Só o pó da bagaça, queridos.
Bagaça, eu disse. Não confundam.
Zzzzzzzzz.
________________________________
Só o pó da bagaça, queridos.
Bagaça, eu disse. Não confundam.
Zzzzzzzzz.
Eu vi lá na Jack, achei bacana e falei que ia fazer também. Hoje, despejando fotos que estão desde o ano-novo na máquina, lembrei da brincadeira e fui esvaziar a bolsa pra dar um click. Como ela disse, não podia maquiar, então ficou exatamente como estava na hora. E isso me faz notar o quanto de bolsas eu tenho e o quanto de coisas fica em cada uma delas. Só remanejo carteira+documento do carro... o resto fica nas próprias bolsas. Não tenho nenhuma bolsa 'de marca', mesmo porque não pago mais que 50tinha em uma, nem pensar. Mas tenho algumas legaizinhas. E pra todas as ocasiões. A da foto é mais social, talvez porque amanhã é um dia especial e a tal que vos fala volta a trabalhar e junto disso vêm os terninhos, o salto (ui) e algum batom na boca - argh.
Documento do carro, algum dinheiro solto, carteira, porta-batom com espelho (com batom café e batom cor-de-boca), porta foto 3x4, porque tenho que levar a foto pra scanear pra fazer crachá, óculos e óculos de sol, mini-agenda telefônica da Miney e do Mickey, papel com anotações de Natura que eu comprei hoje, caneta de propaganda, moedas soltas.
É isso.
Agora eu quero ver a sua.
Certas reações minhas são devidamente estratégicas, pensadas e medidas. Por isso, poderiam muito bem me rotular como uma pessoa fria e calculista. Mas muitas outras reações porvêm de algo em mim ainda oculto, que eu saberia que viria à tona, mais cedo ou mais tarde, devida à própria vida mesmo, o tanto que ela ensina, machuca, proporciona, apronta.
Ontem eu tive uma dessas reações ocultas. Depois de um telefonema de horas - não porque eu quisesse, onde a pessoa chorou, se desmantelou, confessou estar pensando em dar cabo da própria vida (mas não é verdade), que está sofrendo muito, esquecida num canto, que nenhuma alma se lembra de ligar pra saber se está viva quem dirá visitá-la, blás e blás e blás, desliguei o telefone depois de soltar qualquer coisa como um "reza, pede à Deus...." ou "todo mundo tem momentos ruins", suspirei e fui dormir.
E dormi. Profunda e belamente. D-o-r-m-i. Sonhei também, mas não lembro. Só sei que dormi. Dirá qualquer um diante de uma afirmação dessa: então ela não se preocupou com nada do que ouviu. Responderá eu: não mesmo. E porque não estou surpresa? Porque eu saberia que isso ia acontecer. Óbvio.
A pessoa passa a vida te querendo mal, te desejando mal, não te ajuda em nada, só está bem quando você está mal, e ainda assim você tem que conviver, conversar e o pior: chamá-la de mãe. Depois te liga, no auge da precisão, doente, de cama e sozinha e quer o quê?... Desculpe, posso parecer a pior das filhas, mas tenho muitas razões pra isso, só não preciso ficar explicando-as, embora já tenha feito isso por aqui. Basta pra mim quem já acompanha meus escritos e sabe que eu nunca contei com uma família decente, exceto minha avó, quiçá meus irmãos.
Só que não é um telefonema choroso, no meio do meu programa predileto - o que é pior- que vai me abalar. Se risco essas letras nesse momento, é porque, ao contrário do que muitos podem achar, eu estou bem. E minha mãe me comove tanto quanto um chuchu cozinhando. E não vou mover um dedo para secar as lágrimas dela. Porque, como disse meu irmão, ela merece cada dor que está sentindo. Felizmente, aqui se faz e aqui se paga.
E se isso te atordoa, se essas minhas palavras te afetam, é proque provavelmente você tenha uma linda mãe, que te ama - a ordem natural do mundo, eu diria. Eu também tenho filhas que são a razão da minha vida - e isso não é nenhum jargão. Sou pra elas, definitivamente, o que nunca minha mãe foi pra mim. Mas se você não entender isso, somente atente ao fato que você faz parte de um geral. Eu não. E se minha mãe está sofrendo hoje, problema dela. E me poupe com comentários do tipo vamos-dar-as-mãos-e-nos-amar. Não funciona, creia. Eu tentei isso por muitos anos. Hoje sou muito mais eu.
