31 maio, 2005

Então, que aquela perua deixou tudo pra eu contar, né? Ela me paga - aguarde e confie.

Parei? Ah, na noite do dia que cheguei ainda! Caraca.

Bom, depois de enfim decidirmos tomar um banho e sair na noite de sexta, ficamos todas fofas e bonitinhas e fomos rodar pela cidade, achar um local bacana pra comer. Aqui vale atentar que a é meio dãrdi para indicações 'direita' e 'esquerda' no trânsito, já que ela é canhota. Por duas ou três vezes ela disse "vira aqui à direita" mas eu via que não tinha sentido no que ela falava e retrucava: "Não seria à esquerda, ?" e ela: "Isso, à esquerda". [a gente se entende]

Depois de passar por uns postos de gasolina lotados de carros (virou moda isso, né?) e alguns barzinhos turmas-do-boné, finalmente achamos algo no naipe que pensamos. Estava requisitado o lugar, mas de fora vi que tinha umas mesas vazias na parte de fora, então a fome mandou ficar ali mesmo.

Entrega o carro pro manobrista e acha uma mesinha bacana "no lado de fora, que tá quentinho, porque tem aquecedor". Então tá, né? O lugar é esse aqui, pra quem está curioso.

Lembro de que quando vieram os cardápios, a escolheu o que ia comer em três minutos recordes. E devolveu o cardápio. E eu fiquei lá escolhendo ainda. Vem um imbecil garçom e diz pra ela: "Vou trazer um cardápio pra você também, porque ela [ela, no caso, sou euzinha aqui] está monopolizando a escolha". Eu olhei por cima dos óculos, fuzilando o pobre rapaz com sua dedicação extrema e errônea, enquanto a responde: "Não, é que eu já escolhi". Ah, bom. Além de dominadora, passei também por indecisa. Entendi, então.

Como nenhuma das duas madamas é de beber [muito], abrimos com uma espanhola [vinho com leite condensado] cada uma e partimos pras massas [maravilhosas] que aquele lugar faz. Aqui, pulo a história direto pro cafezinho, que a doida teve uma crise de risos quando viu.

Eu tive a maravilhosa idéia de pedir um café, enquanto esperava a conta. O café veio, e junto dele um copinho com água mineral. Pra mim, que já tinha visto disso em algum lugar, normal. Mas a Renata caiu numa gargalhada infinita, e quase pegou o copinho pra cheirar. Ela ju-ra-va ser pinga, mesmo porque eles nem tem a finesse de servir a água em outro copo. É, estava naqueles copinhos de fundo grosso, onde normalmente é servido doses de pinga.

Isso é uma mania da França, eu soube: junto com o café expresso é servido água mineral com gás. Daí pronto, né? imagine as duas, chorando de rir, diante da cena. Porque logo a criatividade da moça impera e desembesta a falar bobagens do tipo: "Joga pro santo e vira d'uma vez isso aí" ou "Pede mais três cafés, coloca do lado e vira as pingas pra dentro". Conclusão: mal consegui tomar o café, quem dirá comer o "pão de queijo encruado", que na verdade era um sequilinho, quem dirá tomar a água mineral, que sinceramente não entendo a razão dela junto do café. Mas tá, pra ela era pinga com gás e pronto, porque fica mais engraçado.

Pagamos e na saída, fomos barradas na porta por causa do cartão que esquecemos na mesa. Mas o garçom [que provavelmente apaixonou-se pela ] veio liberar-nos, o fofo. Antes disso, educadamente surrupiamos guardanapos do local, para homenagear um certo furo de um certo alguém que nos deixou a ver leones.

[Lembrando sempre que a escolha do local foi mera coincidência mesmo. Mas a idéia do guardanapo foi ótema, falaê.]

Na volta, o carro começa a morrer nos sinais e na primeira marcha. Culpa daquele manobrista, claro. Fui até a casa da 'punhetando' o acelerador para não ficarmos no caminho. Culpando o manobrista, claro. Porque antes dele colocar as patas as mãos no carro, estava tudo fununciando direitinho. A sorte dele é que no outro dia, tudo voltou a funcionar normalmente. E quem ousar dizer que a culpa do carro morrer era minha, saiba que dirijo muito bem. Na verdade, acho que uma das poucas coisas que faço direito.

Enfim, acabou-se a sexta, a dormiu bem antes de mim que ainda fiquei assistindo aquela Juliana Paes falar mal de bota branca no Jô Soares.

Agora, o sábado fica pra outra hora.
A reunião da Santíssima Trindade.
Porque ninguém conta as coisas direito, só eu mesmo.
Então aguarde.

 
Acabo de ganhar um buquê de rosas azuis.
Que cousa mais linda do mundo isso.


