29 julho, 2003

Horário cronometrado, agenda seguida à risca (tá, nem tão à risca assim...), casa barulhenta, mamãe pra lá, mamãe pra cá, corre-corre, vistoria de mochilas, uniformes e lancheiras, Anita pra cá, Anita pra lá (acho que ela não estava com saudades disso...), põe tudo dentro do carro, enfrenta trânsito, xinga o motoqueiro que ultrapassa pela direita, xinga o semáforo que decidiu fechar bem na hora que é a minha vez de passar, xinga todos os semáforos porque eles fizeram rebelião contra minha pessoa, checa tudo de novo, durante o trajeto, passa a agenda com a Anita, passa a agenda com as meninas, manda párar de brincar dentro do carro pq tenho que passar a agenda, deixo a Raquel na escolinha, deixo a Anita no supermercado, deixo a Rafaela na casa tia, lembra a tia o horário que a Rafa entra na escola, não esquece tia, e olha se ela não vai esquecer nada, e o aparelho, Rafaela, tem que ser responsável, mamãe pra lá, mamãe pra cá. Ok, ok. O que é mesmo que eu tenho que fazer agora? Ah é... ir pro trabalho..... tomar dois litros de café.... sentar na minha cadeira e sorrir: não era tudo que eu queria? *Suspiro.

Volta às aulas.... nada como a correria.

E não, não estou pirando. Nem pirada.

Desabafos da Polly Mattos | às 08:36 PM

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Paixão Entrega Amor Azul Tempo

Paixão
Entrega
Amor
Azul
Tempo
Amor
Promessas
Tempo
Mentira
Decepção
Desculpas
Perdão
Promessas
Amor
Tempo
Azul
Tempo
Traição
Desrespeito
Discussão
Desculpas
Desculpas
Desculpas
Tempo
Tempo
Tempo
Separação
Desculpas
Explicação
Reinício
Amor
Tempo
Tempo
Sujeira
Mentiras
Cinismo
Amor
Promessas
Blábláblá
Tempo
Contradição
Tempo
Confusão
Raiva
Medo
Frieza
Distância
Tempo
Negro
Carência
Volta
Amor
Diálogo
Limite
Ciúme
Paciência
Mudança
Esperança
Pico
Mentira
Vale
Ofensas
Tristeza
Lágrimas
Imaturidade
Desesperança
Medo
Falta
Tempo
... e ainda, AMOR.

Desabafos da Polly Mattos | às 01:38 AM
 
26 julho, 2003

Pra quem ainda não sabe, meus fins-de-semana são um tédio. E com 99% de chances de estar sozinha em casa, coloca tédio nisso. Enfim, como não uso a internet em casa à noite (decisão tomada já a algum tempo), aproveito pra passear pra lá e pra cá, pra cá e pra lá, recheando meu sábado e domingo de muita informação (ou não). Tá, correção: de muita porcaria também, mas vá lá, eu passo meu tempo de alguma forma - enquanto meus lindos olhos deixam também...

Não sou de sair, se é isso que passa pela sua vabeça nesse exato momento. Se saio, é na semana. E não, eu não fico sábado e domingo conectada dia e noite... eu intercalo com outras coisas também.... livros, principalmente.

Enfim, comecei tudo isso pra falar que fui ler o post da Dani, no P.G. E ela me fez ficar com uma dúvida inquietante. Que existem geminianos nem tão geminianos assim, tudo bem, concordo. Se sou geminiana mesmo, legítima, não sei. É meio estranho falar de astros, sem entender nada disso, mas ninguém até hoje 'me disse' verdades tão verdadeiras como o meu mapa astral... Ali estava eu, cuspida e escarrada, sem tirar nem pôr.

"Ai, Polly, vai ver se eu estou na esquina.... papo quadrado..." - mas vc nunca se perguntou: PORQUE SOU ASSIM, HEIN?

