30 dezembro, 2003

Na verdade, está acabando, mas esse aqui é o último desse ano.

Apareci por aqui para dar um beijo em cada um, um abraço longo, daqueles de sentir vibração e tudo e desejar uma boa passagem de ano... um passar leve, com paz interior, com serenidade... Divirtam-se, riam, abracem muito, olhem nos olhos... digam o quanto essa ou aquela pessoa é importante... não deixe as palavras escaperem... não tenham vergonha... acreditem no amor, na vibração, na palavra amiga... não sejam hipócritas... se não gostam, diguem que não gosta e pronto... agora, se amar, grite que ama pra todo mundo ouvir...

Tá, eu sei que tá parecendo esses textos melodramáticos, porém lindos, que achamos aos quilos na Net, mas ó: não é não... o texto melodramático eu vou deixar um sim, que me fez chorar à beça no domingo, no finzinho do Fantástico, me deixando a péssima sensação de como nada somos, de como pouco somos... eu tenho certeza absoluta que algum de vocês já pensou assim também... Mas o texto vou deixar porque é de praxe... as palavras aí de cima são daqui de dentro mesmo... palavras de quem tem esperança na bondade ainda; especialmente fé no amor... pode não ser nada muito gigantesco, mas é bem sincero... palavras de alguém que está vendo a vida de um ser muito amada se findando dia a dia, e se sentindo a criatura mais impotente do mundo de não poder, pelo menos, trocar de lugar uns dias, só pra ela poder ver a passagem de mais um ano.... enfim, palavras.

Agradeço a companhia de todos... e em 2004 a gente tá junto traveiz...
Segue o texto que vi no Fantástico... nem sei se muita gente o postou (sem tempo para muitas visitas)... mas ele é lindo, garanto!

O Filtro Solar

Nunca deixem de usar filtro solar. Se eu pudesse dar só uma dica sobre o futuro seria esta: use filtro solar. Os benefícios a longo prazo do uso de filtro solar estão provados e comprovados pela ciência. Já o resto de meus conselhos não tem outra base confiável além de minha própria experiência errante. Mas agora eu vou compartilhar esses conselhos com vocês...

Não se preocupe com o futuro. Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que "pré-ocupação" é tão eficaz quanto mascar chiclete para tentar resolver uma equação de álgebra. As encrencas de verdade em sua vida tendem a vir de coisas que nunca passaram pela sua cabeça preocupada, que te pegam no ponto fraco às 16h de uma terça-feira modorrenta.

Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade. Cante. Não seja leviano com o coração dos outros, não ature gente de coração leviano. Use fio dental. Não perca tempo com inveja. Às vezes, se está por cima; às vezes, por baixo... A peleja é longa e, no fim, é só você contra você mesmo.

Estique-se, não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida. As pessoas mais interessantes que conheço não sabiam aos 22 o que queriam fazer da vida. Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem.

Tome bastante cálcio. Seja cuidadoso com os joelhos: você vai sentir falta deles. Faça o que fizer, não se auto-congratule demais e nem seja severo demais com você. As suas escolhas têm sempre metade das chances de dar certo. É assim com todo mundo.

Desfrute de seu corpo, use-o de toda maneira que puder mesmo. Não tenha medo de seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele. É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir. Dance... Mesmo que não tenha onde, além de seu próprio quarto.

Dedique-se a conhecer os seus pais. É impossível prever quando estarão indo embora, de vez. Seja legal com os seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado e, possivelmente, quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.

Entenda que amigos vão e vêm. Mas nunca abra mão de uns poucos e bons. Esforce-se de verdade para diminuir as distâncias geográficas e destinos de vida, porque quanto mais velho você ficar, mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem. Viaje. Aceite certas verdades inescapáveis: os preços vão subir, os políticos vão saracotear, você também vai envelhecer. E quando isso acontecer, você vai fantasiar que quando era jovem os preços eram razoáveis, os políticos eram decentes e as crianças respeitavam os mais velhos.

