31 dezembro, 2006
 

Sabe aquelas coisas todas que você me deseja? Então.
Desejo o dobro delas pra você.


Até 2007.
 
30 dezembro, 2006

Mas sonhar com o Latino, cantando Renata, é fim de carreira, ó.

¬¬

 
26 dezembro, 2006

Os poetas falam, escrevem, molduram da forma que acham perfeita. As pessoas arriscam, sentem, suportam, amam. Existem livros, manuais, teses. Existe a máxima de que é a coisa mais importante do mundo, acima de todas as outras coisas. E quer saber? É mesmo.

Depois de alguns anos, passei o natal em companhia de meus melhores amigos. Na hora de vir embora pra casa, quando abracei cada um deles, eu chorei. Tá, teve mais gente que chorou também, emocionados por olhar ao redor e só ver gente que conhecemos há anos e nunca mais conseguíamos nos reunir, assim, tão 'todo mundo'. Lágrimas de felicidade pura de olhar ao redor e me sentir protegida, amada, querida, com vida.

Amigos é o que há!

E a amizade é uma flor frágil, parecida com aquela que assopramos pra ver onde as penujinhas voarão, sabe? Só que essa galera, esse pessoal que conheço há uns 10 anos, no mínimo, possuem a delicadeza de manusear a florzinha que a penujinha não voa. E se voa, volta breve. Porque sabemos que somos muito mais uns com os outros. Somos o nosso melhor, somos fortes, imbatíveis. Porque somos amigos de verdade. E sabemos que somos.

[Baboo - meu grande amigo; Vítor - que além de tudo, tem os olhos mais verdes que eu já vi e aniversariante do dia também; Vinny - que aparece e some, mas nega que tá namorando; Vinícius - que foi uma delícia rever e passar mal de rir com as suas histórias; Denise - gatíssima, que não pára de ficar bonita, não tem pra onde mais; Natália - e seu bebê fofo Kadu; Írio - mascote e louco, amável que só; Robinho - o mais gostoso da galera e o mais alcoolizado também; Fabiano - o mais sério e centrado; Alê - ex e foférrimo; Vivi - uma graça; Fernando - meu pupilo; Marly - a chaveirinho; Anjinho - e seus abraços maravilhosos: valeu tudo mesmo mesmo mesmo mesmo mesmo........]

 

O nome dele é Simeão, por culpa dos pais, evangélicos, e seus respectivos mau-gostos para nomes bíblicos. A gente, do círculo de amizades, floreou um pouco a pronúncia, já que deve ser uma tortura pro moço, que de evangélico só tem os pais e adora uma farra. O chamamos de Simon (lê-se Saimon).

E foi ele a grande sensação desse Natal. A reunião, na casa do Vítor, estava diferente, com mais gente do que de costume. Embora eu sempre soube que a maioria 'encosta' lá por ser o amigo do amigo do amigo do amigo do papagaio de alguém, esse ano, em especial, tinha gente saindo pelo ladrão.

O mais exótico exemplar era uma mocinha, sabe-se lá quem era, junto de uma outra, que ninguém conhecia também, vestidas combinandinho. Mas o pior não é imaginar a ligação telefônica momentos antes de sair:

-Com que roupa você vai?
-Ah, saínha [sic] e top "Pouco Pano".
-Então eu vou assim também....

... O pior é a saínha em si. Lembrava muito isso: [link] e por isso o comentário, que já veio lá de dentro e tomou conta da casa toda, era a pergunta: Onde é o concurso de lambada?

Então chega Simon, nosso amigo em questão. Ele é novo ainda, mas é uma comédia. Ano passado ele terminou dormindo (de bêbado) sentado na privada do banheiro, e o Vítor teve que arrebentar a porta. Tinha até um clima de preocupação, mas depois que vimos a cena, morremos de tanto rir. Então ele já chegou com a promessa de que não ia pagar nenhum mico esse ano, mas a gente não acreditou, claro.

Passado um tempo, vi que ele conversava com uma das lambadeiras, justo a qual eu já tinha notado que estava acompanhada por um 'conhecido de vista' da gente. Como conversar não é pecado nenhum, nem liguei. A festa rolou com muita risada, muita cerveja, um pernil que não tinha mais fim, vim embora umas 4 da madrugada, exausta.

Como sempre sobra muita coisa, no dia de natal a gente se reúne de novo, os 'mais, mais', chega um, chega outro, e chega o Simon. Três horas da tarde, com a maior cara de quem 'acordei agora', e as fofocas começaram. Daí fiquei sabendo: o namorado da lambadeira terminou com ela no meio da festa, porque ela bebeu do copo do Simon. Fui saber melhor da conversa, e ele disse que o cara terminou mesmo, mas nem foi nada daquilo, ele só ofereceu um pouco de Coca-cola pra ela, super ingênuo e tal.

Claro que o problema nem era um gole do copo de alguém, já devia estar de saco cheio da moça e usou a coca do Simon, mas foi o que bastou pra zoarmos com isso a tarde toda. Ele ficou tão sem graça, que uma hora ele foi encher o copo da Taís, namorada do Fabi, de cerveja, pediu permissão.

- Pode, né?