A Dani foi sincera ao dizer que a comunicação é o ponto alto do geminiano, há de se concordar; mas falou que nunca teve duas caras... hei! duas caras = duas personalidades = duas (ou +) formas de pensar (e agir) sobre o mesmo assunto?

Então pára tudo... sou assim.

Não significa que eu saia correndo para buscar algum relatório no trabalho, porque mudei de opinião quanto aquilo. Também não significa que hoje eu gosto de vc e amanhã decido que não gosto mais. Nem que não tenho opiniões formadas quanto à muita coisa por aí. Não falemos de extremos.

É horrível pra mim ter opção, por exemplo. Muita opção então, piro. Só que quero falar do que interage aqui, dentro de mim.

Ninguém nunca é uma pessoa só. Mas acho também que ninguém consegue ser tantas pessoas como eu. Sou apresentada à uma nova habitante do meu corpo quase que semanalmente. Algumas eu expulso logo, de outras eu tenho saudades. Algumas tento matar, outras tentam me matar. Umas são velhas ranzinzas, outras são aborrescentes imaturas. Umas são adultas responsáveis, outras crianças inconsequentes. Umas vieram só uma vez, outras são visitas constantes. Umas são tímidas, outras são tagarelas, algumas carentes. Algumas depressivas, outras coerentes, outras prepotentes. Conseguem, às vezes, coexistir e conviver sem nenhum problema. Outras são tiranas e expulsam as demais. Só que nos dois casos, há sempre a predominante, aquela que se sobressai. Sem prazo fixo, vão ficando... minutos, dias, anos. A única certeza é a imprevisibilidade.

A que está reinando absoluta no momento, tem personalidade sensível, mas já está no comando há uns dois meses. Está sempre preocupada com o que os outros vão pensar, está consciente de que não é grande coisa, perdendo, todo dia, oportunidades de um puta papo ou de um mega beijo bem dado. Ainda demonstra opiniões, porque enxerga uma luz no fim do túnel. É preguiçosa, carente, sozinha, chorona. Mas não é chata, pelo contrário, é gente boa e gosta de conversar.

Já me visitou algumas vezes, mas fazia tanto tempo que não vinha... achei que nunca mais a veria. Porém, tá aqui. Vivendo em mim, comandando meus atos e pensamentos.

Até vir outra.

 
24 julho, 2003

Hoje realizei um sonho (ou parte dele).
Me sinto honrada, orgulhosa, feliz de ter conseguido, com o apoio de pessoas as quais posso chamar de amigos.
Amigos que sorriram assim que esbocei a idéia. Amigos que foram pacientes quando a coisa toda engrossou.
Amigos virtuais! Quem é que disse que isso não existe?
E são com eles que poderei contar pra que esse meu sonho progrida... seja válido cada detalhezinho.
Que sonho?
O sonho de ter um blog só de geminianos, sete no total, um a cada dia da semana. Um lugar onde possa registrar todos os sentimentos, emoções, o que pensa, o que acha, o que sente... tudo dentro desse universo onde só um geminiano entende o outro.
Não, não é um blog pra falar de astrologia, mesmo porque seria muita pretensão.
É um blog cheio de idéias, de pessoas que lidam com muitas pessoas dentro delas.
Vá conhecer. Será uma honra tua presença, teu comentário lá.
O meu dia lá é quinta-feira. Presença certa. Mas há pra cada dia da semana, um geminiano.
O lugar?

 
15 julho, 2003

Tô com saudades...

...da meninas.

Quando eu me sentia assim- acuada, pressionada, irritada, chata mesmo- era só falar com elas que pronto!... lá vinha gargalhada.

Ai, ai.

Do mesmo jetio que eu quis que as férias chegassem logo, quero que ela acabe rápido. Ficar dividindo assim as duas únicas coisinhas que tenho na vida não é do meu feitio-exclusivista.