Que Deus seja o que tiver que ser com ela. O máximo que ela vai conseguir de mim é o meu penar... se muito.
Eu: - Putis, liguei lá nos meus pais, falei com o papai e não falei com a minha mãe. Ela vai ficar p*ta comigo.
Resposta: - Tsc. Ela supera.
hehehehehehehehe
Estudando...
- qual o coletivo de papel sulfite?
- papéis sulfite.
#
Voltando da piscina...
- nossa, como tá vermelhooooo! não tá ardendo?
- tá ardendo só duas partes...
- o rosto e as costas?
- não... o rosto e o resto.
#
Com o cachorro...
- Mas ele tá babando demais....
- será que não é doença mesmo?
- sei lá, só o veterinário pra dizer...
- faz alguma coisa... tá babando muito, tadinho...
- que que eu posso fazer?
- pede pra ele cuspir.
#
Pós prova
- Matei o Ariel Sharon, como posso ter errado isso?
- Não encana. É só uma questão de tempo e ele morre mesmo.
#
Avacaquedesmaia
- Meu irmão usou de muita chantagem com a vaca.
- Sério?
- É. Uma vez ele falou 'a bolsa ou a vaca morre'.
- HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA.
- Verdade!!!!
- Pensando bem, eu morro de ciúmes da vaca. Mas ainda bem que ninguém sabe disso ainda. Consegueriam qualquer coisa de mim...... melhor nem saberem.
#
[diálogos reais... juro, juro]
Seja bem-vindo, Leandro!
Ni, mais do que meu braço direito, és minha amiga. Que Deus abençõe essa preciosidade. Que você seja uma mãe maravilhosa. E que esse filho mude tudo. Parabéns, guria. De verdade. De coração. Emocionada aqui.
Desabafos da Polly Mattos | às 07:56 PMÓquei.
Estou tão curiosa quanto vocês.
Paciência é uma dádiva.
Há de sair o gabarito hoje.
*suspiro.
Acabou:
Ponto Gemini, aquele sonho, acaba aqui.
:´(
Embora possa parecer horrível, tá sendo melhor assim.
Daí que a gente manda email para a pessoa e pessoa fala "Antes de mais nada, publique esse texto. Pelo menos parte dele. Tá saborosíssimo, delicioso, uma coisa." Embora eu já tenha dito que eu fico completamente metida perante elogios assim, vocês insistem e me enchem de predicados. O resultado é esse. Vou publicar o tal email. Com toda a metidez em mim existente. E com algum frio na barriga também. Torçam, torçam. ;)
Email pra pessoa que responde que é pra publicar, aiai
... que ando dormindo com o Newton e acordando com o Assis, tomando
café com Dutra, Sarney, Itamar, JK, Jânio e com o próprio Café - já
viu isso? Tomar café com o Café? Eu tomo.
Depois sento-me junto das grandes civilizações do Egito, da Grécia, da
Roma e conversamos sobre todas as idades, da pré à contemporânea,
falamos de burguesia, de fatos históricos e até mesmo de internet.
Logo já é hora de almoçar formações econômicas e territoriais, com
algumas repúblicas, acompanhadas generosamente de geopolíticas e meio
ambiente, regado à relevo, hidrografia, clima, industrialização,
população, grandes potências.....de sobremesa: movimentos literários.
Sento-me no sofá, pra descansar com o sujeito da gramática, figuras de
linguagem, predicados, objetos (reconhece isso?) diretos,
indiretos.... logo vêm uma avalanche de adjuntos, vocativos, apostos,
orações subordinadas, porque a tal oração não tem nada de feminista e
adora uma submissão.......ao contrário da oração coordenada, fashion,
que é toda arrumadinha, à la Patty.
Já a noitinha, não deixando me abater, me junto às progressões,
determinantes, matrizes, arranjos, trigonometrias, seno, coseno,
tangente, logarítimos, estatística, geometria analítica, plana e
espacial. Isso dá uma história, amor. Ô se dá. Vejo que só tenho mesmo
habilidade em matemática financeira, ralando um pouco no resto, mas
não dando tanto vexame assim....