E o Fabiano:

- Pode porque é cerveja, se fosse Coca, não podia não.

E dá-lhe gargalhadas. Foi assim a tarde inteira. Vim embora até torta, porque não tinha comido nada, e bebido muito. Cheguei em casa vomitando, claro. Mas como é uma vez por ano (e olhe lá) que faço isso, tou perdoada. Leva-se pouco dessa vida, por isso que amo tanto meus amigos, e em especial, hoje, o Simon, aquela figura.

 
24 dezembro, 2006
 
23 dezembro, 2006

(diarinho rascunhado diariamente e passado a limpo aqui, não só pra recordação minha, mas pra vc rir às minhas custas)

10/12

Garage à noite. A tábua de frios de sempre, alguns chopp's. Conheci a Cris, amiga da Cau, foférrima, riso solto, adorável.

11/12

Corrida total e geral, senão não ia dar tempo. E ainda consegui assistir Alta Fidelidade, filme que eu dei de presente pra Cau. Malas mil, almoçamos filé de frango grelhado, coca light e MACARRONADA. Depois da tábua de frios de ontem, ainda estávamos num clima de 'temos que nos despedir disso também'. Táxi até a Barra Funda, ônibus até Jacareí Jacaré, táxi tosco até o spa. Gente do céu, o taxista fedia, não tinha taximentro no carro e pra completar, tinha uma criança dormindo no banco da frente. No caminho, ele solta a pérola: "ser gordo não é legal". Ó, fiquei emocionada com a lógica. Depois, vira pra trás, dá uma olhadinhas na gente e completa: "ah, vocês nem são gordas". Mas é claro que não.

Chego espantada, não sei o que vou passar, me fecho. A Cau está muito mais simpática e sorridente. Eu, pelo menos hoje, me tranquei dentro de mim. Tem algumas pessoas no spa aparentemente bacanas, puxando papo, se apresentando e me achando um cu, de certo. É, sorriso zero.

Quem sabe amanhã, quando esse frio passar, eu melhore. Está um frio ducarazzo. E a pessoa trouxe UMA blusa somente. UMA! Eu, justo eu, reclamando do frio. Não reclamaria se tivesse trago agasalhos em abundância.

De primeira, o lugar é bem bonito e eu sou uma tronxa de burra de não pegar mais blusas.

Jantamos uma sopa bacaninha e tá quase na hora da maçã. É. Uma maçã e boa noite, meus queridos. Igualzinha Branca de Neve. Só podia ter assim, um sonífero na maçã, pra barriga não roncar.

Notas Insones da Primeira Noite

* aqui venta muito

* a senhorinha japonesa veio oferecer chá de manga. Chá de manga? - pergunto eu. Ela diz que sim, que é chá de manga, só não sabe porque que é vermelho. Vou ver, de curiosa. Ao ler a etiquetinha, vi porque o chá era vermelho. CHÁ DE MAÇÃ. Ahh, tá.

* pedimos um vídeo no quarto, perto das 22h. Nem uma hora depois, tou apagada, babando. Acordo com vontade de fazer xixi e assim que saio da cama, chuto o telefone, que tá ali, perto de mim, no chão. Tá tudo escuro. Xingo baixinho e penso: 'putis, acordei a Cau'. Vou em direção do banheiro, quando a doida solta um grito que quase me infarta. Visualiza: eu, num quarto escuro, de camisola branca, procurando a maçaneta da porta do banheiro e a louca GRITA no quarto. Tive um piripaque. Perguntei o que estava acontecendo e nem sei o que ela respondeu. Acendi a luz e fui fazer o xixi ou o que sobrou dele, com o susto que levei. A maluca viu meu vulto e gritou. E ela que apagou todas as luzes, inclusive do abajur. E ainda disse que por pouco não fala: "TEM ALGUÉM NO NOSSO QUARTO". Claro que eu responderia: "AONDEEEEE??????". Agora, eu aqui, insone, depois da crise histérica de risos, e ela já roncando como se nada tivesse acontecido. A doida é doida mesmo. Muito bom, pra noite de estréia.

12/12

Manhã
3 km.
TRÊS QUILÔMETROS.
TRÊS CÁEMES.

Eu andei, com o professor, falando na minha cabecinha. Jesus. Não tenho mais joelhos, nem panturrilhas. Que Deus me ajude.

Meio-dia

Mas noné um spa? Eu comi MUITO. Passando mal.

Notas de siesta do 2º dia

* o professor parece muito bacana.
* minhas panturrilhas dóem.
* a Cau só comerá omeletes.

16h

Acabo de voltar da caminhada de hoje à tarde. Não tenho mais pernas.Voltei do meio do caminho. Meus pés gritam help, i need somebody. Antes da caminhada, foi a localizada, onde conheci o professor da tarde, o Alexandre. Carrasco. Minha nossa. Nem gostava de Rappa, agora odeio. Mas amei o alongamento. Amei.

Notas pós-jantar

* fui fazer a tal da hidroginástica. Piscina aquecida, mas um frio duca lá fora. Agora se deu todo o resto: braços e pernas doendo. Dorflex neles.Meus joelhos parecem que vão emplodir. Eu, na verdade, não decidi onde dói mais.