Será que elas estão bem? será que escovaram o dente? será que a rafaela tá sendo responsável com o aparelho dentário? será que elas estão tomando banho direito? será que estão se alimentando bem? será que vão lembrar que antes de dormir, elas gostam que beijem a testa, o queixo e as bochechas, brinque com o nariz e diga boa noite, bebê? será que vão dar o mingau que a Raquel gosta de manhã? será que sabem que a Rafaela sempre tira um tempo pra leitura? será que elas estão pensando em mim? será que estão com saudades como eu estou? será que vão lembrar que a Raquel tem que usar repelente all-day pq ela tem alergia à picada de inseto? será que eu não vou párar de pensar nelas nem um minuto desse dia? será que nunca vão instalar um telefone naquele sítio? será possível que nehum celular funcione por lá? será que eu vou deixar de ser tão babona um dia?

saudades....

 

Tá mais que confirmado. Adoro esse mundo blogueiro. Ou adoro ler de tudo. Simples assim.

Pode estar falando da doença do papagaio, da morte da pulga do cachorro, do aparelho dentário, falar sobre poema, poesia, verso, trova e afins, escrever bem pra caramba, escrever de tudo, escrever de nada, basta estar escrevendo. Pode falar mal dos outros, engrandecer Bush, esporrar Lula (ou vice-versa), falar de futebol, amante, amor, ódio, dia, lua, catchup ou mostarda. Basta estar falando.

Se expressando.
Me basta.

Se lê muito, se rende pouco, mas se ri demais....

soh naum aguento idas lah pro shoppings, com o gatinhu liiiinnnnduuu , sensual e gostosu do Célinhu, encontrar as migas prum lanxinhu no Méqui, e dar grandes risadas huahauahuahahua....

De resto, guento tudo. Pode mandar.

Agora dá licença, que vou ali descobrir mais coisas....

 
14 julho, 2003
Cê viu?

Ontem no Fantástico, foi dito que as baratas, aqueles seres dispensáveis e nojentos, tem forma anatômica nojenta, que quando você dá uma chinelada nojenta, por exemplo, ela abaixa nojentamente, por causa das antenas nojentas que tudo captam, e pode escapar do baratocídio nojento numa boa, por causa de seu formato - nojento.

Eu, que o-de-i-o baratas e onde elas estão, não tem nem sombra da Pollyanna, tô nem aí com a forma da barata nem com o preço da chá na China, porque se preciso for, saio do recinto, mesmo minha casa sendo, e deixo ela lá, sossegada pra vc o que quer. E só volto qdo aquele ser se for (seja pro Além ou pro raio que a parta).

Matar barata? Eu? Nem por decreto.

arrepios....

Desabafos da Polly Mattos | às 10:25 PM

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Era verdade...

E depois de algum tempo tentando convencer um cliente que, o melhor que se tem a fazer com seus míseros milhões, é mesmo fazer a franquia do fast-food famoso, escutamos um "É ... talvez seja melhor mesmo." - desanimado.

Cara de "Hã?"... de toda a equipe.

(foram muitas tentativas frustradas, creiam...)

Como toda ação gera uma reação....

- Então se meta num crime.
- Como assim? - a vez do cliente não entender nada.
- É, se meta num rolo, num assassinato, mata sua sogra, sua mulher, seus filhos, sei lá.

(eu, afundando na cadeira, esqueci de como pronuncia as palavras...)

- Não entendi a brincadeira...

(na verdade, nem eu... pelaamordedeus, sorri e diz: desculpe, voltemos à reunião)

- Se me-ta nu-ma en-cren-ca ... (fisicamente irado, a ponto de voar no goela no senhor milionário). Mate, asassine, estupre, roube... e depois negue. Negue infinitamente. Gastará todo seu dinheiro com advogados, tenha certeza.

Risos. Todos. Menos eu e o Pablo. Que estava p*t* por tanto trabalho perdido.

Como é que eu não vou dar razão à esse menino?

E não me venha com ossos do ofício... Tenho mais o que fazer.

(a sorte que o velho levou mesmo na brincadeira. Mas não era. Tenho certeza.)

