30 agosto, 2005

Tá difícil de lidar com a falta de colocação da Rafa. Ela não é mais uma criancinha, mas também não é adolescente. Ela tá chata, cri-cri, implicante, ranzinza, e numa TPM infinita sem nem ao menos ter se tornado 'mocinha' ainda. Briga com a Raquel o tempo todo, nada quer, só faz as coisas embaixo de ordens, se tranca no quarto e coloca o som no último. Tivemos uma conversa longuíssima, e estou achando essa fase dela bem cansativa. Pô. Ajudo à beça, não falta nada, faço até alquimia pra que tudo esteja bem. Mas quero um mínimo de retorno. Pode ser?

...

Teve um "encerramento de período" no colégio, algumas apresentações, teatro, dança, essas coisas. Me desloquei o dia inteiro, pra poder estar lá na parte da manhã -horário da Rafa- e à tarde -horário da Raquel. Assim que cheguei no colégio, a Rafa disse que ia sentar com as amigas. Lembrei por um mero instante de um desabafo que tive com a Li esses dias, e falei, sem pestanejar: "Você sabe o quanto tive que driblar meu horário para estar aqui agora?". Ela entendeu e ficou do meu lado. Com alguma tromba, bem perceptível. Aos poucos, veio uma, duas, três, todas as amigas se sentar perto dela. Ficou resolvido, mas acho que ela não entendeu a lição.

...

Filhos transformam a gente. O tempo todo. Isso é fato. Essa coisa de acordar de madrugada só pra vê-los dormindo é eterno e gratificante. Mesmo com toda a reclamação, com toda birra, há muito amor. Por isso, fiquei realmente feliz ao saber hoje que um amigo vai ser papai. Torço de verdade, sabe? Minha forma de dizer pra você que é bacana à beça, viu? Minha forma de dizer parabéns!

...

É isso.

 

Olha só....

Já tentei de tudo, óquei?

tem mais uns 3 emails rodando por aí, sem resposta, que eu recorri pra quem manja.

mas enquanto eu não arrumar alguém (mesmo que eu tenha que pagar, não tou pedindo esmola não) que dê jeito nesses erros do Movable Type, vocês vão comentar no Guetbook, feito criancinhas obedientes da Titia Polly.

Pra ajudar os preguiçosos, o link do Guest tá ali no lugar do link do Sistema de Comentários que está dando erro.

Enquanto alguma alma não se comove, é isso aí.

E não aceito reclamações posteriores, vamos combinar que o probleminha já é chato, eu não saber resolver é mais chato ainda, e basta.

Tá?

Então tá.

 
29 agosto, 2005

(Coca-cola ou Fanta? Qual eu pego?)

- Não acredito!

(Meu Deus, quem vem lá!)

- Não acredito eu! - (e agora, e agora?)
- Tudo bem com você? (ai, caramba, que perfume é esse? como ele está ... está.... bonito)
- Tudo certinho e com você? (putis, o que vamos conversar?)
- Eu tou bem. Tão bom te ver. Deixa eu olhar pra você.... (e ele tá olhando mesmo... vai falar que eu...)
- Você tá diferente! (ele não falou...)
- Engordei, você quer dizer... (então falo eu mesma...)
- 'Magina, claro que não. Você.... mudou. ("engordei")
- Pra melhor, espero. (sorri, desgraçada, sorri pra ele de uma vez)
- Deixa eu te abraçar... tantos anos! (socorro, ele me abraçou... esse perfume... esse corpo... lembranças boas... por que será que terminamos mesmo?)
- Mas conta, onde está morando, casou? (pergunta, mas não demonstra nada, fica aí, feito pedra, pelaamordedeus...segura a onda... mas como evitar lembrar dele no que ele mais sabe fazer? ... nunca teve ninguém igual... a pega.... ele sabe pegar.... ele.....)
- Estou aonde você frequentou, ainda. Mas casei, tenho um menino de quatro anos. (ele teve a audácia de casar e não me convidar? e já tem um filho de quatro anos? hum, mantêm a postura, mulher! ele vai perceber seus sinais de decepção... um homem como ele, casado... )
- Mora lá ainda? Que bacana! (minha nossa... 'aonde você frequentou foi de foder'.... mas o 'que bacana' foi pior... não tinha nada melhor pra falar não?) Casou com alguém que eu conheço? (Pergunta mais cretina...)
- Acho que não. Você não conhece. Casei com a Elaine...