13/12

E começa o segundo dia inteiro. E meu pé continua doendo. Sei não, sei não.

Mais de 22h:

Tou com problemas de junta. Junta tudo e joga fora.

14/12

Hoje a Dona Marlene vai embora. Ficaremos só 7 pessoas. Estou mais conversante. Minhas pernas dóem demais. Disseram que passa. Ontem fiz 3km de caminhada, 1/2 hora de esteira e 1/2 de bike. Tou indo agora tomar um café e encarar mais 3km de caminhada. Aqui nem é obrigado a fazer nada. Mas a gente acaba fazendo. Chegaram duas novas hóspedes.

Quase 19h

* a Cau está se esgoelando no banheiro, e eu não reconheço uma só música que ela está cantando.

* hoje caminhei 6 km de tarde embaixo de sol. Mas o professor tem um sorriso lindo e eu acabo fazendo.

* agora a Cau está cantando Balancê, Balancê, quero dançar com você... pela milésima vez.

* as meninas que chegaram hoje fizeram a caminhada como se estivessem passeando num shopping.

* hoje eu fui testemunha ocular da Cau cantando Vinte e poucos anos, do Fabisjuniu no videokê. Mas ela vai negar isso até a morte.

* e ela está cantando DE NOVO Balancê Balancê. Mas que pourra.

* fiz localizada com pesinhos de 1kg em cada mão. Dores horríveis.

* Polly, a dolorida.

15/12

Manhã:

Estou sentindo saudades de muita coisa em casa e no trabalho. Minha cabeça se confunde toda. Estou numa cólica feladaputia e anti-social pra caramba. Saíram todos pra caminhada e eu preferi esteira, 3km. Tou chatérrima. Tá sol, podia pegar uma piscina. Mas nem.

Notas Pré-Caminhada:

* "Bora mexer esse esqueleto." (Professor Fernando)

Fim do dia

Desembestei a cantar no videokê. Quem canta..... amém.

Notas de um dia sem graça:

* Uma das hóspedes aqui paga de faculdade de medicina mais do que eu ganho por mês. Mundo doido.

16/12

Meu ossinho do pé inchou. Ossinho não incha, eu sei. Mas você entendeu.

Tomamos uma belíssima chuva na caminhada à tarde e virei a gata da camisa molhada. Pfffff.

De noite, fiz uma massagem que merecia todo um capítulo especial, algo com o título "Quero isso todos os dias da minha vida a partir de agora".

Chamo o terapeuta carinhosamente de Bração. Que beleza. É preciso muita concentração. Hahahaha.

preguiça muita, agora.

17/12

Marquei com o Bração de novo. Massagem. Claro.

19/12

Como assim, não escrevi nada ontem?

Talvez porque ontem, domingo, caiu uma chuva fortíssima o dia todo, e o marasmo se estabeleceu por aqui. Bah. Fiz esteira e bike e só. Jogamos bingo, valendo laranja, torrada, lanche, refri e uma camiseta daqui. E eu, claro, ganhei picas.

De tarde, a Cau babou geral e eu vi um filme na sala, só porque era Vin Diesel.

Chegou uma galera nova. Um monte de gente....

Segunda, propriamente dito...:

Já estou num clima de saudades, vamos embora amanhã. Fiz todas as atividades de hoje e , por increça que parível, tou bem à beça. A hidro encheu de gente.

Valeu demais conhecer pessoas como a Telma; o Fernando (professor); a Su e a Rosa (da cozinha); o Izineu (caseiro, marido da Rosa); a Rê, a Graça e a Cecília (recepcionistas); a Miriam - que fez falta à beça qdo foi embora; os terapeutas (Carlos Bração e a Arlete); o casal invejável Dona Carmem e Seu Salvador, atletíssimos; as meninas da medicina Jaque e Gabi, que também já foram embora; a Leonor que ficou só uns dias; a Mike, uma terapeuta fofíssima e cativante; o Alê (professor da tarde) que é legal pra caramba, mas carrascão de tudo... (nossa, qta gente...)

O pessoal que chegou ontem, como a Lucia e o filho André; a Lilian e a Adriana; a outra Adriana e a mãe dela, a Neusa.

E as camareiras Jandira e Pininha, que cuidaram da gente tão bem.

Estou com saudades daqui antes de ir embora.

Ontem, eu e a Telma ficamos horas a fio conversando sobre a vida no sofá da varanda. E fiquei com uma sensação que eu poderia ficar assim, pra sempre: sentada numa varanda, cnversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo, sem se preocupar com mais nada.

Assim. Pra sempre.


............................................................

E aqui acabaram minhas anotações de lá. No dia seguinte, viemos embora. Ao chegar em casa, ganhei uma caixa de trufas. Hahahahahaha. E valeu tanto, tanto, que a saudade dói doída tem horas do dia. Porque tem gente que a gente conhece que parece que já faz parte da nossa vida e que não queremos largar nunca mais. E algumas dessas pessoas conheci nessa viagem. Muito bacana mesmo. Nem pelo peso que acabamos perdendo, e as medidas que vão junto com o suor, mas muito mais pelas pessoas e pela cabeça vazia. Isso sim. Valeu.