Desabafos da Polly Mattos | às 02:24 AM
 
13 julho, 2003

[desabafo]

Uma vez, comentei com a Cau que temia que esse blog parecesse teen demais. Nada contra blogs teens, mas acredito que cada coisa tem seu tempo. Se eu tivesse 16 anos, com certeza teria um blog teen, mesmo gostando tanto de coisinhas. Que coisinhas? Gifs, desenhinhos, figurinhas e afins.

Well...

Ela me disse pra ficar desencanda, porque podia ser tudo, menos teen. Me acho com conteúdo, simpática e deseperadamente vulnerável. Já tentei escrever sério aqui, já tentei contar piada, já tentei escrever com humor, já tentei ser um blog de ajuda (mas como se nem eu mesma sei!), já tentei, tentei, tentei....

Um dia, eureca, decidi ser de tudo. Porque tudo sou. Quem convive comigo não aguenta tantas mulheres numa só. E não vejo tanta vantagem assim nisso. É legal, concordo, porém irrita muitas vzs. Exemplo básico e o pior deles: não tenho estilo. Tem dia que me verá de jeans, camiseta e tênis.... no outro, ou à tarde do mesmo dia, poderá me ver de saia e salto alto. Quem entende?

A única coisa aqui que não muda à tempos (exceto pela cor) é o cabelo. Na maioria das vzs preso, porque me incomoda cabelo no rosto, ele está, por um milagre, do mesmo jeito há um ano já.

Enfim... dei exemplos banais, eu sei. O que mais pesa é a falta de uma base. Quero uma coisa hoje, amanhã ela vira pó. Tenho um carro hoje, daqui a 6 meses quero outro. Em casa, ainda bem que dá pra mudar as coisas de lugar, pra dar um novo jeito. No trabalho também. Mas... e aqui dentro?

Me orgulho de pessoas como a Dati, que seguia um caminho, literalmente. E se sentia bem com aquilo... que saudades, moça.

Agora, o que me fez refletir foi a Ticcia. Não foi lá ainda? Vai. Se te fazer 10% bem como me anda fazendo, ficarei feliz. Temo estar exagerando, que não seja pra vc como é pra mim, mas ter voltado lá e a conhecido foi, pra mim, um grande passo. Não tenho necessidade nenhuma de massagear o ego de ninguém, estou falando pelo o que sinto lá, entende?

Eu não consigo fazer assim... seguir uma linha... fazer de um jeito só... Eu consigo ser de jeito torto aqui, que vc conhece. Cada dia uma. Admiro o Harry, também, que parece escrever certo, toda vez, só pra mim. Lá me sinto única. Porém, o único é ele....
E isso é um elogio, pra não ficar nenhum mal entendido.

Esse desabafo consiste só nisso: te mostrar, seja vc quem for, que o legal é ser vc. Mesmo que o vc seja muitos de vc em vc mesmo. Não estou reclamando, ok? É que essa admiração me invadiu de tal forma, que me fez pensar um pouco. Só isso.

Absolutamente normal e aceitável.

Já tá passando. E se vc leu tudo isso, obrigada, viu? Sinal que vale a pena estar aqui.

[/desabafo]

Desabafos da Polly Mattos | às 07:21 PM

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Rafa

Há uns 15 dias, a Rafa me deu mó susto. Recebi uma ligação da escola, dizendo que possivelmente ela havia quebrado o dedo indicador direito, e que estava chorando muito. Corri pra escola, corri pro hospital e ela ganhou uma imobilização. Quebrar não quebrou, mas que ficou do tamanho de uma melancia, ah, isso ficou. Dá-se o nome de 'trincar'... pelo menos foi isso que o médico falou: "Não quebrou, só trincou...." Beleza, então.

E ela lá, pra cima e pra baixo, com tala, faixa, tipóia... se exibindo mesmo. Adorando também. E eu, invejando, porque nunca quebrei nadicas de pitibiriba.

E os dias passam... e santo telefonema.

