12 dezembro, 2003

Ultimamente eu não estou podendo parar pra pensar...

Ontem mesmo aconteceu o seguinte: recebi uma ligação, que era pra ser bem legal, mas momentos depois de eu desligar, onde refleti em algumas palavras que escutei, fiquei deprimida... não; deprimida não, angustiada, sabe? daquelas agonias de nada estar bem, de nada caber, de estar tudo errado.

Encontrei há alguns dias uma mocinha linda, grande amiga, que a vida se encarrega de separar da gente. Eu não a encontrei, foi ela bateu em casa, e quanta surpresa! Além de linda (a Rafa fala que ela parece com a Barbie, mas só que morena) ela é fantasticamente calma, calma de irritar.

Ficamos por umas duas horas conversando -ela tinha passado pra dar só um beijo e acabou ficando um pouco- e quanta serenidade a Malú passa. Os abraços dela foram como raios solares entrando dentro de mim e quando, ao se despedir, ela olhou nos olhos e me disse "Fica bem", lembrei-me da onde eu carrego essa mania de desejar pra todo mundo: "Fique bem".

Em pouco tempo, ela me mostrou o quanto vago está minha vida, e que eu não era mais a mesma coisa de anos atrás. Eu disse que realmente eu estava com saudades de mim, mas que tudo se encaixaria. E ela me disse uma coisa que eu já havia lido num email: "vc perdeu seu brilho... não há luz nos seus olhos... mas te entendo, você necessita apaixonar-se... isso te é prioridade".

Ela está certa. Me falta luz. Ando encenando alguns teatrinhos no palco da vida porque não sou de ficar me lamentando pra ninguém - na verdade, não suporto isso; mas me falta fogo nos olhos, ardência na alma, vontade... isso, vontade é a palavra certa.

No blogger, postei uma imagem mês passado que dizia assim: "Por favor, me faça ficar perdidamente apaixonada"... e é essa a real... infelizmente não é uma coisa que se procura e se acha; ... simplesmente acontece. E não adianta procurar que aconteça também, tem que viver apenas... qdo menos se espera, tá lá de novo, coração palpitando e olhos grudados no telefone.

Sinto uma falta tremenda disso, além de ter passado por uma podada federal na última tentativa de paixão - frustrada. Só que comecei esse post pra falar disso: quando a gente pensa que a poeira baixou, o coração dá mancada e nos mostra o quanto estamos sendo idiotas, que nada passou ainda... mas o tempo passando colabora para que não enfatizemos tanto assim... então, a vontade de que falei antes acha um lugarzinho em algum canto da cabeça, da memória, do coração... e lá se aloja, como uma brasinha intocável... e é só acontecer um ventinho (um telefonema de tá tudo bem, sou forte, vou só ver se ele tá legal) pra coisa tomar conta do peito novamente e a dor, inevitável, voltar.

Isso me leva à uma sensação de torpor, tipo bela adormecida à espera do príncipe... e nem percam tempo falando que príncipe não existe, não pra mim -pra ficar bem claro.

Só espero que esse tempo -bendito e maldito- colabore mais.

Ah!
e fiquem todos bem.