Dia 23...

Já???????

 
22 dezembro, 2006

Estou de recesso até dia 02/01/07. E sem tchongas para fazer. Tá, estou em casa e é difícil ficar sem fazer nada aqui. Mas eu estou querendo dizer que não tenho nada de interessante pra fazer, e uma pilha de roupas pra passar não tem nenhum atrativo, se quer saber.

Passei os últimos três dias bem corridos, odiando esse sol, porque tinha muita coisa pra fazer na rua. Meu carro não tem ar, então vejo o lado bom da coisa e encaro como sauna mesmo. Fui tantas vezes ao Fórum, que na última vez (quarta) , até tomei um chá gelado com a moça lá. Já até me tratava de 'amiga' e o escambau... enquanto o papel subiu para um fodidão lá assinar, me convidou pra ir à lanchonete. Que fofa.

Pelos dois últimos posts, vi que vocês não gostam muito quando falo de política - ou isso aqui tá mesmo meio às moscas, sei lá. Então, continuarei falando banalidades, mesmo porque minha vida tá pra lá de banal.

Passei a manhã toda lendo diários antigos. Do ano 2000 pra trás. Alguns estão com as folhas soltas, e, meu Deus, quanta bobagem. Mas muita coisa interessante também.Um script da nossa própria vida. Engraçado isso. Sempre encerrei os dias com o sentimento do momento:

"Curiosa, C."
"Feliz, C."
"Puta, C."
"Decepcionada, C."

Num outro ano, que escrevi numa agenda de capa de cortiça muito bacana, está assim:

"Uma palavra para 1998: arrependimento"

[Não pergunte porquê.]

Nessa mesma agenda, tem muita coisa de trabalho. Número de Documentos anotados, umas siglas, tem até números de IP's. Mistério. Em cada folha da agenda, há uma frase, um desenho, uma citação, um poema. De janeiro até dezembro, não há uma única folha sem nada. Vira e mexe, no decorrer do ano, aparece algum texto legal, do pessoal da Tribo (marca da agenda), contando como foi a elaboração pra aquele ano.

Só hoje, revendo tudo isso, prestei atenção nessa história:

Quintana e o último relógio

"Consultado sobre nosso desejo de publicar poemas seus na Agenda da Tribo, Quintana concordou colocando apenas uma condição: parte dos direitos autorais deveriam ser convertidos em um relógio. Mas não era um relógio comum. Ele queria um modelo de bolso, com números bem grandes. Achando o pedido incomum fui ao encontro dele com a finalidade de viabilizarseu desejo. Já no quarto do apart hotel em que viveu seus últimos anos, fui recebido pela sua sobrinha. Elena, pessoa que lhe prestava cuidados cotidianos. Eu havia fantasiado um pouco aquele encontro, afinal, pra mim - um aspirante à poeta - ele era uma grande referência. Mas em função de seu estado de saúde, sua sobrinha intermediou a nossa comunicação, enquanto ele repousava. Eu podia ouvir a voz dela, um pouco alta, contrastando com os sussuros de Quintana. (...) Me lembrei de outro versinho em que ele encanava com o motivo de sempre se ouvir do relógio o tic tac, e não o tac-tic (...) Quando Elena voltou, me transmitiu o recado e pude finalmente entender a razão -óbvia, aliás- do excêntrico pedido: Quintana quase não enxergava mais, só distinguia números bem grandes (...)". Diário da Tribo

Lendo isso, lembrei de você, , e por isso estou contando.

Na página ao lado dessa história, anotei muito ligeiramente (porque reconheço meu estado pela caligrafia): "Início de março: problemas. Exigir Nota Contratual". E logo abaixo, com a letra mais casual, três números de telefone sem nomes, e: "Produtos, Gerente, Promotores, hoje". Era dia 14 de março de 1999. Vai saber.

Interessante isso também:

"Dia 9 de junho/1999:

4 luz/água/dia
470 por funcionário
267 aluguel
20 telefone
lucro cerca de 1800 base mínimo.
3.060,00 - total."

Hahahahaha. Boiei tanto quanto vocês.

E a parte telefônica? Os números de prefixo já mudaram duas vezes depois disso. E, por Deus, quem é Giuliano? Ou quem foi Giuliano? E a moda da época era pager, porque o que tem de Bip anotado! Eu tinha um também. Tá desativado dentro da gaveta. Bem pequeno, um charme. Era mais fácil, porque se falava com quem se queria, e devido a mensagem já passada pelo pager, nem precisava necessariamente se falar, na verdade.

E ainda dizem que quem vive de passado é museu. Ah, vai, às vezes passado é divertido e memorável. E do jeito que as coisas andam atualmente, meu passado tá sendo mais divertido.

 
21 dezembro, 2006

daí ontem estava eu assistindo TV Câmara.
e, claro, ficou tudo pra 2007.

Mas que fique claro uma coisa: todo mundo ficou muito abalado por causa do aumento divulgado (e derrubado) de 91%. Mas os números são outros, muito mais revoltantes. Explico, na lousa:

Hoje o salário dos deputados e senadores é =
R$12.847,00+
R$15.000,00- verba indenizatória
R$27.847,00

Ganham além dos treze salários anuais, mais dois iguais à esse, num total de QUINZE salários anuais. Se o aumento vier pela inflação, passarão a ganhar R$31.500,00x15 vezes/ano.