(ele sorriu de novo pra mim... nunca percebi os dentes meio tortos... eu beijava aquilo ali? ... beijava... beijava e gostava... o melhor na arte da transa... o mais bonito que já vira... porra, tenta afastar os pensamentos e prestar atenção no que ele tá falando... e eu lá quero saber dos irmãos dele..... faz cara de quem está prestando atenção, pelo menos... melhora a postura.... Vítor é quem mesmo?... ah, é o filhinho.... que canalha, roubou o nome masculino de um provável filho nosso... o que ele tá falando agora?.... nem notou, né?.... pega um fim de alguma frase e continua a conversa, ele vai perceber... ele tá bonito mesmo... a tatuagem.... como é bonita, tão bonita... enchê-la de beijos, cada contorno dela, cada contorno do dragão... o mais bonito que já viu... não o dragão, claro.... o mais bonito e irritantemente perfeito....)

- ... e você tá morando onde?
- Hein? (que mico... falei pra prestar atenção no moço!)
- Alô? Alguém aí? (ele ainda fala assim!... quer párar de sorrir tão bonito? quer párar de remexer sensações, porra!... agora olha dentro do olho dele, que já tá feio fugir do olhar assim...)
- Estou ainda na mesma casa. Mas vou me mudar em breve. (..e você podia me visitar um dia desses, flashback's e tudo o mais.... engole o pensamento, ele tá falando de novo... mas não pára de olhar pra dentro dos meus olhos... ele penetra na minha alma assim, filho da puta, e sabe disso.... ele falou mais alguma coisa, tenta prestar atenção dessa vez....)
- ... um café? (o que ele disse? .... 'tem um tempo para um café?' será que foi isso?.... droga, droga, droga... pensa logo em uma resposta pra isso!)
- Hoje? (menina esperta!)
- Agora! (ele continua o mesmíssimo canalha, o mais bonito que eu já vi... o melhor canalha ... porque ele sabe que sabe.... ele sabe porque você disse à ele milhões de vezes.... mas você tem que responder, ô cretina... podia aceitar, né? quero tanto aceitar.... pensa.... o que vai fazer agora além dessa lasanha aí no carrinho e a indecisão entre um Coca ou uma Fanta?)
- Hoje não dá. Infelizmente. (que calcinha estou vestindo? ... droga, estou menstruada, saco... hum, afasta essa oportunidade de vez... quem poderia imaginar encontra-lo em um supermercado? ... agora vê se olha pra dentro dos olhos dele e deixa tudo no ar, faça isso por você... isso, assim, dentro dos olhos dele...)
- Um outro dia? (solta o risinho, devagar... viu como tem certas coisas que não mudam nunca?.... sua chance, vai, responde.... e concorda de uma vez!)
- Talvez. (melhor assim, melhor assim....)
- Sabe onde me encontrar, então. (que deixa mais sensual... sente o arrepio na nuca?... idiota.... ele vai te abraçar de novo agora, sente.... agora vai pagar essas coisas e cogitar as possibilidades)

 
26 agosto, 2005

Achei aqui no meio das minhas coisas a senha do Guestbook e fucei lá. Mudei a aparência, apaguei uns spams duzinfernos, mudei o endereço de email e a url que estavam das antigas. O Guest é um lugar daqui que quase ninguém vai. Mas eu gosto de lá. É bonitinho e sociável. E revela umas supresas de vez em quando. E me ocupou a cabeça hoje.