Respeite os mais velhos e não espere que ninguém segure a sua barra. Talvez você arrume uma boa aposentadoria privada, talvez case com um bom partido, mas não esqueça que um dos dois pode, de repente, acabar. Não mexa demais nos cabelos, senão quando você chegar aos 40, vai aparentar 85.

Cuidado com os conselhos que comprar, mas seja paciente com aqueles que oferecem. Conselho é uma forma de nostalgia. Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, de esfregá-lo, repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.

Mas no filtro solar, acredite!

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26 dezembro, 2003
Conversei com uma amiga na passagem de Natal, (uma amiga daquelas de tempos e tempos cai de pára-quedas, vindo do meio do nada, fazendo uma bela surpresa), sobre resoluções-mais-que-batidas-de-fim-de-ano para o próximo ano... acho que já até fiz isso, sabe? e, incoscientemente, acabamos sempre fazendo, nem que um pouquinho, algum tipo de reflexão no esquema "ano que vem, tal coisa"... Cheguei a fazer listas enormes e não cumprir nem um ítem sequer... hoje em dia, acho a mais pura bobagem (mas já vi funcionar com algumas pessoas...). Eu, por minha vez, não consigo cumprir nem promessa de fim de semana (de ir jantar com um amigo, por exemplo), vou cumprir lista para um ano todo? não mesmo.

Enfim, essa amiga estava falando que quando se quer realmente uma coisa, temos que pelo menos começar por alguma coisa. Não adianta fazer listinha, do tipo "párar de fumar, arrumar namorado, poupar dinheiro, não necessariamente nessa ordem"... Têm que começar. Um detalhe, que seja. Tem que dar o primeiro passo. Transpor a barreira do "por onde começo?"... E sempre que ela vêm com esse papo, ela conta a história da casa dela, onde ela idealizou cada pedacinho, cada cantinho, cada tijolinho... imaginou tanto, idealizou tanto, que comprou uma fechadura antes mesmo de fazer a fundação da casa em si (uma linda fechadura, por sinal)...

Vendo tanta empolgação nos olhinhos dela, a cada vez que conta a história, penso que o tempo que levou entre a compra da fechadura e a abertura da porta da casa, não importou tanto. Sonhos são assim. Atemporais. Isso ela não disse... e por eu preferir pensar assim, nunca lhe perguntei também.

Então, logo depois que acabamos de conversar, ajustei um relógio em outro fuso, ajeitei dois cofrinhos (um pra cada filha), liguei para algumas pessoas que não via algum tempo... nesse ítem, só pra lembrar que não adianta ter... tem que cultivar também, diariamente.


E em tempo:


Dê, parabéns viu? A gente sempre falou do seu jeito de blogar, teu mistério de ser, tua forma especial de nos tratar... Ver um ano do Rosa e toda sua dedicação com a gente e com todo mundo que chega por lá, só justifica ainda mais o fato de como foi bom você se presentear com um blog há exato um ano. Boas vibrações à você, ao Rosa Choque e pra gente também que te admira à beça. Ah, e a gente aguenta mais um ano, tá? :)

 
24 dezembro, 2003


Que tua noite de Natal seja bela...

 
23 dezembro, 2003

Natal é isso?

(devaneios de uma cabeça que não entende muito bem o que virou o dia 25)

Estamos no auge da vibração da alegria , numa só voz. O mundo se reúne para compartilhar de um mesmo sentimento, único, íntimo. Dias depois, voltam todos à sua vida "normal".
Me desculpe por qualquer coisa que eu fale do Natal, que te possa parecer agressivo; mas se temos um ano inteiro para refletir, essa reflexão tem que ser real, livre de dúvidas.
Para quê o Natal? Para fazermos de conta que está tudo em perfeito estado, para encenar outros personagens que não somos, para oferecer presentes e sermos caridosos ou para amolecer um pouco nossa dureza e aturar a pessoa que pensa diferente da gente? Não é tudo isso ridículo se precisa ter data para ser praticado? Então, melhor ser Natal todos os dias e nossa tolerância se tornar além de atos mascarados de atitude glorificante.
Enquanto houver pessoas chorando na noite de Natal e a injustiça crescer pelo mundo, não consigo me deixar levar por momentos festivos, que explícita nossa inferioridade, entre hipocrisias, alcoolismo e gula fantasiada de convivência familiar...
É isso o Natal? Se é, então aqueles que não podem ter uma ceia, um vinho ou a família por perto não têm Natal...