Enfim, hora de ir dormir de novo, talvez hoje com o Alencar, pra
acordar com o FHC.... daí, o porquê disso tudo - é, porquê aí tem
acento, sabia? está precedido de artigo, então ele é substantivo e tem
acento, cherrie. Se estivesse precedido de pronome também teria
acento..... aiai.... então, eu estava falando do por quê. (que aqui
também tem acento porque o 'quê' finalizou a frase, não importando o
que preceda....pronto parei)
Então, com tudo isso na cabeça, 30 horas por dia (gosto do Unibanco),
e cheguei à uma conclusão: presto esse concurso e vejo no que dá. De
toda forma, vou voltar a trabalhar, porque até o município decidir
alguma coisa, empobreci.... e, se eu passar, em boa colocação, vou ser
funcionária pública, obviamente....
... parando por aqui, porque o resto do email só é pertinente à pessoa. Enfim, torçam, torçam. Porque é hoje. Tou indo.
Entro em casa e vejo um envelope de sedex em cima da mesa. Logo vejo o remetente e me espanto. Como direi? Não conheço o moço. Não tem blog. Não sei como ele é. Sei que simplesmente existe, por um comentário aqui no blog e alguns emails 'musicais'.
Abro o sedex. Um livro. Com uma capa chamativa. Passa quatrocentas e cinquenta e dez coisas na minha cabeça, todas em, no máximo, cinco segundos.
Abro o livro. Dedicatória. "Parabéns pelos dois anos de blog". Sorri. Caramba. Nunca imaginei receber um presente por causa de minhas sandices. Fecho-o novamente. Uma capa muito chamativa, realmente. Um tanto quanto insolente, eu diria. Lembro-me de todos meus princípios em não julgar nada pela aparência, quem dirá uma capa de livro. E ali, sentada no sofá, começo a leitura.
"Nunca soube dizer "não", o que me botou em muita encrenca. Queria ter dito "não" a muita gente, mas não disse. Não sabia. Sempre fui doce e bem intencionada. E, mais do que isso, punha o sentimento e o desejo dos outros acima do meu, como se fosse inconcebível a idéia de frustar, ferir ou rejeitar uma pessoa"
Uau. Esse é um dos primeiros parágrafos do livro. Fico 'assim'. Se eu tivesse lido essa frase em qualquer lugar senão no livro, acreditaria piamente de tê-la escrito. Me aconchego no sofá, pondo as pernas pra cima, dobradas. Ajeito os óculos... sigo a leitura.
"Às vezes, falávamos sobre os detalhes da separação, sobre coisas do tipo quem ficaria com a empregada, como faríamos nas festas de fim de ano e o que diríamos às meninas quando a separação finalmente se concretizasse. Alice estava, na época, com pouco menos de quatro anos, e Sofia, ainda bebê, tinha pouco mais de um ano e meio..."
A não ser que seja moda separar-se com filhos nessa idade, essa é um mega coincidência. E, eureca, claro que ele me enviou o livro pelas milhares de outras coincidências que existem entre mim e a Kika. Kika Salvi, repórter conhecida das revistas femininas e que eu já lia alguns textos, mas nunca soube do livro. Livro com uma feminérrima e ousada capa rosa, cheio de histórias deliciosas.
Ali, naquele instante, segui a leitura até a página 77, sem respirar. Infelizmente o mundo não pára, para mergulharmos em nossas leituras. E sigo devagarinho, degustando (literalmente) cada ponto do livro e parando pra pensar em tantos outros "como é igual".
Enfim, é infinitamente bom ganhar presentes. Mas é deveras melhor ganhar um presente tão 'a gente'. Ainda mais de alguém tão misterioso como o remetente... Obrigada pela massagem no ego e por apresentar-me a história da Kika. Pouca gente acerta assim e se presta a tal. Obrigada mesmo.
Esse carnaval foi diferente. Não o carnaval, mas meus dias de carnaval. Fora a decepção homérica pela qual passei, eu tinha decidido impreterivelmente que ia me enfiar embaixo dos lençóis e assistir os desfiles, já que não sobraria muita coisa além disso mesmo.
Mas, no domingo, o telefone tocou. Era um amigo, pedindo que eu fosse na avenida, assisti-lo, porque ele fazia parte da comissão de frente da escola favorita aqui da cidade e tal... ele me convenceu, primeiro por causa da curiosidade e segundo porque o desfile de interior é muito engraçado.
Fui. Uma multidão enfurecida tomava conta da avenida. Jovenzinhos engasgavam-se em beijos molhados em cada esquina e a cada passo eu ouvia 'cerveja, dois real' (sic). Caminhei até a concentração das escolas, achei meu amigo, fui informada que horas ele desfilaria (que era beeem tarde) e rumei pra arquibancada (porque me sinto mal em multidões).