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Fora o Guest, nada demais.

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Nada de importante.

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Nada de nada.

.

A não ser essa cólica filadamãe que estou sentindo, nada.

.

Porque a vida de vez em quando dá uma estacionada.

.

E é uma merda isso, credo.

.

[Acho que vou tirar o sistema de comentários e deixar só o Guestbook... é... vou pensar nisso... mas agora não. Depois.]

 
25 agosto, 2005

¨ Você sabe que não vai ser um bom dia quando, logo pela manhã, recebe um telefonema dizendo que um afeto de sua avó está internada, nas últimas, e que quer vê-la.

¨ Você sabe que o dia começou péssimo, quando você, já no hospital com a sua avó, recebe a notícia que a pessoa acaba de falecer, e não deu tempo.

¨ Você tem certeza que o dia não vai ser nada bom quando você chega no trabalho depois disso, abalada pela má notícia, e sabe ainda que vai ter que encarar um velório mais tarde e um enterro no outro dia, amparando a sua avó.

¨O dia, definitivamente, não está nada bom e você atende o telefone aos brados e trabalha displicentemente.

¨ E você fecha esse mesmo dia terrível com o velório, com muitas pessoas sofrendo pela morte da senhorinha de 93 anos tão querida. E olha para sua avó, que chora descompassadamente pela comadre que se foi e afasta os maus pensamentos.

¨ Já não chega o mau dia?

¨ Pela manhã, já pronta para acompanhar a vovó no enterro, fica sabendo que ela não quer ir mais. "Basta tudo de ontem."

¨ Sábias palavras, vovó. Sábias palavras.

¨ Eu odeio hospital, velório e cemitério.

[e hoje, só agora, essa porra de blog abriu... afe]

 

¨ Você sabe que não vai ser um bom dia quando, logo pela manhã, recebe um telefonema dizendo que um afeto de sua avó está internada, nas últimas, e que quer vê-la.

¨ Você sabe que o dia começou péssimo, quando você, já no hospital com a sua avó, recebe a notícia que a pessoa acaba de falecer, e não deu tempo.

¨ Você tem certeza que o dia não vai ser nada bom quando você chega no trabalho depois disso, abalada pela má notícia, e sabe ainda que vai ter que encarar um velório mais tarde e um enterro no outro dia, amparando a sua avó.

¨O dia, definitivamente, não está nada bom e você atende o telefone aos brados e trabalha displicentemente.

¨ E você fecha esse mesmo dia terrível com o velório, com muitas pessoas sofrendo pela morte da senhorinha de 93 anos tão querida. E olha para sua avó, que chora descompassadamente pela comadre que se foi e afasta os maus pensamentos.

¨ Já não chega o mau dia?

¨ Pela manhã, já pronta para acompanhar a vovó no enterro, fica sabendo que ela não quer ir mais. "Basta tudo de ontem."

¨ Sábias palavras, vovó. Sábias palavras.

¨ Eu odeio hospital, velório e cemitério.
 
23 agosto, 2005

Enquanto estou deitada no sofá lendo o intrigante O Código Da Vinci que ganhei no Natal do ano passado, escuto uns passos atrás de mim, seguido da indagação:

- Cadê o teu óculos?
- Tá no estojo. - respondo sem tirar os olhos do livro.
- ....
- Por que, Rafa?
- Pra ver se você usa, né?
- ...

Filhos.

....................................

Continuo do mesmo jeito e volto a escutar passos. Dessa vez é a Raquel. Que vem carregando um travesseiro e um gibi da Mônica. Deita do meu lado, sorri pra mim, e ficamos ali, tal como comercial de incentivo a leitura.