Nosssaaaa.
Lindo mesmo. Muito.

 
30 maio, 2005

cheguei ontem de volta pra casa, mas cheguei resolvendo as coisas e quando vi, não tinha ânimo nem pra nada mais.

Como já é segunda, tem que trabalhar né?

Mas dando um tempo aqui, volto pra falar um pouco mais dessa odisséia às Terras Ermas de Santandré.

Embora eu ache que ela deva contar tudo, confesso.

 

Em casa, saindo para a aventura:

- Alô.
- Oi, jaburu.
- Oi, cabeção.
- Rê, tou indo agora.
- Tá bom então. Daí, quando você...... Paiiiii, quando ela liga pra gente ir encontrá-la?
- Quando ela se perder! [voz ao fundo]
- HAHAHAHAHAHAHA
- HAHAAHAHAHAHAA
- Você escutou isso?
- Sim. Na hora que eu me perder, eu ligo então. Bjo.
- Bjo.


Eu não sei direito como fui um dia párar no ObjAbj. Deve ter sido pelo "eu mesma", que ambas usamos. Mas isso já tem mais de um ano e a sintonia era inegável.

A vontade de conhecê-la perdurou por todo esse tempo, até que finalmente consegui ajeitar a vida para dar uma esticadinha até . E como sou uma pessoa que organiza até as idéias [qdo dá], resolvi que ia pra SP de carro, excepcionalmente, já que não gosto de dirigir na paulicéia desvairada que me estressa, porque assim a gente teria a oportunidade de desbravar estradas estranhas e ainda por cima ir visitar a Cau, se não não teria a graça completa.

A ida foi um sossego, não errei nada [!!!!!!], e cheguei ao ponto de encontro que combinamos antes dela. Eu estava na Av. dos Estados, parada com o carro em frente à um quadradão cheio de postes de energia. Bem explicado pelo celular, esperei-a meio ressabiada com a insegurança dali, mesmo que estivesse um sol rachante e fosse um lugar público, tinha muita gente 'estranha' passando, olhando dentro do carro, eu hein.

Ela disse meia-hora, mas chegou na metade do tempo. Gritos, abraços, conheço o pai dela, o dono do mapa que me guiou até ali. Ela veio comigo no carro e ainda tinha um tanto de estrada pela frente ainda. Daí que entendi porque o pai dela chegou em quinze minutos, invés de trinta. Papis é quase um Airton Senna reeencarnado. =) Costuramos pontes e viadutos, entradas e retas, um atrás do outro, até que ela me lembrou que eu não precisaria segui-lo correndo daquele jeito, já que estava ali comigo. Ora, era mesmo. Andei mais devagar, antes que ela enjoasse e vomitasse contra o vento, rs.

Quando finalmente chegamos na casa, eu nem acreditava direito que estava ali. Fui conhecer a marcenaria, mas pessoas alérgicas não conseguem ficar muito tempo não, e saímos correndo. Conheci também a fofa da mamis, que estava limpando a casa loucamente e ainda fez um café cheiroso pra gente. Conheci o Bruno também [gatíssimo]. Falando em gatos, conheci as gatas mais-quietas-que-já-vi-na-vida e a cachorra (leia-se cachóóóóóórra) que obedece ao mais leve sussuro "vai pra casinha vai".

Depois de uma breve visita ao supermercado mais próximo, tomamos café com pães, bolachas, torradas e risos. Porque até pra tomar café, a gente ri.

Fui desfazer a mala, porque a gentilmente tinha esvaziado um espaço no armário dela pra mim, que fofa. E ainda tive que assisti-la de cabelo pra cima, calças arregaçadas pelo joelho, num momento Dona Dita, passar pano no chão pra tirar o pó, pra ninguém dormir com falta de ar, as madamas alérgicas. Depois disso, começamos a conversar deitadas na cama e quando vimos, já estava bem de noitinha e ainda não tínhamos decidido pra onde iríamos nem o que comeríamos.

Mas isso eu conto daqui à pouco.

 
28 maio, 2005

Foi muito mais fácil do que imaginei. Ela não se esconde, ela mora realmente. Porque eu achei fácil, fácil. Inclusive, cheguei primeiro que ela!

Mas ela é assim, e por isso que eu fiz tanta questão dessa estrada até aqui, junto dela.

Porque ela é uma pessoa que eu TINHA que conhecer, me entenda.

Porque tou aqui, diretamente do computador dela.

Porque ela tá aqui, rindo do meu lado - não entendi bem do porquê, mas tá rindo.

Porque os pais dela deixaram a casa pra gente - eles não tem noção do perigo disso.

Porque os gatos dela só dormem, tadinhos.