R$16.500,00+
R$15.000,00
R$31.500,00

Se o aumento vier dos 91% propostos, passarão a ganhar R$24.538,00x12, SEM VERBA INDENIZATÓRIA e outros pingentes, como os 14º e 15º salários anuais.

R$12.847,00 x 91% = R$24.538,00

Essa foi a proposta do Presidente da Câmara Aldo Rebelo e do Senador Renan Calheiros. Como foi o aumento de 91% (24.538,00) sem maiores explicações (que as outras regalias acabariam) que foi a mídia, o povo se alvoroçou. Mas na verdade, se esse aumento realmente cair -e não ficou nada decidido ontem- eles passarão a ganhar mais.

Capiste?
Então.
¬¬

 
20 dezembro, 2006
"Não somos palhaços. Aumentem sua carga de trabalho, não seus salários"

Campanha bloguística CONTRA o aumento abusivo dos salários do dePUTAdos e $enadore$, por Rayol. Indigne-se também.

Últimas notícias sobre:
Congresso quer congelar salários
Decisão sobre o aumento...
Sociedade deve manter pressão...
Liminar deruba decisão
Medida Provisória


Agradecimento especial ao David, que me colocou devidamente trajada de palhaça para combinar com esse país de piada.

Dizem que fazer barulho é bobagem. Vivo escutando que uma pomba só não faz verão. Mas e se chamarmos muitas pombas? A idéia é essa. Usar todos os canais de comunicação possíveis a você para dar uns berros. Porque só ficar assistindo a merda sendo jogada na nossa cara é fácil. Dizer que 24 mil reais por mês é um absurdo sem mover uma pena, providencial. Não gasta-se forças, inteligência, cliques, nada. Mas aí o "verão" não vêm.

O cara lá se reelegeu, contra toda a minha vontade. Odeio lembrar que um dia votei nele. Odeio ver ele gerenciando a burguesia, e jogando migalhas aos fracos. Odeio ainda mais os fracos, por aceitarem o peixe mensal sem nunca se preocupar-se em aprender a pescar. Sinto-me envergonhada. É novidade em cima de novidade, tudo contra essa porcalhada, mas ela não se desfaz.

É duro se render. É duro acreditar num país assim, onde vemos o poder reinando absoluto. Aí, gritamos, batemos panela, formamos um grupinho ali e aqui de militantes, com Mi maiúsculo, diante do aumento dos próprios salários que passa do abusivo. Que passa de todas as limitações, entendimentos, paciências. Me importo sim. Me importo em ver salários dobrando, radicalmente utópicos no país do blablabla, onde a senhorinha e o senhorzinho fazendo café lá no casebre nos cafunhonhós dos judas não entende nem quanto é tudo isso. E se entende, certamente pensa que os caboclos trabalham tanto que merecem tal recompensa.

Já eu e você, e muitos outros entendemos que é uma puta tirada. Riem de nossas caras assim, em horário nobre. Se defendem. Te juro que eu teria vergonha de colocar minha fuça na mídia para defender um salário assim. Quem não quer, pode doar. Ah claro. Me sinto muito melhor agora em saber que dois ou três que honram seus eleitores estejam tão envergonhados quanto eu. Inapetência.

Eu juro que passo mal. Literalmente, passo mal. Me dá nojo, asco, ânsia. Não quero me sentir uma única pomba. Não quero bancar a educadinha, que deita no sofá depois de se matar no trabalho e vê que o aumento não será para 24 mil e sim pra 16 mil. Não me importa o aumento, as cifras. Me importa o ato vergonhoso. Eu não quero mais é ficar quieta. Eu não quero mais ser gentil e complascente com notícias assim. Sou uma pomba. Seja você também.

 
19 dezembro, 2006

Campanha para blogueiros: Royal convoca blogueiros indignados a se manifestarem contra o reajuste salarial abusivo de deputados e senadores.

Corre a notícia hoje:


A reunião de líderes convocada para discutir a questão do reajuste do salário dos parlamentares foi adiada para amanhã, às 11h. Originalmente marcada para esta terça-feira, às 17h, o presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), decidiu transferi-la devido a ausência de líderes na Casa (a maioria encontra-se nos Estados por causa das diplomações).A nova reunião de líderes foi marcada após o Supremo Tribunal Federal (STF) barrar, nesta manhã, o ato das mesas diretoras que concedeu o aumento de acordo com o teto do Supremo, elevando o salário dos parlamentares para R$ 24,5 mil. Em sessão, os ministros do STF decidiram que a questão teria que passar pela aprovação do plenário....... mais aqui

Amanhã, o protesto, então.