Interrompo um pouco a saga que estou lendo, e observo-a na mesma posição que eu: deitada de lado, com o 'livro' apoiado no sofá, uma mão abrindo-o na página certa e a outra apoiando a cabeça, de modo que facilite ler tanto a página da direita quanto da esquerda. Ela não vê que está sendo observada. Dou um sorriso de canto de boca e penso em como a vida, às vezes, é tão bacana.

 
20 agosto, 2005

Foi o que ela disse, enquanto ele, num impulso, mudou de posição no sofá da sala escura. Mudou e mudou de novo, como se a cada novo movimento, a frase escutada mudasse o sentido ou o significado.

- Claro que tenho - ele quase gritou.

Ela calmamente pousou a mão nas pernas, buscou os olhos marrons dele e repetiu:

- Não, você não tem medo de me perder.

- Isso é o que você acha, não fale por mim.

Ela notou que a frase o abalara. E sentiu vontade de dize-la à ele mais um tanto de vezes, só pra vê-lo se remexendo no sofá, inquieto. "Você não tem medo de me perder, você não tem medo de me perder, você não tem medo de me perder". Seu desejo agora era de falar a frase repetidamente, como uma criança mimada querendo um brinquedo. Mas não o fez. Olhando-o, sentia um doce gosto na boca: conseguira mexer com ele, finalmente.

- Entre nós sempre houve uma depressãozinha, coisa tola, praticamente nem precisava saltar. Com um passo nós conseguíamos passar de lá pra cá, de cá pra lá. Hoje essa depressão virou abismo. Nem as nossas mãos se tocam mais, se nos esforçassêmos pra isso. Foi acontecendo e fomos deixando.

Ela tinha quase que prazer em dizer essas palavras. Ele constentava a cada pausa, mas não tinha argumentos suficientes. Era verdade. Era a mais pura e doída verdade.

- Você acredita piamente que não vai me perder. Que não tenho coragem. Você crê que estou em suas mãos. E sabe que, um dia, eu já estive. Só não percebeu que não estou mais. E, definitivamente, você não tem medo de me perder.

- Pára, por favor. - saiu em um sussuro. Eu penso em você sempre. Eu tenho medo de te perder, claro que tenho.

- Lógico que você pensa em mim. Nunca disse ao contrário. Mas a priore é você. Antes de você me fazer um bem, você pensa se esse bem será bom pra você. Ora, e você nem está errado. Só que tudo tem uma consequência, certo? A consequência disso foi eu me cansar desse umbiguismo todo.

- Não é verdade. Não é verdade. Não é verdade. - ele repetia, como um mantra.

E ela deixou ele lá sentado, inquieto, naquela sala escura.

Há o abismo. Só resta saber se há forças para a construção de uma ponte.

[senquiou, rerrê]

 
19 agosto, 2005

Frases masculinas e suas consequências durante o período de TPM de uma mulher:

PERIGOSO: O que tem pro jantar?
SEGURO: Posso te ajudar na cozinha?
SEGURÍSSIMO: Onde você quer ir pra jantar?
ULTRA-SEGURO: Aqui, toma esse chocolate.

PERIGOSO: Você vai vestindo ISSO?
SEGURO: Nossa, você tá ótima de marrom.
SEGURÍSSIMO: Uau, você tá gostosíssima.
ULTRA-SEGURO: Aqui, amor, come esse chocolate.

PERIGOSO: Tá nervosa por quê?
SEGURO: Será que nós não estamos exagerando?
SEGURÍSSIMO: Toma 200 reais.
ULTRA-SEGURO: Olha, te trouxe um chocolate.

PERIGOSO: Você vai comer tudo isso aí?
SEGURO: Vou comer uma maçã, divide comigo?
SEGURÍSSIMO: Vou buscar vinho pra gente.
ULTRA-SEGURO: Chocolate branco ou ao leite?

PERIGOSO: O que você fez o dia todo?
SEGURO: Trabalhou muito hoje, amor?
SEGURÍSSIMO: Adoro quando você usa esse roupão!
ULTRA-SEGURO: Come mais esse chocolate aqui.