Porque ontem jantamos espetacularmente num lugar espetacular.

Porque ela é a . E eu a amo.

 
27 maio, 2005
 
25 maio, 2005

Acho engraçado o bordão "novela das oito". Se um dia ela foi das oito, eu nunca vi. Nada mais justo se acertassem isso, né? Novela das nove. Ó que fácil.
Mas não.

É tão cotidiano eles fazerem isso. Lembra do "Jô Soares Onze e Meia"? Nunca começou esse horário. E o programa perdurou até o fim com esse nome. Ninguém nunca reclamou, né? Achava até graça. "Jô Soares mais ou menos Onze e Meia e olha lá"

Mas o mais-mais é o tal Gilberto Sou Chato Mesmo Barros, na chamada dos comerciais. "Em um minuto" . Um minuto que viram nada mais, nada menos que SEIS minutos, afe. Cronometrados.

Já pensei em processo, sabia? Principalmente nesse cara aí, que é uma mutação entre Bolinha e Faustão. Que história é essa de falar que em um minuto volta? Não aceito nem o jeitinho de dizer, que as pessoas costumam, geralmente por telefone, pedir 'um minutinho' que se torna uma eternidade. Ah, não, off neles todos.

Acho realmente que é um abuso da nossa boa vontade. São programas até com alguma coisa "assistível", de vez em quando. Mas não dá.

Defintivamente.

Quanta substimação.

Off no controle que vou ler um livro, que faz muito melhor à saúde.

 
24 maio, 2005
depois de constatar que tou caindo de madura por aí, e que dói ainda
depois desse dia chuvoso - mas não tou reclamando não
depois de uma hora no dentista onde não senti a picada da agulha, gracias
depois de uns emails bacanas
depois de uns comentários fofos

rambora que a fila anda, né mesmo?

...

porque essa semana vai ser curtinha e o feriado promete.
mesmo que chova canivetes.

[obrigada, obrigada]

 
23 maio, 2005

perdeu seu tempo então.

estou num mau-humor da pourra.

sai de perto.

 
22 maio, 2005

Eu tive a moral de me estabacar cair ontem na rua.

Saldo: um joelho machucado, uma unha do pé pela metade e muita, mas muita raiva.

 
21 maio, 2005
Eu daria tudo por um show do Capital Inicial agora. Ou do Detonautas. Vontade de comer crepe-suíço que só acho em épocas de Fapija aqui. Acho que vou no shopping, ver vitrine. É isso.
 
20 maio, 2005

É lógico que tenho planos. Mesmo que você insista que não, eu tenho sim. Embora seja uma busca constante, eu tenho sim. Embora possa parecer que nunca esteja satisfeita, eu tenho sim e pronto.

Que negócio é esse, de chegar na minha frente e falar por mim? Dizer que não tenho perspectiva? Aliás, quem é você pra me julgar assim? Em que ponto afrente do meu você está pra se sentir no direito de ultrajar meus sonhos desse jeito?

Não é culpa, nem minha e nem sua. A culpa é de achar que sempre há culpa. E quanto tempo se é gasto na busca de culpados. Grande perda de tempo. Tempo precioso, onde aprumo minha vida em bases que caibam a sua também. E agora, sonho demais ou sonho de menos? É, sonho demais. Mas por sonhar ainda, já chegou a pensar que pode não ser somente um aspecto de personalidade e sim uma regulamentação, uma vontade, um melhor ainda se?

A caminhada é cansativa, já caí de joelhos várias vezes, mas você já comeu o pó da estrada, com a cara no chão. Minha mão está aqui ainda, pegue-a. Mas lembre-se: minha mão está aqui ainda. Sim, ela pode um dia não estar mais.

E sim, posso ser ácida e sonhadora ao mesmo tempo.

........

(estou bem)

 
19 maio, 2005

- Cê gotou?
- Ficou tão bonitinho.
- Cê gotou?
- Ficou uma graça, filha.
- Cê gotou?
- Gotei.
- Agora cê falou minha língua.


...


- Você sabe o que é assepsia?
- Não...
- É desinfecção, limpeza.
- Ah, então sou um homem assepsiado.

...

- Daí ela disse que ia me mostrar o Patrick sem camisa.
- Jura?
- É, ela falou: "Tenho a foto do patrick sem camisa". Fiquei louca pra ver.
- E ela mostrou?
- Mostrou.
- E? E? Conta logo!!!!
- Era o Patrick do Bob Esponja.
- Pffffffffff.



_______________________



Aí, tá vendo?



Uma grata surpresa pela manhãzinha.
Estou nos Blogs da Semana desse respeitado moço aqui.

Quanta honra.
(contendo os pulinhos)

E... obrigada!

