas o bolo tá lá te esperando...
- Já vou...
- Vem logo....
- Tá.

Fechei a porta e voltei aos números.... 10 minutos, o telefone toca.

- Vem, cacete.
- Nossa, que insistência... rs
- Tô te falando, larga esses papéis, vem agora...
- Tá, tou indo, tou indo.
- Desliga e vem.
- Mas que coisa... que tá acontecendo?
- Ai, pára de questionar, vem logo, &$$^&^&*& (impublicável)
- Tá, tou indo.

Antes de ir, ainda sentei na frente da folha que eu estava terminando, quando escutei a minha porta abrindo. Era ela. Só sorri. Ela me catou pelo braço e me carregou.

Tranquei a porta e fui. Comi bolo de aipim, dei risada, tomei café... ela faz um café que nunca tomei igual... e não dá o segredo... tudo bem, mais gostoso mesmo é tomar lá. Foi bom. No final, ainda trouxe a Alicinha, que tá aqui, fuçando nas minhas revistas.

Nunca fui muito de social com vizinhos. Mas uns acontecimentos assim fazem a gente párar e pensar um pouco. Tem coisa boa embutida em coisas simples assim: tomar café com uma vizinha-amiga.

É isso aí.

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Mais parabéns...

E ele é DJ e agita as noites cariocas. E ele é além-amor. Ele é puro sentimento. E ele aniversaria hoje. Mário, feliz aniversário, muita paz, estarei sempre torcendo por vc, viu? Aqui tens uma amiga. E sei que tenho um aí, também. Parabéns, parabéns, parabéns.