Importante dizer que cada escola aqui de Jacareí tem umas 270 pessoas na escola toda e a maioria das passistas que descem a avenida de topless ou roupa ínfima são gays. Começa aí a hilariedade da coisa toda. Mas depois que eu vi uns três homens na ala das baianas de uma escola, trajados com seus respectivos vestidos rodados e turbantes (?será isso?), nada mais me abalaria.
Mal organizada, o intervalo entre as escolas ultrapassava uma hora, o que foi me deixando de saco cheíssimo. No total, assisti 3 escolas (ah, vá, um recorde, em consideração a todos os anos que me atrevi a tal) e desisti de esperar o meu amigo, que acredita piamente que eu estava lá, na hora do desfile dele. E eu deixei ele acreditar, porque a euforia era tanta, que não seria eu a chata em decepcioná-lo. E a escola acabou ganhando, fiquei sabendo.
Taí. Ninguém pode dizer que eu não dei boas risadas. Porque é bem engraçado mesmo. E eu precisava desses risos. Ô.
E o que eu estou falando ainda de carnaval praticamente na Páscoa? Oras, porque não tinha falado nada sobre Carnaval. Agora, sou mais do mesmo. Tsc.
Muita coisa acontecendo.
Estou meio perdida entre parnasianismo e pré-modernismo, entre adjetivos e advérbios, entre período composto e concordância nominal, entre funções e binômio de newton*. Por isso, não fiz tanta questão de arrumar o computador logo, fazendo isso conforme os dias foram passando, sem tanta pressa assim.
No mais, a obra finalmente acabou, a casa está finalmente em paz, mas sinto falta dos pedreiros. Só que isso deve fazer parte de alguma doença rara, desconhecida no campo médico ainda. Ah, e lógico que a casa ficou bem legal, depois de tudo.
As aulas (das meninas) começaram, a correria idem, mas é a vida, é bonita e é bonita. Ainda estou necessitando urgentemente de uma empregada, e nunca imaginei ser tão difícil. Arrumo uma, nem que for no tapa, na semana que vem, porque recomeço a trabalhar. A propósito, a Anita ainda não ganhou o neném, tá imensa de dar dó, o bebê já pesa três quilos e quatrocentas e sofro cada vez que olho pra ela, tadinha. Não aguenta nem andar. Mas de fevereiro não passa. Amém nós tudo.
Tenho várias coisas pra contar, mas uma a constatar: o post 'revoltado' aí abaixo não é bem 'revoltado' como muitos acharam. É a mais pura verdade. Saquinho cheio mesmo. Não é preocupação também. Foi-se o tempo que eu me preocupava com isso. Só não tenho bons laços com hipocrisia. E pra relações assim, faço xô xô.
* concurso domingo.
Torçam, torçam.
Muita coisa acontecendo.
Estou meio perdida entre parnasianismo e pré-modernismo, entre adjetivos e advérbios, entre período composto e concordância nominal, entre funções e binômio de newton*. Por isso, não fiz tanta questão de arrumar o computador logo, fazendo isso conforme os dias foram passando, sem tanta pressa assim.
No mais, a obra finalmente acabou, a casa está finalmente em paz, mas sinto falta dos pedreiros. Só que isso deve fazer parte de alguma doença rara, desconhecida no campo médico ainda. Ah, e lógico que a casa ficou bem legal, depois de tudo.
As aulas (das meninas) começaram, a correria idem, mas é a vida, é bonita e é bonita. Ainda estou necessitando urgentemente de uma empregada, e nunca imaginei ser tão difícil. Arrumo uma, nem que for no tapa, na semana que vem, porque recomeço a trabalhar. A propósito, a Anita ainda não ganhou o neném, tá imensa de dar dó, o bebê já pesa três quilos e quatrocentas e sofro cada vez que olho pra ela, tadinha. Não aguenta nem andar. Mas de fevereiro não passa. Amém nós tudo.
Tenho várias coisas pra contar, mas uma a constatar: o post 'revoltado' aí abaixo não é bem 'revoltado' como muitos acharam. É a mais pura verdade. Saquinho cheio mesmo. Não é preocupação também. Foi-se o tempo que eu me preocupava com isso. Só não tenho bons laços com hipocrisia. E pra relações assim, faço xô xô.
* concurso domingo.
Torçam, torçam.
Aí, quer saber? ... vou falar.
Cansei cansando mesmo de tanta hipocrisia reunida. Tudo tem dois lados, sabe? Tanto o real como o virtual. Dois lados, sempre. E esse papo de chegar aqui pra nem ler e escrever qualquer absurdo nos comentários pra mim é a mesma coisa de abrir o coração e a pessoa perguntar se vai chover.