 
18 maio, 2005

Eu acho a net um mundo cheio de possibilidades, que basta saber usar.

Mas o maravilhoso da net são as relações humanas, sem dúvida.

Leia daqui por diante com uma certa dose de coerência, sabendo que é opinião minha, não é regra, mesmo porque geralmente sou exceção. Sei que a maioria não pensa assim, que usa a internet para outros meios e há também os que condenam relações pessoais vindas de um 'mundo virtual' e tal.

...

Eu usava muito chats. Foi quando nasceu a "Pollyanna". Vagava madrugadas à fio, de sala em sala, à procura de um papo saudável ou até mesmo de uma conversa mais picante, de vez em quando, que sou mulher suficiente pra admitir isso. Isso há uns 6 anos atrás, ou mais. Achava que internet era aquilo.

Mas só fiz amigos mesmo quando comecei a ir em uma sala só, todo dia. Foi uma luta ultrapassar a barreira da 'panelinha', porque era todo mundo 'no aberto', todos falando com todos ao mesmo tempo, uma zona. Tanto insisti que fiquei frequentando essa sala uns dois anos. E ia em encontros reais em SP, conhecia a sala toda, era bem bacana. Arrumei amores, amigos, amigas, inimigos, inimigas. Até que enjoou.

Olhava pra aquilo e pensava: nossa, como é que aguentei dois anos aqui? E de 45 pessoas da sala fixos, me restaram um ou dois amigos que ainda converso. [é, Gui, um é você.]

Fiquei mais de um ano usando a internet de forma impessoal. Foi quando descobri o blog. E como é fascinante tudo isso aqui também. Muito mais que o chat. Nos chats, contamos o que queremos contar, é uma conversa o tempo todo. E o blog é um espaço pra tua criatividade, onde optei ser eu mesma. Aí, o nome que escolhi a mais de dois anos atrás ali no título.

Foi onde aposentei todos os meus cadernos e agendas e passei a escrever aqui, pro mundo ler - ou não. Só que nunca imaginaria a força disso tudo.

O contato real aqui é muito menor que o de um chat diário, pra mim. Os encontros são de grupos pequenos, quando têm. Mas é totalmente diferente do que a de um chat. Aqui, sou o que sou. E se gostam de mim, é pelo que sou, não importando praticamente mais nada. No chat, eu era quem meu humor comandava ser, não era tão pessoal, era mais um grupo de gente conversando o tempo todo. No blog, não há aparência, e se tivesse, não conseguiria manter por tanto tempo. E isso... bom isso é um ponto e tanto.

Tem toda a possibilidade de se apaixonar pelo outro unicamente pelo que a pessoa é. E não estou falando só de paixões de casal, de namoro. Estou falando também de amizades. Tem gente fascinante que conheci pessoalmente já e que não abro mão da amizade mesmo. Tem blogs que vou conhecendo hoje e que tenho vontade de ler tudo, de tão bom que é. As idéias, os pontos de vista, a pessoa. Vêm aquele pensamento de "meu, tenho que conhecer essa pessoa".

Tem leituras que se tornam obrigatórias, tem pessoa que preciso ligar pra ouvir a voz, tem vezes que a gente se preocupa de verdade com o(a) outro(a). Tem aqueles que a gente pensava que era uma coisa e não é, tem aqueles que é muito mais do que a gente pensou um dia que fosse. Tem grandes amigos, tem grandes leituras. Tem aqueles que nem blog tem e é gente finíssima...rs.

Aí, sempre predomina a idéia que são pessoas que gosto [muito] exatamente pelo que são; e esse sentimento chega a ser tanto que o respeito pela pessoa é grandioso e o querer bem é o que mais importa mesmo. Já escutei de pessoas que em rodeiam e que não gostam tanto de net assim, que é tudo muito ilusão. Tá, pode até ser mesmo que ao conhecer uma pessoa pessoalmente, perca-se um pouco o entusiasmo - e já aconteceu comigo, até mesmo sem conhecer pessoalmente. Mas é uma coisa que acontece mesmo, e daí? Além disso, temos o feeling, que pode até errar, mas é raro.

Tudo isso pra dizer que sou uma doente por vocês, que sabem exatamente quem são. Doente. E que das melhores coisas que fiz um dia nessa minha vida, foi ter criado um blog. E que alguns de vocês ficarão pra sempre, mas pra sempre mesmo, na minha memória, embora eu saiba que farei o possível para nunca perder o contato.

[e esse post é pra dizer um "eu me importo com você" ]

 
17 maio, 2005


vá dar um beijo nessa guria, vai.

 
16 maio, 2005

Todo mundo tem uma história de telefone. Eu tenho várias, inclusive já contadas por aqui. Na minha modesta opinião, telefone é bom e é ruim. Mas celular já é um saco.