Não posso pensar no Natal só uma vez no ano. Não posso sentar-me numa mesa farta enquanto bocas imploram um pedaço de pão.. Não consigo rir, porque se eu fechar os olhos, consigo escutar a lamentação daquele que não tem um abraço amigo, porque me arrepio só de pensar nos doentes agonizando e muito especialmente nas crianças que moram nas ruas...
Não posso trocar presentes somente com o sentido comercial... Se existe a tradição da troca de presentes hoje, não é porque os reis magos presentearam Jesus na manjedoura - eles só estavam agradecendo o verdadeiro presente que eles receberam: o próprio Jesus, presenteado por Deus à humanidade.... alguém se lembra disso? Tenho minhas dúvidas.
Por isso, com desejo de que Deus suavize um pouco nossa existência e nos olhe com misericórdia todos os dias do ano, encerro esse post... não que eu não goste do Natal - eu só acho que realmente esqueceram do sentido dele, assim como banalizaram definitivamente o amor.

Fiquem todos bem.
Sempre.

 

Ela entrou na minha vida, tomou conta e sumiu de repente... agora, quando voltou, a chama só reascendeu... Dati, se alguém um dia conseguir explicar o que acontece com sentimentos que locomovem-se via chips, bits, fibras... se alguém um dia conseguir decifrar essa sintonia que une os 4 cantos do mundo... se alguém explicar isso, estará explicando o carinho enorm que tenho por você. Meus sinceros votos de um ótio aniversário, de um sereno Natal e de um maravilhoso ano... porque você merece.



E ela, que já me fez sorrir e chorar com o que escreve, que esporadicamente vêm aqui, esporadicamente eu vou lá, mas não deixamos de aparecer, que pensa ao mesmo tempo muito igual e muito diferente de mim, e que tenho uma vontade louca de conhecer pessoalmente... CoRa, atrasada, mas cheguei... tudo de melhor pra você, que Papai do céu seja bem generoso contigo nesse Natal e no Ano Novo que chega... Muita paz...

 
22 dezembro, 2003

Cheguei hoje louca pra contar da bagunça de sábado... mas enfim, o que é a vida, não? Deparei com o comentário do Domrs, que não se diz grande escritor, mas o acho... e é pra ele que respondo nesse post:

Ronaldo:
Não sei o que te dizer. Eu poderia ficar horas aqui escolhendo as palavras para te explicar o fato, mas não vou. Você nunca me viu e aqui, na net, as palavras nunca foram claras nem nunca serão... é por demais cético, porém ainda assim preciso tentar te falar...
Aqui você não conseguirá notar meu total desespero de deixá-lo entristecido, já que és, sim, um grande escritor, na minha concepção.
Por tudo que me é mais sagrado, tanto um como no outro, coloquei uma referência à Domrs, teu nick, na imagem. Por tudo que me é mais sagrado eu coloquei. Mas você poderá nunca acreditar nisso... e tem todo o direito.
Conversávamos no sábado, eu e mais um grupo de amigos, sobre isso mesmo... dessa falta de personalidade, dessa prepotência, dessa desvirtualidade, dessa falta de essência que é chegar num lugar alheio e sair de lá com um monte de pedaços que não lhes pertencem e montar uma essência dita própria, de tentar ser um predaço seu, meu, de tanta gente, senão de um blog inteiro até.
Fiquei muito chateada de ver que amigas minhas foram violadas em suas sensações, principalmente a Ticcia, que me é rara, cara e preciosa... Mas estou atada ao fato de que nunca poderei olhar nos teus olhos e te explicar o ocorrido, nunca poderá notar que não sou disso, que abomino quem faça, que passo horas do meu dia lendo blogs, mas nunca me senti no direito de arrancar pedaço de ninguém...
Tenho muito respeito pela escrita, Ronaldo. Pela sua também. Então, para que esse mal-entendido não prolongue para raias piores do que já estão, te deixo aqui, abertamente, minhas sinceras desculpas ... Tenho (ou tinha) o péssimo hábito de linkar texto alheio nas imagens, e ao invés de eu colocar alt (para imagem) coloquei title (para texto). Já consertado (o seu, e mais um, que acabei achando) te deixo meu absoluto pesar por todo esse ocorrido.
Eu jamais conseguiria expressar aqui (por mais nítida e transparente que eu seja) o que realmente estou sentindo... talvez quem me conheça possa falar por mim.
Porém, acredite: eu jamais faria isso com ninguém.
Esse post está indo também via email, onde deixo meu telefone, para maior contato, se preferir.