Hoje ela passou por aqui, no trabalho, com tala e cia. e com uma novidade a mais: a boca meio que... digamos, inchada. Parecia que estava cheia de algodão... Com a cara enfezada, de dar medo.

Perguntei, já rindo:

- Colocou?

A resposta, indecifrável, veio ao meio de muita baba... Ela está de aparelho ortodôntico.
E pelo visto, odiou.

Eu usei aparelho. E adorava. Memso com o problema da baba. Depois, acostuma.
Sempre tinha os curiosos, da tribo: - como será beijar alguém que usa aparelho, hein???

Ri muito. Ela foi embora, muito, muito brava. Depois eu explico pra ela que é legal, pôxa. E explico também que a parte do beijo é só mais tarde, afinal eu coloquei meu aparelho aos 14 anos.

Vc só tem 9, Rafa... vai tirando o cavalinho da chuva. E o Celsinho da fila....

Baba, baby, baba.
hehehehehehe.

Desabafos da Polly Mattos | às 01:18 PM
 
12 julho, 2003

Tô aqui, trabalhando.
Tra-ba-lhan-do.
Me chega minha mãe. Nem bom dia.
"Bom dia" - cumprimento que dou até ao desconhecido que esbarro no elevador...

- Nossa filha, fico impressionada vc não usar uniforme.
- Bom dia, mamãe. (sorriso amarelo de 'ai, que saco')
- Porque vc não usa uniforme?
- Porque tenho que usar? Ninguém do ramo usa uniforme....
- Ah, mas então seja mais formal. Que blusa é essa, filha? Que tipo de manga é essa?

(Nota: estou de calça preta, em georgette- pra quem entende de tecido, e uma blusa de frio, de gola e mangas enoooormes, que não sei o nome, porque não entendo de moda; e um sapato que me arrependi de ter colocado...)

- Está tão ruim assim? Além do quê, está frio à beça... (respirando fundo)... a senhora tá precisando de algo?
- Estava passando... vim te dar um beijo.
- E implicar com a minha roupa.
- Não é isso. Vc comanda as coisas por aqui, precisava usar algo mais formal.
- Eu não estou desleixada. Nunca fui desleixada... Odeio tailleur... sabe disso. E as pessoas sabem qual minha função aqui, nunca ouvi reclamações.
(resposta dada ao vazio, ela estava reparando nos livros da estante)
- Quiser, te ajudo com as roupas ... (é, ela não escutou a resposta anterior...). Sou boa nisso.
- Sei que é, mamãe. Por favor, tenho muita coisa a fazer...
- Seu chefe não implica com os seus trajes?

...pausa infinita de alguns segundos, onde me senti uma aborígene....

- Bom, mamãe, considerando que eu sou a chefe aqui, não, nunca impliquei com a minha roupa. E agora, por favor, tenho que trabalhar, sim?
- Sempre assim, me dispensando.
- É pra não evitar a terceira guerra mundial, mamãe. Café?
- Não, estou indo... se cuida.

Ela odeia café.

Então, a conclusão mais óbvia que chego é que sou produto de uma experiência de alienígenas. Isso explica muita coisa. Taí a resposta do porquê que não consigo tomar banho em menos de 45 minutos... Rá!

UPDATE: mais uma prova que sou uma mutação alienígena (putz, tô piorando cada vez mais...): consegui (pasme!) visitar - e dar a atenção devida - a todo mundo! Devia, não devo mais, pode tirar meu nome do SPC. Ainda: coloquei mais uma estatística para eu saber quem vem, quando vem e porquê vem; liguei para a dentista da minha filha para resolver o aparelho ortodôntico - que eu adiava há uma semana; tomei dois litros de café e não está me doendo o estômago e bem na hora de ir embora começou a chover e (ainda) não reclamei. Eu sabia que alguma coisa eu tinha, desconfiei desde o princípio. Não chega muito perto da tela, senão absorvo tudo que há de bom em vc pra mim, hein? (risada maquiavélica...)