 
18 agosto, 2005

Eu tenho pesadelos horríveis com aquela Cléo Lurdinha Pires. Que horror.

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O "Assim Assado" aqui da lateral não sai da "preguiçaaaaaa". Porque é a mais pura verdade.

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Hoje é o final do Aprendiz, ao vivo e se mexendo... Vou falar 'tomara que a Tatiana ganhe' pra ver se ganha o Porcel. Não que a Tatiana não seja merecedora. É justamente porque ela é. Mas também é prepotente bragaraí.

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Falando em Aprendiz, se você fosse um empresário e, numa seleção de emprego, o candidato dissesse que a pretensão dele é alcançar o teu lugar, você o contrataria? Ou por um outro ângulo, você teria culhão de dizer isso em uma entrevista de emprego? Dizer que teu objetivo é estar no lugar daquele que está te entrevistando? Precisa de muita fé no taco, não? Eu, sinceramente, não sei se contrataria e nem se eu falaria. Mas isso é uma posição bem quista, sabia? Pois saiba.

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A Rafa tem 11 anos e já tem a mania de deixar tudo pra última hora. Ontem, aos 45 do segundo tempo, ela me fala que tinha que fazer um trabalho sobre o Folclore da região Centro Oeste pra hoje, claro. Varamos a madrugada no computador. Mas foi tão bacana. Nós, mães, estamos tão cansadas de ajudar a fazer trabalhos dos mesmos folclores sempre: saci, iara, curupira.... Mas fazer de uma região que não a nossa foi tão interessante - e difícil. Exemplo: em busca de um instrumento musical chamado tamboril, aprendemos que pode ser também uma cidade, uma árvore e um peixe.... Ficou bacana o trabalho. Ficou sim.

 
17 agosto, 2005
 
16 agosto, 2005

tenho passado na locadora dia sim e dia não.

ontem eu trouxe O Vôo da Fênix [que não vi ainda] e BeCool.

ave, desopilei a alma.

e quero um sofá igualzinho o da Uma Thurman.

 
15 agosto, 2005

Hoje é o seu aniversário e eu tenho quase certeza que há muito tempo você não lê isso aqui, porque diz que tem ciúmes, como se eu desse milhões de motivos, mas quá.

Hoje você provavelmente vai beber todas, vai comer de um tudo, e a noite vai sair trucar com alguém, porque isso é você e seria demais pedir pra assistirmos um dvd no seu aniversário, não?

Hoje você vai comemorar, vai se divertir e vou ficar ali, olhando de espreita, e te sacando cada vez mais. Porque não se precisa de aniversários para a pessoa amadurecer, isso, definitivamente, não é verdade. Ou a pessoa amadurece ou ela não amadurece e você é do segundo tipo.

Ainda assim, vou hoje e nunca mais, talvez, deixar aqui o meu Feliz Aniversário pra você. Porque você pode fazer tudo torto, dizer as coisas erradas, mas meu coração escolheu você há anos e não adianta muito lutar contra isso.....

... comprei um bolo de morangos e o livro que você queria....

Então, Feliz Aniversário.

 
13 agosto, 2005

Vivo recebendo uma porção de coisas por email, dos mais diversos naipes. Você também provavelmente receba. Vídeos, pps, piadas, frase da semana, enfim. Não é todo dia que abro esses emails, daí eles vão se acumulando para, por exemplo, um domingo de "vamos ler emails atrasados". Como eu recebo muitos, bem raro eu fazer o mesmo, de mandar pra alguém. Só que de vez em quando acontece de eu receber umas garimpadas bacanas de meu irmão e passar pra minha lista de emails favorita e tal. E é essa a história de hoje...