Com muita tristeza, pelo fato....
Claudia
(Pollyanna)

 
18 dezembro, 2003

Parece que tudo foi marcado pra esse fim de semana....

Hoje é a formatura do pré da Raquel, e minha vida está um caos. Fora os abalos sísmicos normais (roupa, sapato, cabelo pra todas, inclusive moa), ficam os detalhezinhos pra trás... telefonemas, foto, filme, blábláblás cansativos....

Pra melhorar, tenho a Raquel surtada aqui embaixo da minha asa, porque ela esqueceu a fala dela no teatro que farão... "Se lembrará, filha, se lembrará..." - solto entre um soluço e outro, quando eu consigo respirar algum oxigênio.

A Rafaela, trancou-se com uma pilha de gibis no quarto, "Estressei" - disse.
Aborrescência, blah. Ok, eu aguento tudo sozinha...

A euforia de hoje só termina amanhã à noite, onde a Rafa, a própria, que não quer saber de nadicas hoje, se apresentará com o Coral onde canta, num shopping (o único) aqui da cidade... músicas natalinas... fofo, né? Pois é... corre eu atrás de túnica e gorrinho de Papai Noel - ou seria Filha Noel? melhor seria Neta Noel... ai, delírios já... me internem.

No fundo, no fundo, há uma mãe mega orgulhosa.

Ah, tô lá no Ponto Gemini... eu não daria essa com vocês, certo?

Raquel, a mamãe é chata, implicante, durona, mas ó.... Parabéns, viu?


(não, não é ela, mas a beca é idêntica... e a cara de sapeca também...)

:)

 
15 dezembro, 2003

Ok,
lembra o slogan do comercial do extinto (?!?!) Denorex?

"Parece, mas não é..."

(parecia remédio, tinha cheiro insuportável de remédio, mas insistiam que aquilo era shampoo...)

Então, pois é...

Pelos comentários (cada vez diminuindo mais, preocupante) percebi que transpareci estar triste, chateada com a vida, desanimada.... Assim como Denorex era shampoo e não remédio por mais que parecesse, eu também não estou triste, chateada com a vida e nem desanimada...

Quem quiser reler o post abaixo, releia imaginando assim: conversa em beira de calçada, um calor danado, um copaço de suco gelado do lado, onde quem vos fala interrompe um assunto banal e diz "Sei lá, entende?", e acaba falando tudo o que descrevi, mas de uma forma calma, sincera, pausada, simples... palavras ao vento, quando de repente se olha para o suco e percebe que ele acabou, levanta da calçada e vai bucar mais, voltando já com outro assunto....

Assim, simples... não estou mesmo triste. Talvez, e somente talvez, eu esteja ainda introspectiva... Ninguém quer em plenas férias e épocas festivas ver um ente querido na raia do fim... não é? Mas tô legal, eu já tinha explicado.... e ponto final.

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Pra avisar:
Em outubro, prometi umas cartas via Correios, lembra? Daquelas que carteiros (sujeitos simpáticos vestidos de amarelo e azul) entregam na casa da gente, daquelas que a gente (?!?!) adora receber, daquelas que a gente guarda e anos depois até chora quando relê... lembrou? Então... aguardem quem me mandou endereço.
Polly promete, pode tardar, mas cumpre, sempre.