Desabafos da Polly Mattos | às 01:16 PM|


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Criada em laboratório?



Definitivamente, não pertenço à minha família. Principal ponto: não vim da minha mãe. Não nasci daquela barriga. Não tenho traços, não me pareço em nada com ela, não sei qual a ligação que eu possa ter com ela, se somos absurdamente diferentes. Sabe água e óleo, dia e noite, sol e lua, mostarda e katchup? Então...

Andei pensando... devo ser alguma experiência extraterrestre. É isso. Homenzinhos sem cabelo e olhos enormes escolheram aquela senhora para fazer um experimento, em meados de 1974, que hoje os humanos chamam de fertilização in-vitro e acham que descobriram uma grande coisa. Usaram o senhor, que chamo de pai (que é gente finíssima) para garantir-me uma 'família', porque afinal é a única pessoa a entender o senso literal da palavra. Então, pesquisando aqui e ali, formou-se EU.

Eu, que nada tenho a ver com a senhora minha mãe. Nem de longe em físico, menos ainda em personalidade. É assustador.

Desabafos da Polly Mattos | às 09:15 AM
 
09 julho, 2003
Hoje eu prometo que não vou fazer cara feia, que vou entregar tudo no tempo estipulado, que não vou me atrasar pra almoçar e acabar esquecendo do mesmo, que vou conseguir atender e retornar todas as ligações, que vou passar no posto trocar o óleo do carro, que vou ligar pra Rafaela mais tarde, ver se está tudo bem, que vou passar na escola da Raquel pra pagar a mensalidade, que não vou reclamar do trânsito hoje, que na reunião à tarde vou me comportar, que não vou ficar pensando em tudo que ele me falou, que não vou sofrer por isso mais do que já sofri, que isso não vai atrapalhar todas as outras promessas, que eu tô sendo tola em prometer... Eu prometo não prometer nada.
 
08 julho, 2003

Como eu já disse, está acontecendo a FAPIJA, desde sexta-feira passada, e ontem, pra delírio das minhas pequenas, foi o show dos meninos/anjos/lindo/tesão/bonito/gostosão KLB.

Tá, eles são simpáticos. E o show é legal(zinho).

O importante é que elas gostaram... Não, elas não gostaram... não adianta nem eu mentir.

Daí tô aqui, com a garganta arranhando, espirrando como uma doida e uma dor de cabeça do tipo se-prepara-que-lá-vem-gripe e tudo o que eu ouvi delas foi:

-Pôxa, só isso?

Como assim SÓ ISSO? Um super-hiper-mega-ultra frio, o choro da Raquel pela faixa brilhante em fita cor-de-rosa do KLB, a multidão nos levando de lá pra cá e vocês me vem com um Só Isso? Queria o quê? ... que eles chamassem no palco a Rafaela e a Raquel e as presenteasse com um Dia de Princesa cada uma?

Faça-me o favor... (aaaaaatchim)....

Bom, assim fica decretado que uma próxima noitada dessas só daqui a uns ... vamos pensar... depende muito até lá, mas na adolescência, talvez. E com as amigas. Porque euzinha aqui, never more.

Eu sempre falei que para essas coisas que existem madrinha, tia, cunhada.... mas eu teimei, quis levar, aí... tá vendo?

 
07 julho, 2003
.. Dos seus erros construí minha sina, dos teus desfalques, minha ira. E esse domínio retrata nossa desunião. Fui insensata ao acreditar que após a primeira partida, há o retorno. O cenário não se recompõe. Os fantasmas não morrem, porque simplesmente eles já estão mortos... O que passa não regressa, ao fracasso não há cura, não há mais o mesmo amor. Nada (absolutamente nada) é refeito - o rascunho parece ter sido jogado fora. Meus pensamentos estão ao contrário dos seus, eu já não faço parte de um todo, a distância nos é comum...

O nosso retrato: inconstância, corpos, insegurança, muito medo.