Mandei esse vídeo aqui* para um monte de pessoas. Acontece de algumas dessas pessoas responderem, dizendo que é legal, colocando um HAHAHAHA, fazendo algum comentário amigo. Mas de tudo que já recebi resposta, essa do Branco superou. E eu falei pra ele que ia postar, nem pedi permissão. Que me processe. Tá bom demais isso:

[pra entender melhor, veja o vídeo antes]

Sobre essas filmagens que não dão certo, quando eu tinha uns 20 anos, participei de um daqueles comerciais da menina do Claybom Cremoso (lembra? "Você quer? Come!" E ela NHÁC! Comia o pão todo da mão do mané.) Pois é, acho que produzi o último desses filmes. Era tudo de verdade, exceto a menina que era em desenho animado, aplicado "por cima" da imagem real. Depois de três dias de filmagem, nada tinha dado certo.

Ou era a margarina que tinha espalhado mal, ou era a fatia de pão que tinha sido mal escolhida, ou era um brilho esquisito na unha da atriz, fosse pelo que fosse, não havia meio de sair uma cena interiamente certa, e o cliente não queria saber de edição.

Três dias depois, pela centésima milésima vez (todo mundo já empapuçado de comer pão italiano com margarina), uma cena começa bem (a margarina sai linda na ponta da faca), a modelo não termelica quando a leva em direção ao pão (ela tremia em metade das vezes por causa da posição incômoda que ficava sobre a mesa), a margarina fica linda quando ela a passa no pão (sempre ficava torta), ela a oferece à "bonequinha" (que ainda não estava em cena, é claro, por ser desenho animado futuro), não cai nenhuma migalha da fatia (coisa rara) e, quando ela vai finalizar o movimento ensaiado e já repetido à exaustão, arrancando a mão de cena rapidamente... entra um mosquito... não, um MOSQUITOSSAURO, um mosquito monstruoso de tão grande, que dá duas piruetas no espaço aéreo da margarina e CATAPLUFT! suicida-se na meleca amarelada que já derretia debaixo das luzes de um poderoso mini-brut, um tipo de refletor de 5000 watts que não tem nada de mini, e tudo de brut.

Enquanto o mosquito esperneava, afogado em margarina até a cintura (se é que mosquito tem cintura), a equipe inteira, que vinha torcendo pela cena como se fosse por um ataque da seleção... desembestou a berrar, a chutar caixotes de pão lambrecado de margarina, a urrar e a esmurrar as portas e paredes do estúdio com tal fúria que o encarregado pela segurança veio ver o que estava acontecendo. Um inferno.

Lembrei disso, contei.

Beijo
Branco

E então que a história do Branco superou até o vídeo, que pra quem não notou é tipo um making-off bem bolado daquele cavalo alado da Columbia TriStar Pictures. Mosquitossauro, hahahahahaha.

Ah, claro, uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Então, tens aqui duas coisas, e se caso confundir tudo, não esquente. Estamos aqui é pra complicar mesmo. Pelo menos tudo isso virou um post. ^^

* disponível no Yoursendit, uma semana.

 
12 agosto, 2005

Na verdade, assuntos transbordam....

... mas nada que seja viável falar aqui.


*suspiros.

 
11 agosto, 2005
o Jô usar aquele óculos de aro branco tem que ter muita personalidade, né não?
 
10 agosto, 2005

No Aprendiz, ontem:

- Você chegou muito simpático, parecendo um vendedor.