Meu intuíto para o blog nunca foi -nunca, nunquinha- fazer amizades, nada disso. Na verdade, eu nem sabia como funcionava, gostei de cara porque funcionaria como uma válvula de escape, e ainda funciona. Só que tudo tem dois lados, e as amizades vieram. Boas amizades. Amizades formidáveis. De coração mesmo. Mas não preciso rasgar seda pra quem sabe que é, porque essência é essência, bate e pronto.
São pessoas que tem meu telefone, me mandam emails pessoais, longos, curtos, ficamos horas no messenger, vem aqui no blog mesmo que eu suma dias e dias, sente quando eu tenho problemas, se preocupa, eu sinto isso. Sinto. Talvez muitos dos que me lêem nesse instante não tem noção do que isso signifique: sentir. Pois é, mas eu sinto.
Eu leio muitos blogs e dependendo do meu humor, eu comento. Depende muito da história da pessoa e até mesmo da pessoa. Eu posso ler um post imenso e atentar a cada detalhe de uma pessoa amada por mim e sair sem comentar nada ou posso ler a bobagem num blog qualquer e comentar qualquer outra bobagem. Mas o grande lance que funciona pra mim é que leio pessoas, não leio blogs. E nunca comento por comentar. Nunca troquei comentários, embora algumas pessoas só apareçam aqui depois de uma visita minha por lá, infelizmente.
Chame do que bem entender, no ponto que estou, de verdade, não me importo mais. Nesses dias todos pensei muito nesse blog, em parar, em seguir a vida sem externar tanto e entrar num tribunal a cada passo que digito. Mas tenho amor à isso, como muitos devem ter pelos seus próprios cantinhos. Tenho amor real à pessoas que sabem quem são. E não vou parar - para horror de tantos e alegrias de muitos. Porque sou amada e odiada, como todos são, oras.
Mas vamos combinar que nem ler e passar dar beijinho eu dispenso com-ple-ta-men-te. E se alguém se doer por isso, é porque nunca mereceu me ler e ser lido por mim. É. Estou do alto de meus princípios. Porque posso ser tudo nessa vida. TUDO. Mas hipócrita eu nunca fui e nunca pretendo ser. E se você lê minhas letrinhas em seu sistema de comentários, tenha certeza absoluta que te li e que, de alguma forma, eu gosto de você. Aliás, os linques aqui do lado são bem distintos: Afeições, Leituras e Compromissos. Não necessariamente nessa ordem. Mas distintos.
O Eu, por eu mesma fez dois anos dia 9. Não há motivos para grandes comemorações. Mas que nunca acabe os motivos de eu mantê-lo vivo. Graças à pessoas queridas que, repito, sabem exatamente quem são. Para as outras, o 'xis' de saída é a serventia da casa.
E tenho dito.
(diretamente do computador alheio novamente, depois de uma releitura dessa bodega toda)
Diretamente do computador alheio, veio informar que o meu deu piti.
Não estava com vontade de escrever nada mesmo.
Volto, quando eu estiver bem.
E o computador colaborar, claro.
Quem olha minha vida do lado de fora, chega realmente a acreditar que tudo aqui é certinho e funciona belíssimamente, como uma engrenagem, com todos os dentes perfeitamente encaixados em seus respectivos espaços. Quem me escuta, acredita piamente que sou completamente estruturada, independente, sã e feliz. E é exatamente essa a impressão que eu teria se eu "me" encontrasse um dia. "Essa tem a vida que pediu aos céus".... certamente seria meu pensamento.
Poucos (quando digo poucos, é porque é pouco mesmo, beirando quase ao nulo) se preocupam em perguntar o quanto se rala pra se estar onde se encontra, ou até mesmo algo bem simples como "E você, tá bem?"... Tá, se escuta isso praticamente todo dia, mas eu me refiro às vezes que são realmente sinceras.
O mundo virou um umbigo, na sua maioria. E não, não estou bem... mas, dentro das minhas crenças, há também aquela que sabe que tudo é fase e passa, mais cedo ou mais tarde. A pergunta pra mim, exclusivamente, é até quando eu vou aguentar. Até quando eu vou achar que essa agonia aqui dentro passará e finalmente terei uma fraçãozinha de sossego... Ou até onde vai a enganação dentro de mim? Perguntas vão e vêm, o tempo todo, chegando a me deixar tonta. Hoje eu senti uma vontade mórbida de bater a cabeça na parede, pra ver se os pensamentos cessavam por alguns minutos.