A falha cometida não foi nem será perdoada. Está tudo ruindo e unido à esse rumor de emoção, mesmo vendo só cinzas, ainda tento reconstituir nosso palco e nele encenar o que o tempo já encerrou. Meu sorriso? Não sei. Já não posso modificar meu semblante. O que me custa é assumir de vez o final da nossa existência - mas você, maldito seja, não me deixa. Não se culpe e não me culpe. Perderemos mais tempo procurando culpados. Só não seja tão cruel com um próximo sentimento tão sublime que te seja reservado. Por favor, não.

E me deixe voltar pro meu trajeto.

Sinceramente.

 
04 julho, 2003

E vai rolar a festa, vai rolar....

Falei pouquíssimo aqui da cidade onde moro, mas basicamente é assim: cidade pequena, no interior, praças, igreja, parque, essas coisinhas. Porém, tem uma coisa que acontece aqui que, comparavelmente, só há em Barretos é a Fapija.

Pra quem gosta de badalação, são 10 dias que a cidade enlouquece.

Começa hoje.


Eu recomendo...

Até.

 
03 julho, 2003

Não vou falar necessariamente só com Eles... mas baseando-se em mim, deixo a critério do(a) leitor(a), oquei?

Se tem uma coisa que é (PRA MIM) basicamente masculina é futebol.

As torcedoras que me desculpem, mas sutileza é fundamental. Não, nada contra a classe... mas fico bem sem esse barato todo, obrigada. Mesmo assim, como toda boa masoquista, assisto - algumas vezes forçadamente, claro.

Desobedecendo a regra que mamãe me ensinou, que é: NUNCA discuta política, religião e futebol, pergunto:

- Porquê raios aquele Casaenorme (grafado assim, para evitar problemas futuros, por causa das buscas) está de comentarista da Poderosa?

Vamos combinar uma coisa: comentarista de futebol e crítico de cinema são tudo farinha do mesmo saco. Tá.

Mas o cara ultrapassa a raia da babaquice. Mesmo eu não gostando muito de futebol, assisto à jogos impotantes, Copas principalmente. Na Poderosa, que a é narração melhorzinha. Daí tem: Gavião, Arnaldo e... o figura. E quando é o Kléber, tem o árbitro de nome difícil (Raiche, Rait... lembra o som de um espirro, não sei escrever...)... e quem? quem? ...ELE... o próprio.

Porque só ele que não muda? Acompanha o grupo que for.... ai, pára. Eu falaria coisas mais convicentes que ele... e, lembra? Eu não sou muito chegada no assunto.

Veja ontem... Nem ligo que o Peixe perdeu (meus pesares, santistas...), mas o cara grande solta umas pérolas:

- O Peixe tem que aproveitar as brechas dos argentinos para tentar marcar o gol...
(hum, qual a novidade nisso?)

- Eu acho que o fulano tem que atacar mais no lado direito...
(quem tem que achar alguma coisa é o técnico, filhinho...)

- Agora que o Alex atiçou os torcedores, o Peixe conseguirá sair dessa. Estou numa adrenalina, a qual nunca senti nos jogos. Quero sinceramente que o Peixe vença...
(e o kiko?)

Tudo bem, tenho birra mesmo. Não consigo nem mesmo escutar a voz do cara, às vezes. Isso EUZINHA aqui. Imagina vc, torcedor roxo, ter que aguentar tantas pérolas saídas da mesma boquinha.

Difícil, viu? E pelos que me rodeiam, tenho convicta certeza que não sou a única, nem a minoria.

Sou corinthiana, mas nem sei direito o nome dos jogadores. Cresci gostando do time, mas não sofro se ele está mal das pernas. O que me importa mesmo é a MINHA perna...

Quanto ao Casarão aí, putz... eu tinha que desabafar.

Blargh!

(Nossa, nunca imaginei na minha vida de sereia, que escreveria tanto sobre o assunto... ossos do orifício, hehe....)