Eu fiquei sem celular muito tempo. Até inventarem que eu tinha porque tinha de ter um novamente, onde trabalho. Porque fico bastante tempo na rua, e em vez de ficar voltando e saindo de novo, pelo celular eu já ia ficando sem voltar, acho. Não me convenceram e enrolei o quanto pude. Até que um belo dia, apareceu uns aparelhos lá e um era meu. Oh, que maravilha.

Nos primeiros dias, brinquei com o aparelhinho, colocando figurinhas, musiquinhas e acabando com o crédito navegando no wap. Ora, se é pra ter celular, tem que ter alguma serventia, além de me apurrinhar no trânsito, no almoço, em casa, à noite, de madrugada. Então, até achei um pouco de graça de fuçar nas coisinhas piscantes e colocar bonequinhos dançando no visor.

Só que a graça passou. E voltei a ter celular na bolsa, desligado. Porém, até ele chegar a ser desligado de fato, tem todo um processo: começa-se a não atender, porque nem lembra que se tem um celular; depois desliga o aparelho cada vez que entra no carro e esquece de ligar depois; não liga mais o aparelho em casa; até ficar desligado o dia inteiro.

E, claro, a bateria. Aquela coisa chata que tem que ficar colocando pra carregar, não vê carregador uns bons dias já. Aparelho desligado não precisa de bateria, oras bolas. E até tentaram me convencer que o aparelho tem que ficar ligado, que é um instrumento de trabalho. Rá, mas sou um caso perdido.

Celular é boa agenda, isso sim. Calculadora também. Passatempo, qdo com crédito. Socorro, quando num aperto. E minigame em filas intermináveis. Só.

Tudo isso pra falar que não sou só eu não, que tenho essa avessa à telefone. Conhecidamente, tem a Cau que odília telefone. E tem a Anita, que simplesmente não atende telefone de jeito nenhum.

Faz uns 4 anos que ela trabalha aqui em casa. Se a vi com o aparelho na mão alguma vez, foi pra limpar o pó. Nunca a vi falando um alô. Juro. Quando ligam aqui em casa e não estou, nem as meninas, ela deixa a secretária eletrônica atender e, só se tiver alguém morrendo ou seja eu gritando um 'anitaaaaaa, atende, fia', ela não atende. Nem por reza, decreto, condenação. Diz que não gosta e pronto. Quem sou eu pra faze-la atender? Também não gosto de celular, então, me calo.

Chega a ser engraçado. E ela também não liga, nunca ligou. Ela resolve qualquer coisa ela mesma, mas não liga. E diz "se eu não ligo, é porque está tudo bem". Então tá, né? Daí, a maioria das pessoas sabem que, se quer falar comigo, ligue diretamente pra mim, no trabalho. Quando lembro, programo a transferência das ligações de casa pra lá. Ou se não, terão retorno só à noite, porque será quando ouvirei o recado na secretária e retornarei a ligação.

Porque será que esse meio de comunicação irrita tanto as pessoas? Se pensar direitinho, pôxa, é tão bom. Mas celular, blargggh.

[Nota: escrevi tudo isso inspirada em um recado engraçadíssimo deixado na secretária ontem, pleno domingo: meu chefe, que nunca ligou em casa, mas não conseguiu me encontrar no celular, claro.]

 

devido ao grande número daqueles spams filosdaputanha, o sistema de comentários mudou. Visualiza primeiro, pra depois mandar.

combinado?

então tá.

 
14 maio, 2005

Sou vizinha de uma vila de 3 casas. Não sou muito de papo com vizinhança, mas sei que na primeira casa mora um senhora idosa e solitária; na segunda casa mora uma motoqueira solteira (ela anda vestida de roupas de couro, a moto é uma HD toda personalizada) e na terceira casa moram um casal de evangélicos recém-casados.

Acontece que tá um som altíssimo vindo da vila e não consegui decifrar de que casa. Até aí, morreu a Neusa, se não fosse a peculiaridade desse som ser nada mais nada menos que 'sandyjunior'.

Oh.

Curiosidades à mil aqui.

 
13 maio, 2005
Ney Matagrosso)

O gato preto cruzou a estrada
Passou por debaixo da escada
E lá no fundo azul
Na noite da floresta
A lua iluminou a dança, a roda, a festa
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira homem
Vira, vira
Vira, vira, lobisomem
Bailam corujas e pirilampos
Entre os sacis e as fadas
E lá no fundo azul
Na noite da floresta
A lua iluminou a dança, a roda, a festa

Um hit perfeito pra uma sexta-feira 13.
Tou cantando isso o dia todo hoje.