 
- Não precisava mentir pra mim. Era só falar que ia pra outro canto.
- Eu não menti pra você.
- Você disse que ia trabalhar. Você foi trabalhar?
- Hoje não. Eu vou trabalhar dia 24.
- Eu que entendi errado, certamente.
- Certamente.
- VOCÊ DISSE QUE IA TRABALHAR, PORRA. Não joga a culpa em mim. Assume.
- Eu não vou dizer uma coisa que eu não disse!
- Eu achei que eu era sua melhor amiga.
- E é.
- Não sou, você mente pra mim.
- Não menti pra você, você se confundiu.
- Não me confundi, sei bem o que eu ouvi.
- Pára com esse papo. Você é minha melhor amiga sim.
- Não sou. Tenho que competir com a Luana, com a Denise, com a....
- Hey, isso não é competição não, ô.
- Garanto que você não mente pra elas.
- Eu não minto pra ninguém. Nem pra você.
- Você mentiu pra mim, disse que ia trabalhar.
- Você tá bem?
- Você mentiu.
- Você tá de TPM?
- Tou.
- Vem cá, deita aqui.
- Você mentiu pra mim.
- Tá, xuxu. Eu menti, sou um bastardo, desgraçado, inútil e mentiroso. Tá bom assim?
- Um idiota também.
- É, sou um idiota também. Pronto?
- Pronto.
- Agora deita aqui.
.
.
.
.
.
.
.
.
- Eu não sou sua melhor amiga também.
- Tá bom, tá bom.
- Viu só!!!! Não sou!!!!
- Tá, não é. Mas está entre as dez mais, tá bom?
- Hahahahaha.
- Hahahahahaha.
 
14 dezembro, 2006

Menos um ano. Eu realmente só percebo que o ano acabou quando as luzinhas piscantes tomam conta das lojas, as musiquinhas 'então é natal' gritam nos alto-falantes, as ruas lotam de consumidores, a cidade vira um caos e eu começo a levar mais tempo para ir e voltar do trabalho.

Daí eu faço aquela cara de 'caraca, já acabou o ano!' - balançando a cabeça pra cima e pra baixo, encurvando a boca num inverso de sorriso, naquelas feições que se faz quando achamos uma coisa rápida demais, ou estranha demais. Quando chegou meu primeiro presente de natal [dela], aí sim, confirmou-se tudo: Caralho, é Natal de novo.

Não que mude muita coisa. Geralmente, passo a noite de Natal com minha pseudo-família, que é tortíssima, mas nessas ocasiões nos reunimos -com alguma hipocrisia, vá lá. Esse ano, vai ser mais complicado, porque minha avó se acidentou, quase perdeu a orelha numa queda besta no banheiro - não, não foi nem no banho. Levou 28 pontos para colocar a orelha no lugar de novo e o corpo ficou todo roxo, onde bateu, tadinha.

O pior já passou, mas no dia que saí pra comprar uma cadeira de banho e muletas pra ela, senti uma pontada no coração. Tive até que párar o carro, pra respirar, porque o negócio foi feio: estava indo comprar muletas pra vovó. Dado o fato, que ela precisa agora de apoio para andar e que não pode mais ficar sozinha de jeito nenhum - a porta do banheiro foi substituída por uma cortina, porque ela é teimosa e tal, o que mais pega nessa história toda é que ela anda... triste. Muito triste. Triste demais.

Quando vou lá, brinco, até falo: 'falasse que queria arrancar a orelha fora, que a gente cortava e doía menos'. Ela ri baixinho, mas está visivelmente deprimida e isso me entristece também. Depois de muitas discussões, minha tia saiu do emprego para dar mais atenção è ela. Ganhava muito pouco, irrisório mesmo, e tava na cara que era pra não ficar em casa. Precisou de um grande susto pra perceber que a mãe necessita dela em casa, integralmente.

Minha mãe, que é péssima em tudo, é ótima nisso: cuida da mãe. Embora tenha operado recentemente (pedra na vesícula) há uma semana tá lá, do lado da mãe, ajudando. Mas eu estava falando do Natal. Que já ta aí, nas portas.

Por falar em porta, pendurei meu Papai Noel e ganhei um presépio da Raquel, que tá montado no rack da sala. Sempre quis fazer um Natal em casa, mas protelarei de novo, por causa da vovó. Mandei algumas lembrancinhas, porque infelizmente não estou podendo quase nada esse ano e enviei alguns cartões. Depois da passagem do Natal, sempre dou uma passada na casa de um amigo, [flash], que é aniversário dele e acabo rindo muito com o pessoal. Ele me ligou anteontem, convidando de novo, e dizendo que nem ia fazer por causa do pai, [flash 2], mas que não conseguiria não reunir os amigos e que assim era melhor.

- Você vêm, né?
- Claro, claro que vou.

Há algum tempo atrás, esse mesmo amigo e eu tivemos uma pequena discussão, porque essa minha visão de 'faço tudo por vc, e quero o mesmo' acaba atrapalhando e surgiu uma história onde ele demonstrou dedicação nula à mim. Não briguei, mal disse alguma coisa, mas fiquei chateada, claro. Não entendi porque ele não tinha me 'defendido' e passaram semanas, acabando a cair tudo no esquecimento. Um dia, ele me liga pedindo perdão do que fez, e esse dia eu chorei de felicidade, sabe?

- Oi, xuxu. É o Vítor.
- Oi, Ví.
- Tou ligando pra te pedir perdão, cara. Te amo demais, nem tenho dormido direito pelo que eu te fiz. Ou melhor, pelo que eu não te fiz. Eu fui um idiota.