Bel, conselheira do Justus, referindo-se ao Porcel, que apresentou à uma banca de jurados um comercial da G5 Blindagem produzido por ele e pela Mel. Tratando-se de publicidade, acho que a posição de Porcel era mesmo de um vendedor. Não se trata mesmo de venda? Ele não tem, então, que vender a propaganda? Ora. Não entendo nada de Publicidade, mas desconfio que se ele chegasse mais enrustido, apresentando a Campanha mais sério (como a Mel faria, no caso), a tal conselheira falaria que ele apresentou muito sisudo, que precisaria mais de emoção. Assim como foi dito que a Mel teria que apresentar também e não só o Porcel. Não me admiraria se os dois apresentassem e fosse apontado que só um teria que apresentar. Tá. O ponto que quero chegar é que, em uma sala de reunião onde se apontam erros onde não tem erros; onde se questiona a forma que se foi trabalhada onde, até então, está tudo certo; onde nunca nada é suficiente; onde se manda fazer 'a' ao invés de 'b' e quando se faz 'b' é pra voltar a fazer 'a', alguma coisa está errada. E não estou falando só da sala de reunião do Justus. Estou falando de toda e qualquer sala de reunião. Por essas e outras que desisti de um cargo acima do meu ano passado, abri mão de um salário tentador e não me arrependo: ser subordinado de uma mesa de reunião onde não sabem nem manter certas diretrizes, não há profissional que suporte. E sim, achei que a V8 ter ido novamente para sala de reunião foi desmerecedor... Mas, bom, não entendo nada de Publicidade mesmo.

No Jô, ontem:

- A crise política atual se equipara ao governo Collor?
- Não, é pior.

Roberto Freire, deputado federal. Mas aí, faço minhas palavras as de César Benjamim, que recebi no mail:

"Lula sempre compartilhou da intimidade do grupo e foi o principal beneficiário de suas ações. Garante, porém, que nada sabia. Respeito quem acredita nisso, assim como respeito quem acredita em duendes. Seja como for, pelo número e conexões já descobertas e de instituições envolvidas, estatais e privadas, parece claro que estava em curso, em seu governo, a montagem de uma rede de corrupção poucas vezes igualada. Uma rede sistêmica, planejada, coletivamente organizada." [mais...]

Que Deus nos proteja.

 
09 agosto, 2005

Ah, a Pollyanna não está.

Quer deixar recado?

 
08 agosto, 2005
 
05 agosto, 2005

Perdeu a graça pra mim, de novo. Torcia pelo Guilherme. Tsc. No primeiro, também murchei qdo o Tony saiu. Que chato.

A propósito, aquela Tatiana é insuportavelmente profissional, vamos combinar. Mas que merecia um pé-na-bunda pela arrogância, isso merecia.

Como não sobrou mais ninguém decente ali, e eu vou continuar assistindo que eu sei, vou torcer pro Júnior agora.

Mas o Guilherme... aiai. Tsc.

 

Assisti Closer.

E já fiz, uma vez, aquelas mesmas perguntas da cena [forte] entre o médico e a fotógrafa. Dura realidade. Não gostei, mas também não desgostei. Assisti com alguma ótica já feita. Mas tá assistido. E também não vi nada que eu não tenha visto na vida real. Te juro.

....

Assisti O Lenhador

Insisto em ver filmes com o Kevin Bacon - um ator que me incomoda, não sei porquê. Fortíssimo. Principalmente pelo fato de eu ter uma filha de 11 anos. Dos vinte minutos de filme em diante, assisti apreensiva. E mexeu comigo, num esquema mais ou menos assim: "fique alerta". O cara queria se reabilitar, pôxa. Mas a vida insiste em lembrá-lo que ele sofre de uma anormalidade. Tanto é que chega uma hora que a sensação foi tanta em mim, telespectadora, que pensei: "ele vai fazer de novo... tá levando a fama sem deitar na cama... vai voltar a fazer, já que não param de lembra-lo disso". Muito estranho. E pra mim não foi um filme legal não.

 
04 agosto, 2005

Tenho uma tia, irmã de minha idolatrada salve-salve mãe, que ama cachorros. Ama animais. Ela tem 5 cães, três gatos e um cacetilhão de pássaros. Inclusive se o meu tio (irmão dela) não fosse polícia ambiental, ela já teria tido problemas com aqueles pássaros todos.