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Pra registrar:
Saudades de pessoas que vinham deixar carinho aqui e sumiram ... tá, tô devendo algumas também, eu sei... mas será mesmo preciso visitar pra ser visitado? acho que no dia em que eu tiver certeza disso, o blog não terá mais sentido... ah, sei lá. Cada um é cada um, vai saber.

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Pra falar à toa...
Os dias têm passado corridos e carregados de uma sensação de que esqueci alguma coisa no meio do caminho. Essa minha mania de correr ao invés de simplesmente caminhar não me deixa voltar pra me certificar. Geralmente sigo em frente, pensando se desliguei a cafeteira, apaguei a luz do quarto ou fechei o gás. Sigo, na maioria das vezes, sem garantias, esperando que nada me surpreenda mais do que eu mesma consigo me atropelar. Eu sou a campeã das retas de partida e a última a chegar, com cara de "Hã?" em algum lugar... Portanto, releve... dê um desconto... ou então apenas dê de ombros, se você achar (ou realmente for mesmo) que me perdi. Eu tenho estado tanto tempo dentro e fora de mim que se alguém perguntar, diga que me viu entrando numa porta ali adiante... e já já volto.

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Pra constatar:
Nem uma arvorezinha de Natal por aqui, Pollyanna? tsc tsc

 
13 dezembro, 2003

Às vezes é salutar fechar as portas para relações que não queremos mais viver... Cansada de gente que só nos procura quando está mal ou quando se tem festa, e finge não ver quando não estamos bem porque 'não sabe o que dizer' - esse é o primeiro sinal que a relação é incompleta.

Pessoas que nos julgam pela aparência, muitas vezes sem querer, e não se preocupam em nos enxergar, essas podem ficar na seção de meros, e em muitos casos, agradáveis conhecidos...

É bom começar a priorizar e colocar as relações incompletas em seu devido lugar. Para as pessoas que elogiam por elogiar, sorria e agradeça. Para queles que criticam por criticar, dê de ombros. Relações sociais/superficiais são assim mesmo. Mas aqueles que tem o privilégio de usufruir da nossa intimidade precisam saber que o que temos é o que conquistamos todos os dias e nem sempre é fácil, leve ou bonito. Pelo contrário. Tem dias que dói, é uma meleca, fazemos muita coisa errada, somos cheios de dúvidas, defeitos, emoções contraditórias e irracionalidades. Com um agravante: sem botãozinho de off.

O pacote é pronto.

Ou compra porque gosta ou deixa na vitrine para não se envolver. Passa, olha, acha bonito até, mas nem sempre se tem espaço na sala para colocar. E dá até pra entender. Só convém não esquecer que em artigo de vitrine não se mexe.

 
12 dezembro, 2003

Ultimamente eu não estou podendo parar pra pensar...

Ontem mesmo aconteceu o seguinte: recebi uma ligação, que era pra ser bem legal, mas momentos depois de eu desligar, onde refleti em algumas palavras que escutei, fiquei deprimida... não; deprimida não, angustiada, sabe? daquelas agonias de nada estar bem, de nada caber, de estar tudo errado.

Encontrei há alguns dias uma mocinha linda, grande amiga, que a vida se encarrega de separar da gente. Eu não a encontrei, foi ela bateu em casa, e quanta surpresa! Além de linda (a Rafa fala que ela parece com a Barbie, mas só que morena) ela é fantasticamente calma, calma de irritar.

Ficamos por umas duas horas conversando -ela tinha passado pra dar só um beijo e acabou ficando um pouco- e quanta serenidade a Malú passa. Os abraços dela foram como raios solares entrando dentro de mim e quando, ao se despedir, ela olhou nos olhos e me disse "Fica bem", lembrei-me da onde eu carrego essa mania de desejar pra todo mundo: "Fique bem".