Tem gente que vive pra ouvir isso um dia, creio. Tenho bons amigos. E essa época de tão perto do Natal, onde me dá um clique e começo a repensar tudo, é quando PERCEBO isso.

Esse foi o post mais sem conexão que já escrevi. Você jura que leu?

 
12 dezembro, 2006

- Sabe o que eu fiquei sabendo?
- Hum?
- Que você andou espalhando por aí sobre a gente. Mas acho que as quatro pessoas que vieram me dar um toque estão enganadas. Claro que não! - eu disse à elas. Você é tão discreto, não é nenhum moleque, não seria capaz de tal absurdo.
- ...
- Defendi você. Disse que você tem quase 40 anos, que você não era dessas coisas, imagina. Fofoqueiro agora? Não admito que falem assim de você. Inclusive quando falaram da minha insatisfação com a fulana e meu consequente afastamento dela, disseram que era ciúmes. Que absurdo, não? E mais: disseram que foi você que contou, que foi você que disse que eu estava com ciúmes de você com ela.
- ...
- Mas é claro que você nunca diria uma coisa dessas, porque sabe que eu me indispus com a fulana por causa do patamar de um status imaginável dela; ou mais claramente, porque ela come mortadela e arrota caviar. Por isso me afastei dela. Mas você sabia disso.
- ...
- Achei o fim, sabe? Colocar-nos em bocas de fifis. Fiquei passada quando a primeira pessoa me falou. A história soou com tanto ego, credo. Depois vieram mais três, todas iniciando com o mesmo tipo de frase: "Deixa eu te dar um toque, teu nome tá rolando...." Fiquei até sem chão. Mas te defendi, te garanto.
- ...
- O pior foi dizerem que tudo partiu de você! Justo de você! Um homem comprometido, que tem muito mais a esconder do que eu. Enfim, bando de fofoqueiras, não? Ainda que tivesse rolado uma grande história, ainda vai. mas nem aconteceu muita coisa. Eu confundi tudo, você dispersou nesse meio tempo, e pelo bem geral da nação, nos mantivemos meio afastados, até hoje, nesse churrasco de confraternização.
- ... ... ...
- Realmente. Eu também achei o fim.
- ...
- Vai dizer nada não?
- ...
- É o que eu esperava mesmo.

Ela saiu de perto dele e quando deu-se conta, ele não estava mais lá. Provavelmente desmaterializou-se na própria vergonha. Deu um grande gole na Boehmia e sentou-se com as amigas, que contavam piadas de homens.

 
06 dezembro, 2006

Pode me levar ao cinema, mas não coma pipoca com a mão toda, que além de lambuzar a palma da mão com aquela manteiga toda, acaba com meu humor ter que ficar olhando a cena deprimente de uma mão abrindo na frente da boca para todas pipocas entrarem de uma vez.

Podemos ir ao McDonalds, mas não coma um bigmac em quatro mordidas, nem coloque catchup em tudo desse jeito, que, na boa, me enoja. Comemos coisas com catchup, não catchup com coisas. Mesma regra pra pizza, batata-frita, pastel. E, por caridade, o canudinho do refrigerante vai pro lixo depois, não é pra sair mastigando-o.

Se a história for num shopping, por Deus, não estacione numa arara de roupas com a cara mais desanimada do mundo. Isso me deixa frustrada e todos meus desejos consumistas vão por água abaixo. Funciona para economizar, mas faz mal para o ego. Não quer ir, não vá, simplesmente, que serei mais feliz sozinha: eu e minhas sacolas.

Vamos sair? Se arrume mais, peço. Não sou eu que tenho que tirar o salto alto para colocar havaianas e bemuda. Evite toucas, camisetões, bandanas. Use seu estilo com os seus. Comigo, não.

Não acorde da cama e vá pro sofá, não protele suas obrigações para a última hora do dia, não seque o combustível do carro, não beba todo dia. Não ache que sexo é a solução para qualquer problema diário, não faça bobagens e depois venha me pedindo beijo, não me ligue o dia inteiro que enche o saco, não largue sua camisa na poltrona da sala, não jogue tanto pôquer enquanto estiver comigo.

Leia mais livros, coma menos carboidrato, não coma tanta gordura pela manhã, caminhe, discuta política comigo, entenda algumas siglas para que a conversa comercial flua, use palavras mais difíceis, queira aprender, esqueça 80% das suas gírias, elas me entontecem... afinal, não sou obrigada a saber o que significa 'entrar no 0-800' ou 'à vera' ou 'à pampa'.

Se dedique. Pense no que quer, no que realmente quer, e veja se vale a pena. E se valer, batalhe. Mude. É pra melhor. Mas não se esqueça: não atendo por 'nêga' e sou completamente diferente de tudo que já possa ter passado pelas tuas vistas. Sou complicada, chata, implicante, exigente, mas garanto o lado bom.

Não me faça passar vergonha diante dos meus amigos, não ande com gingado, ande perfumado sempre, não fale nem ria com a boca cheia, não fique procurando preços mais baratos no supermercado, use suas melhores roupas até pra ir na padaria, jogue o resto fora. Não se alimente tão depressa, use do romantismo quando estiver ao meu lado, não se sente jogado desse jeito.