Há quem chame isso de loucura. Hoje, eu chamaria de desespero. Desespero de dar certo, sabe? De não ser uma personagem dentro de uma vida que eu escolhi e acima de tudo, aprendi a amar. Ao contrário do que escutei, não, eu não vou mais atrapalhar, já que não ajudo... vou aprender a não agir conforme manda meu sentimento, que ordena cuidado, que impõe que eu fique do lado, gratuítamente, somente porque amo. Deus, como eu vou lutar contra esses ordens...
Peraí, não sei se amo não. Porque meus princípios e principalmente meu orgulho gritam aqui dentro de mim, nesse exato momento. Não, isso não pode ser amor, Polly. O amor é outra coisa. Sem decair em prosa ou verso, eu sei, até mesmo com esses poetas, que amor é muita coisa, mas sei por mim, por minha vida, que amor não humilha. Então, sou a rainha em xeque: não sei o que sinto, então. Sei que acabou um pouco hoje. Ou 'um pouco mais' hoje. Vamos ver o limite disso....
Nunca fui muito afetada por Carnaval, na verdade, nunca fez muita diferença pra mim. Mas esse dia triste de carnaval, no qual eu choro, eu nunca mais vou esquecer. Tenha certeza.
Bom carnaval pra vocês.
Pulem, assistam, descansem.
Com segurança.
Com camisinha.
;)
Eu tive, no domingo passado, uma das maiores emoções da minha vida, de embargar a voz e tudo. Fui no shopping, coisa que era pra ser bem simples e rápida, durou umas três horas, devida uma chuva torrencial e assustadora que começou bem na hora em que eu já havia pago o cartão do estacionamento, e estava saindo em direção ao carro.
Como não dirijo na chuva, quando posso evitar, entrei de novo. Fiquei zanzando pra lá e pra cá, e a chuva caindo. Para se ter uma noção, por uns 40 minutos, o shopping todo ficou nas luzes de emergência, o que acarretou um grande furor, já que os alarmes das lojas não funcionam e fica aquele clima de que vai acontecer algum desastre.
Quando a luz voltou, decidi ir no méqui, já que a chuva não dava uma trégua mesmo. E foi lá o acontecido. Sentadinha num canto solitário, eu e minhas batatas, reconheci um rosto que sentava à mesa ao lado. Caramba, não tinha mudado nada, só estava mais grisalha. Mas achei que nunca seria reconhecida. Talvez até fosse, mas não assim. E eu estava olhando-a, quando ela sorriu pra mim e disse:
- Conheço esse rosto.
- Tudo bom, professora? - respondi à minha professora da 1ª série, Dona Ana.
- Comigo tudo, Claudia*. E contigo?
Aí minha voz deu nó, os olhos lacrimejaram, senti as pernas molinhas, parecia criança de novo. Ela lembrara meu nome. Não. Você nunca terá noção do que é isso. Minha primeira professora, a que me alfabetizou. Passou tudo num flash na minha frente - o que sou hoje, a longa caminhada pra ser o que sou, pra estar onde estou. E associar tudo isso à emoção in-des-cri-tí-vel de minha primeira professora (sim, porque não fiz pré) lembrar o meu nome.
Gaguejei, ela notou minha emoção e emendou alguma coisa de 'prazer em rever você' e 'tem alunos que a gente nunca esquece'. Respondi que a satisfação era toda minha, que tudo de bom acontecesse à ela, que foi muito bom aquele encontro, de repente, 23 anos depois.
Porque é muito mais fácil um aluno lembrar do professor, mas professor saber o nome de um aluno tantos anos depois, ah, isso comove mesmo, de verdade. A chuva passou, e eu fiquei lá ainda, com os meus pensamentos. Devo ter saído de lá rumo ao estacionamento com um sorriso nos lábios.
Por causa desse fato, redescobri em mim muitos valores que eu mesma já esquecera. Sei lá bem porque e nem importa muito, mas OBRIGADA, DEUS. Só Ele mesmo pra me fazer uma dessas.
Feliz, aqui.
(*todo mundo já sabia meu nome, não?)
...
E por falar em professor, hoje é aniversário do meu amigo-maníaco-obsessivo-compulsivo-maliducado-carioca-sumido. Lê, tudo de sempre muito bom, doido. Cê bem sabe, né? Então.