Em pouco tempo, ela me mostrou o quanto vago está minha vida, e que eu não era mais a mesma coisa de anos atrás. Eu disse que realmente eu estava com saudades de mim, mas que tudo se encaixaria. E ela me disse uma coisa que eu já havia lido num email: "vc perdeu seu brilho... não há luz nos seus olhos... mas te entendo, você necessita apaixonar-se... isso te é prioridade".

Ela está certa. Me falta luz. Ando encenando alguns teatrinhos no palco da vida porque não sou de ficar me lamentando pra ninguém - na verdade, não suporto isso; mas me falta fogo nos olhos, ardência na alma, vontade... isso, vontade é a palavra certa.

No blogger, postei uma imagem mês passado que dizia assim: "Por favor, me faça ficar perdidamente apaixonada"... e é essa a real... infelizmente não é uma coisa que se procura e se acha; ... simplesmente acontece. E não adianta procurar que aconteça também, tem que viver apenas... qdo menos se espera, tá lá de novo, coração palpitando e olhos grudados no telefone.

Sinto uma falta tremenda disso, além de ter passado por uma podada federal na última tentativa de paixão - frustrada. Só que comecei esse post pra falar disso: quando a gente pensa que a poeira baixou, o coração dá mancada e nos mostra o quanto estamos sendo idiotas, que nada passou ainda... mas o tempo passando colabora para que não enfatizemos tanto assim... então, a vontade de que falei antes acha um lugarzinho em algum canto da cabeça, da memória, do coração... e lá se aloja, como uma brasinha intocável... e é só acontecer um ventinho (um telefonema de tá tudo bem, sou forte, vou só ver se ele tá legal) pra coisa tomar conta do peito novamente e a dor, inevitável, voltar.

Isso me leva à uma sensação de torpor, tipo bela adormecida à espera do príncipe... e nem percam tempo falando que príncipe não existe, não pra mim -pra ficar bem claro.

Só espero que esse tempo -bendito e maldito- colabore mais.

Ah!
e fiquem todos bem.

 
11 dezembro, 2003

Na verdade, eu tô por

Visitas?
Devo, não nego, pago assim que puder.

 
08 dezembro, 2003

Tô de férias e isso é um bom motivo para comemorações...

É, eu tiro férias numa época legal, acho um absurdo trabalhar em dezembro, épocas festivas... fica ruim uma data pra viajar, tá. Mas darei um jeitinho.

Tem formatura da Raquel do pré, tem apresentação do coral, onde a Rafa canta, no shopping (músicas natalinas, vai ser lindo), tem amigo secreto da empresa, da blogosfera, tem Natal, tem Ano Novo... mas não sou mesmo de viajar para ficar vários dias... não consigo... arrumarei uns 4 ou 5 dias e vou sair sem rumo...


Em tempo:
Vovó saiu da UTI, mas está internada ainda. Passarei mais tempo com ela também. Conversamos muito nesse fim de semana -eu e familiares-, e vimos que a situção está se encerrando mesmo. Pra quem ainda não sabe, minha avó presentiu isso na primeira internação - ela não passaria o Natal conosco.

Deus é maior? Lógico que é. Só Ele é quem sabe. Mas vê-la sofrendo me faz párar pra pensar, sabe? Será mesmo que alongar a estada dela por aqui está compensando? E se está, a quem? Essas perguntas me sondam direto... os problemas no corpo velho e cansado dela se agravam e eu fico em dúvidas se nosso amor à ela não tem que tomar o rumo do desapego.

A quem passa por aqui e inclui a vovó nas orações diárias, obrigada de coração. Fico emocionada de poder contar com vocês...

Em tempo, parte 2:
Fiz nhaca no post abaixo (do email). Eu postei, mas não vim ver como ficou, entonces, como já era de se esperar, estava errado. "Consertei". E repito: o email novo é kaumattos@msn.com. Porém, se coloco o tal do mailto ele não aparece. Amadeu, socorro - tanto no post quanto no template... arruma lá pra 'nóis'? :)

 
07 dezembro, 2003

O "super requisitado" email da Pollyanna mudou:

kaumattos@msn.com

Cancelem o da UOL.
Mudei pro Terra.
Mas o email pra assuntos bloguísticos é esse aí mesmo (do MSN).