* a sexta-feira 13 mais bacana que eu já tive
=)

 
12 maio, 2005

- Ohhh. Ronaldo e Cicarelli se separaram? Porque será que não fiquei surpresa?

- Profissãozinha filadaputa a minha.

- No meio de tanta zona, passei uma parte da manhã montando um lance bacana pr'uma pessoa bacana e tou miando até agora.

- É. Eu disse miando.

- A propósito, tenho habilidade em enlouquecer vendedoras.

- Porque sim.

- Tenho absoluta certeza que as guias estão transando ali na minha caixa de papéis e cada uma delas parindo mais trigêmeos.

- O trabalho não acaba, quiçá diminui.

- Novela América anda embalando meus sonhos, mas já deu pra perceber que a Secco entrou nos istaites. E parou de falar Ixxtaduxxxx Uniduxxxxx. Mas continua falando 'dólareXXXXX'. Insuportááááááável.

- Falando nisso, mudaram algumas coisas na novela né? Será que a pretensão era melhorar? rs.

- Continuando a falar nisso, alguém aí sabe onde se meteu a outra filha da Claudia-mexicana-carioca-da-pensão? Até onde eu vi, ela tinha engolido a droga pra fazer a passagem. A Sol foi depois dela e já tá lá.

- Assisto porque sou masô e porque eu acho o Murilo Benício bonito.

- Fim da hora do recreio. Acabou de nascer mais trigêmeos por aqui. Papéis sacanas.

Morram de dó.

 
11 maio, 2005

Trabalho aos tubos.

... embora as hipóteses daqui sejam bem mais interessantes.

... volto quando eu conseguir respirar.
(e isso pode demorar uns dias)

Inté.

 
08 maio, 2005

Estou sendo parabenizada desde o dia primeiro de maio, onde o feriado é outro. Costumo brincar com as congratulações de 'feliz dia das mães' vinda de homens e lasco logo um 'pra vc também'. Quando recebo cartinhas das minhas filhas o ano todo, geralmente elas tem a frase 'porque dia das mães é todo dia'. Hoje tem almoço, que já é uma tradição, na casa da vovó. Passei a noite fazendo gelatinas que não endureciam nunca, porque fui encarregada da sobremesa e escolhi aquela que chamam de 'Gelatina Colorida'. Não teve comemoração escolar esse ano e senti falta. Não vi as meninas até agora, elas estão na casa da bisavó desde ontem, onde será o tal almoço que daqui a pouco vou. E assim será meu 'dia das mães'. Muito amada por ser mãe também e com um desejo insólito, bizarro e esperançoso de que um dia ainda serei filha.

à todos os tipos de mãe:

um beijo!

 
07 maio, 2005

Ontem eu fui num casamento que marca minha irrisória vida. O casamento da filha do chefe. E isso daria até um bom título de filme. "O casamento da filha do chefe". Porque, senhoras e senhores, foi onde me senti. Por três ou quatro horas me senti dentro de um filme. Daqueles, hollywoodianos.

Bom, se é um sábado bom, daqueles bacanas pra você, tchau aqui. Vá fazer coisa melhor do que ler toda uma história sobre o casamento de alguém que você nunca nem viu. Agora, se teu sábado está vazio e não tem nada melhor que fazer, leia, leia. Mas advirto que este post provavelmente será daqueles enormes.

...

Eu me assustei quando recebi o convite. Apesar da moça ser bacana, e ela trabalhar no mesmo ramo que eu, ela é filha do cara mais rico que eu conheço: meu chefe. Quando digo que eu conheço, é conhecer mesmo, de ir na casa do cara, essas coisas. Claro que tem gente muito mais rica que ele, mas enfim. Recebi o convite. Convite esse que me lembrou uma música sertaneja, porque era vermelho com letras douradas. (Sim, eu disse vermelho com letras douradas). E lá, bem no finzinho, estava anexado o convitinho (esse menor, branco, normal) da festa, com o pequeno detalhe que faria toda a diferença: a festa seria black-tie.

Primeiro pensamento: "Há, nem". Não iria entrar naqueles vestidos brilhantes cheios de pedrarias e rendas nunca. Mas, como o convite veio com mais de um mês de antecedência e meus colegas de trabalho sabem o quanto sou influenciável, acabei na última semana que antecedia evento às voltas com aluguel de vestido, compra do sapato e pacote completo no salão de beleza. Optei por um vestido longo de cetim azul rodadinho, a partir do busto, para esconder as visíveis imperfeições no corpo da sereia aqui. Sem pedrarias, sem renda, sem nada. E aumentei uns 4 cm centímetros de meus irrisórios um metro e sessenta e cinco, calçando um sapato que paguei os olhos da minha cara, porque, obviamente, o vendedor sacou também o quanto era fácil me convencer que aquele sapato combinava muito mais com o pedacinho de tecido que levei do que aquele outro, 50% mais barato e mais baixo, que eu tinha escolhido primeiro. Ah, claro, o sapato "acompanha" a bolsa que também fechava toda a graciosidade do conjunto.