Sexo, pra mim, é consequência de um dia bom. Nada de posições mirabolantes, não à filmes do Buttman, voto pela criatividade sem antecedentes: vá do ardente e forte ao suave e macio. Tudo numa mesma trepada. Me beije enquanto mete, fale algumas coisas, essa é a hora ideal, mas nada que vá me esfriar. Xoxotinha nem pensar. Aliás, nada no diminutivo, obrigada. Me surpreenda.

Me beije, mas não me coma pela boca. Não julgue que sabe beijar: estamos sempre aprendendo. Por exemplo: eu aprendi com você que salivar demais atrapalha e dá enjôo. Ao mesmo tempo, a delicadeza e maciez da tua língua é fascinante. Viu? Também sei elogiar. Mas as críticas afloram muito mais que os elogios, e obviamente isso seria mais do que um motivo para eu nem insistir.

Tenho um preço alto, a vida ensinou assim. À essa altura do campeonato, precisa-se sim do que você pode me oferecer, mas vive-se bem também sem nada disso. Cansei de ser o que pretendem que eu seja, me viro melhor na posição de comandante, longe de mim subordinação, nem por amor mais. Passe pelos testes e me conquiste. Se for muito pra você, saia, que continuarei minha vida como se você nem tivesse entrado. Mas sei que vai permanecer. Tenho certeza disso. Até ver quão grande erro, sair de fininho e gritar: "Próximo".

Mas [a sua sorte é que] sou teimosa.

 
02 dezembro, 2006

Eu tive um sonho muito estranho. E ruim. Era sobre um livro, que veio párar nas minhas mãos, e cujos textos eram meus, desse blog, pateticamente roubados. Acordei chorando, mal. Alguém, no sonho, tinha feito um livro com textos meus. O pior é que existem histórias assim aos quilos. Todo mundo que tem um blog com o mínimo de "dignidade", já pensou em lançar um livro. Porque todo mundo tem um pouco de escritor sim, senhor. [rimou]. Que lançem seus livros, pelas editoras, pelas janelas, por onde quiserem. Mas com seus próprios textos, por favor. Minhas neuroses são somente minhas; quiçá d'uma amiga louca que embarque comigo nessa loucura de ver uma capa de papel exibindo nossos nomes; e só. Sai pra lá.

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Eu li muito mesmo, nesses dias todos. E cheguei à uma conclusão fatídica: eu sou a Becky Bloom. Não que eu seja jornalista e longe de ter um Luke na minha vida. Mas a essência, meu Deus, a essência. Quero todos os outros livros dela. Quero, assim, muito.

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Devido ao aniversário do shopping aqui da cidade, ganhei alguns ingressos de cinema. Fui, à alguns dias atrás, ver Os Infiltrados, e queria saber o quê se passa na cabeça doentia d'uma pessoa em colocar Matt Damon e DiCaprio num mesmo filme, onde passei duas horas sem saber direito quem era quem. Nunca tinha percebido como eram parecidos. E me confundi inteira, então nem valeu muito, porque na verdade nem entendi aquele rolo todo de bandido na polícia e polícia no bandido, por serem parecidos demais. Mas ontem, levei as meninas ver Happy Fet e saímos roxinhas de tanto chorar, rir, chorar, rir. Que coisa mais fofa do mundo. Tava precisada. Vão, vão.

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Tenho três ponto dois, e nunca tinha feito isso. Juro. Parece idiota pra você? Para mim, é revelador.






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Eu refiz minha wishlist do Submarino, por causa do natal e já faz tempo que eu pedi, mas o meu Papai Noel não vêm, com certeza já morreu, ou então felicidade é brinquedo que não tem . Ela fica sempre aqui na coluna lateral, lá embaixo. Somos feito de fases mesmo: tem um cacetilhão de livros e, salvo engano, quatro dvds. Porque estou literária. Livros são amiguinhos - já dizia uma boa amiga.

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Eu fiz umas marcações aqui num papelzinho, que está na minha frente, e um dos tópicos está: "No fim tudo dá certo", em caneta vermelha garranchado de forma que eu tive de ler 3 vezes, pra entender. Não lembro porque rabisquei isso. Talvez porque no fim, tudo dá certo mesmo. Talvez porque eu esteja esperando que o fim chegue logo, ou mais um fim, já que a vida é composta mesmo de vários e vários recomeços e finais, e assim, consecutivamente. Ou seria porque alguma coisa deu certo por esses dias de reclusão e eu tenha confirmado essa certeza, e rabiscado num papelzinho: no fim, caríssimos, tudo dá certo. Ou estou esperando dar certo de novo e carimbar um The End na testa, sacudir as penas e recomeçar. Não lembro. Sei que tá anotado aqui. Em vermelho.

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E se eu disser agora: "Hey, aqui é o final!!! Pode fazer dar certo agora, que já 'tou pronta!!!" ... funciona?

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Ah, em tempo: isso não é precisamente uma volta ao blog. Do que eu não falei, é porque eu não quero falar, sacou? Então.