Sempre 'condenei caladinha' a forma que ela trata os bichos. Óquei, aqui dá uma discussão e tanto, porque vão me massacrar os amantes dos caninos e felinos da vida, mas acho sinceramente que tudo tem um limite e o dela extrapola qualquer um. Uma das minhas maiores discussões com a minha tia foi quando minha avó (mãe dela) teve que ser internada e ela cogitou enfermaria ao invés de apartamento. Ora, ela gasta hor-ro-res com os animais dela e queria internar a mãe dela numa enfermaria? Pois é.

Isso não é nada. Todos os bichinhos quadrupedes dela tem roupinhas de inverno e verão, lacinhos, brinquedinhos, casinhas fofinhas... os pássaros tem um viveiro maravilhoso, fechado de portas de vidro, com troncos para eles se pendurarem, telas para eles subirem, argolas para eles escalarem, vivem soltos como em um habitat natural. São muitos dinheiros por mês em alimentação, pet-shops e cuidados veterinários.

Cada um faz o que bem quer com o seu dinheiro? Sim, concordo plenamente.

Mas aí a pessoa ficar bitolada é bem questionável. Você não consegue ter uma conversa sadia com a pessoa, que ela logo interrompe para falar que a Fifi tá com isso, que a Buba fez xixi na sala (sim, são todos dentro de casa) ou o gato sumiu o dia inteiro, onde será que ele está.... Por um zilhão de vezes, larguei ela falando sozinha porque não conseguia concentrar, desviava a atenção para o casal de agapornes (pássaros) que tiveram filhotinhos ou 'esperaí, que vou abrir a porta para os gatos entrarem'... um inferno.

O que me incomoda muito é ela só falar de bichos, só pensar em bichos, e viver pra isso. A última que ela me aprontou foi pegar 5 filhotinhos de cachorros na rua, abandonados, e trazer para a minha casa, porque ela não tinha espaço para eles lá. Cuidei de todos eles - e gosto, claro - mas doei assim que cresceram um pouquinho. Absolutamente normal, se ela não ficasse o tempo todo enchendo a paciência para saber se os novos donos dos cachorrinhos estão cuidando bem, se foram vacinados e tralálá. Como vou saber? Mas ela insiste tanto, mas tanto, que tive que ir atrás de um por um para ter certeza que estava tudo bem.

Ela não sai de casa à noite por causa dos animais e viajar, nem pensar. Dedica umas três horas por noite para cuidar dos pássaros todos e enquanto está no trabalho, liga pra empregada fechar a janela porque está ventando ou lembrá-la de alimentar o gato com frango desfiado. Ah, então, a alimentação não se resume somente à rações. Os gatos comem frango desfiado (peito) no almoço e no jantar... e os cães comem arroz sem tempero nenhum com fígado moído todos os dias, amém.

Sempre achei um absurdo. Sempre falei que era falta de casar e ter uma dúzia de filhos para cuidar. Sempre achei insensato e até mesmo doentio. Mas agora, depois que assisti uma dona granfina anônima doar 7milis e 500 reaus convertidos em produtos caninos para doar à cachorros carentes, calei-me. Minha tia virou uma pé-de-chinelo perto disso.

Cachorros carentes. Tou bege até agora.

 
02 agosto, 2005
Ando precisando de uma cena de filme em minha vida. Se não for pedir muito, quero uma trilha sonora também. Não importa da onde venha o som... importa que venha e só. Quero o olhar de um desconhecido em mim em um café-qualquer, percorrendo sutilmente meu corpo e repousando em meus olhos. Quero aquele sorriso malicioso de canto de boca e prosseguir caminho. Quero ser pega pelo braço na saída, ser impedida de caminhar. Quero um beijo longo e lânguido, assim, no meio da rua. Efeitos especiais, por favor. Daqueles que o mundo pára, fica fosco e restam somente eu e ele - e a trilha sonora. Não quero ouvir nada, só um suspiro. Quero que largue meu braço agora, e todo o resto também. Quero sentir minhas pernas amolecidas e o corpo úmido. E ir embora assim, com borboletas no estômago.