Como nenhuma cabelereira desse mundo é pontual, me atrasei. E cheguei na igreja com o casamento no meio. Nessa confusão, inclua eu não ter encontrado uma vaga ao redor da igreja tão facilmente quanto eu imaginava. Inclua também eu ter que andar mais de 200 metros naquele salto pra chegar até à igreja. E não se esqueça que a igreja estava lotada e tive que ficar de pé. Lógico que um ser-humano no gabarito da filha do meu chefe não casaria na igreja matriz, que é maior, tem estacionamento enorme e é bem perto de casa. O must é casar em igreja pequena, com ventiladores que não funcionam e sem estacionamento. Claro.

Eu não continha os risinhos de ver todos de smocking. Ah, vá, eu estava completamente fora de minha realidade, tinha que me divertir de algum jeito. E louca pra um cantinho naqueles bancos de quatrocentos anos da igrejinha. Depois de uns 20 minutos de pé, fiz nota mental de agradecer mais tarde à cabelereira que demorou pra terminar meu cabelo, porque o casamento estava sendo longo demais pra quem chegou depois da entrada das alianças. Na hora da saída da noiva, comecei meu trajeto de volta pro carro, rumo à festa, na casa do meu chefe.

Da igreja, percebi somente que estava lotada, amores. Não reparei em ninguém, a não ser nos pinguinzinhos aos montes. Homens de smocking é uma coisa sórdida, ao meu ver. Mas tá. O restante, passou desapercebido. Até mesmo a decoração. Vi uns panos de organza amarrados nos bancos, mas não entendi a função daquilo. E vi que a voz da moça que estava cantando na saída da noiva, acompanha por violinos, me arrepiou de tão linda. E só.

Pego meu carro e sigo pra festa. Jurando que só eu tive essa brilhante idéia, (de sair um pouco adiantada), outra surpresa ao chegar na rua: lo-ta-da de carros. Pronto, outro martírio, pensei. E quando olho direito, percebo um moço de colete preto e gravatinha borboleta se aproximando. Oh, manobristas. Gente coisa é outra chique. Lá vou eu, no alto dos meus quatro centímetros a mais, adentrar a casa toda iluminada por holofotes. Juro, tinha uns holofotes girando pra lá e pra cá, iluminando a mansão toda. Senhor, protegei-me.

Logo na entrada, moças em vestidos de madrinhas, todas iguaizinhas, distribuíam rosas vermelhas para todos os convidados. Depois de um breve reconhecimento, naquele mar de gente, avisto dois amigos de trabalho e me junto à eles. Os noivos nem tinham chego ainda, e aquilo estava uma loucura. De pé de novo, pensei. Até que um gênio teve a idéia de procurarmos um lugar perto da piscina. E sim, tinha. Escutei meus pés aplaudindo a decisão. E eu já não sabia mais o que fazer com aquela rosa na mão. Eu e os outros 5257289752 convidados. Aos poucos, fomos vendo que rosas estavam sendo displiscentemente depositadas 'por aí'.

Assim que entrei na festa, antes mesmo de encontrar os tais amigos, um garçom chegou com a bandeja cheia de copos com bebidas variadas. Comecei aí a me sentir dentro de um filme. Eu nunca tinha visto isso. Só em filme. Então, pronto. Eu estava dentro de um filme. Sempre fui servida na mesa com garrafas e tal. Mas pela primeira vez tinha visto garçons rodando por todos os lados com as bebidas já servidas no copo. Tinha champanhe, cerveja, refrigerante, amarula, whisky, mastinis, vodka... tudo em seus respectivos copos apropriados. Peguei um de champanhe logo. Se é pra estar dentro de um filme, que beba direito então.

Quando decidimos ir pra perto da piscina, rodeada de mesas ainda vazias, esquecemos o fato de que a área da piscina é meio escondida e só conhecemos porque é a casa do nosso patrão. Tem que subir uma escada, é numa 'asa-direita' como chamam. E parece que só a gente subiu pra lá. Até os garçons desconheciam a área. E eu, na correria, estava morrendo de fome. Mas tomando champanhe, que é o que verdadeiramente importava.

Acho que minha barriga começou a roncar, depois de uma meia-hora tentando entreter-se nos modelitos dos convidados lá de cima (sim, tínhamos ampla visão de tudo), e alguém condoído de minha fome, desceu pra avisar os garçons que existíamos. E junto com a subida dos comes e bebes, alguns pés doloridos também se achegaram no recinto e não nos sentimos mais tão sós.