Até.

 
05 dezembro, 2003
Hoje eu não quero falar nada não.
Por favor, fala você.
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04 dezembro, 2003

E o pedido à amigos é a chave do sucesso...

Conhecem o Ponto Gemini, certo?

Se ainda não conhece, eu explico: é um ponto onde sete geminianos se encontram para debates, troca de idéias, risadas, emoções, bate papo...

É um geminiano por dia, dividido assim:

Segunda: João, do Lá cité
Terça: Cacau, do No limite da razão
Quarta: cau, do Idéias e razões
Quinta: essa que vos fala
Sexta: Rafael, do Vida de Malandro
Sábado: Mônica, do Crônicas Mônica
Domingo: Deize, do Rosa Choque

Viu, você provavelmente até conhece algum deles...

Toda quinta quem me visita vê sempre uma portinha pra lá, já que o Ponto me é um filho querido, que acompanho o crescimento com orgulho de mãe mesmo... e todos que lá estão compartilham dessa mesma alegria, posso crer.

Passa lá.
Se gosta de uma boa leitura (modéstia lá em casa), vai se apaixonar.
Se não gostar, volta aqui, e detona, que crítica. quando bem colocada, é degrau pra subir cada vez mais.

E então?
Bora pro PG.
 
02 dezembro, 2003

Isso aqui tá tudo muito triste. Talvez porque eu não consiga mesmo manter as aparências.

Acabo passando aqui o que passa aqui em mim... fica massante, eu sei. Por mais que eu tenha retorno, eu sei que fica chato à beça. Só que não adianta eu dizer que vou melhorar .... posso tentar, mas com tanta preocupação, nem ameniza a coisa toda. Todos têm preocupações, eu sei também. Mas ter uma avó, a que te criou, no hospital, sem prespectiva nenhuma não é uma coisa assim... despreocupante. Estamos na espera, desde o começo do fim (quando ela adoeceu de verdade). Mas constatar, de verdade mesmo, é muito doído.

Dessa vez, não me ausento, porque se eu parar de escrever, que é a única coisa que ainda tenho vontade, não sei o que será dessa que vos fala...

Alguém aí, dos meus assíduos leitores, lembra do que minha avó falou sobre o Natal?

Medo, muito medo.
Mas sigo.
E peço companhia, se possível.

(em tempo: isso é preocupação exacerbada, não estou deprimida... é sério)

 
01 dezembro, 2003

Você bem que deve saber. Não poder dormir. E parece que nunca mais... Acordada até a eternidade.

Há tempos venho tentando um sono gostoso, manso, que deixa a gente de bem com o mundo. Não consigo. Nem com todos os comprimidos que inventaram para colocar a nocaute.

Agora, responda, se é que pode; se é que alguém pode: quanto tempo o organismo vai resistir? Vai ver, o corpo mudou, adaptou-se a esses cochilos ocasionais e através deles, sobrevive. Quem sabe os fracasssos que vêm acontecendo tenham origem nessa derrocada física que se aprofunda...

Se alguém ao menos conseguisse remover essa minha idéia de que preciso de um analista... imaginava-me mulher-maravilha: combater medo com medo, fazer do temor um antídoto. Não funcionou...

...
...
...

Em tempo:

# Rafael me disse que não postou no PG porque não deu tempo... trabalho até a tampa. Tudo bem, dessa vez não te mando pro tronco... mas fica o ponto negativo marcadinho.... :)

# Hoje eu consegui abrir o blog, ler tudinho e pensar: esse povo gosta mesmo de mim... aiai

# Continuo de discada. O Speedy não vai pro céu.

# Vim trabalhar, mesmo sem precisar vir. E isso é um péssimo presságio.

# Vovó está bastante mal. Mas Deus é maior que o problema dela.

# Preciso dizer que amo (vc), a cada 2 minutos, mas não tem (ninguém) pra ouvir.

# Carentérrima, afastando todo mundo de perto.

# À beira de um ataque de choro.

# Acho que vou pirar.