Os noivos já tinham chego, fiquei sabendo. Houve até chuva de arroz, me fofocaram depois. Pôxa, e eu perdi ato de tão significância. A essa altura, sentou mais gente conosco e nos esbaldávamos em tudo quanto é tipo de salgadinho quentinho e gostoso. Me matei de tanto comer tortilhas de tomate-seco, iscas de frango e casquinhas de siri. Ora, você achou mesmo que eram coxinhas e rissoles? Lembre-se o naipe do casamento de onde eu estava. Coxinhas... humpft. O que era coxinha mesmo?

Foi quando avistei a noiva e reparei no vestido. O VESTIDO. De uma elegância. A elegância da simplicidade. Ronaldo Esper nunca alfenetaria um vestido daqueles. Nem o Clô. Estava realemente linda, a moça. Já o noivo, pobre coitado, estava prestes a ter um colapso, conjecturamos. Devido à noitada anterior, ficamos sabendo. Com moças saindo de dentro de bolo e tudo. Porque fofocar é tudo nessas horas. Quando ela -a noiva- finalmente subiu pra piscina (devidamente coberta com um tampão anti-bêbados) fui cumprimentá-la. E depois desse acerto, três beijinhos e o desejo de sinceras felicidades, posso garantir que ela nem se recordou de quem eu era naquele momento. Com tantos convidados, acho que ela nem sabia mais o que estava fazendo ali.

Empanturrada de comes (e bebes), decidimos dar um giro social pela casa toda. Idéia má. Muito má. A multidão enfurecida, com seus copos na mão, tomavam cada centímetro daquele lugar. E eu, com esse amor todo à pessoas me tocando, empurrando e amassando, me aproximei do quadrado vazio de chão mais próximo que avistei. Perdi todos que estavam comigo de vista. Parecia, de repente, um filme japonês, de terror. Todos os homens estavam absurdamente iguais naquele traje. Sem muita insistência na procura, respirei profundamente e mirei a saída. E ao som de Usher, gritando em todas as cabeças, na agulha do DJ, saí em busca do meu carro. À francesa, claro. Porque dizem ser um charme.

Com os sapatos enlaçados nos dedos da mão, entrei no carro, trago de volta pelo mesmo manobrista. Sorri, pensando em tudo, à caminho de casa. E hoje acordei com um amigo meu me ligando preocupado onde raios eu tinha me enfiado, que ele não tinha me achado mais e blablabla. E que o bolo estava uma delícia, e que a moça que pegou o buquê se esbofeteou-se com outra e eu perdi. E que a festa seguiu até às 4 da madrugada. E que os noivos vão pra Miami hoje, em lua-de-mel. E que dá vontade casar de novo, quando a gente participa dessas coisas assim, tipo filme. Às vezes, a vida é bela.

E pensar que eu não ia.

 
06 maio, 2005

Quais são as cores e as coisas
Pra te prender?
Eu tive um sonho ruim e acordei chorando
Por isso eu te liguei

(Quase um segundo - Paralamas)

Eu não gosto de sonhar.

E minha mente neurótica insiste em achar que gosto. Mas não, eu não gosto. Noite boa, pra mim, é noite dormida pesadamente, sem um vestígio sequer de sonho nenhum. E dessa vez foi um daqueles tão reais, sabe? Tão palpáveis. Que de tão doloridos, chorei por um grande tempo depois. Daí, você se acalma, senta encolhida na sala, e junto com o corpo que vai esfriando com o frio da madrugada, suas idéias vão se encaixando de uma forma melhor, de uma forma (mais) compreensível e (mais) aceitável. Daí você faz uma ligação às cinco da madrugada. E tá tudo bem. É você que anda muito estressada, talvez.

Só talvez.

 
05 maio, 2005

Recebi por mail, como Autor Desconhecido. SantoGoogle depois, vi que é da Rosana Hermann. Taí, gostei.

O Desafio da GORDURA
(Rosana Hermann)

Tenho dois grandes problemas em relação a meu peso: dificuldade de emagrecer e facilidade de engordar . Em algum lugar do meu DNA implantaram
um gene de urso polar e meu organismo sempre tem a sensação de que eu vou
hibernar durante seis meses e assim, resolve guardar tudo o que como pra sobreviver ao inverno. O problema é que a vida do urso polar é só inverno.

Sem contar que eu devo ter um sério distúrbio oftalmológico,ligado ao acúmulo de gordura, porque basta eu olhar para uma lasagna que minha bunda aumenta. Pelo menos a recíproca não é verdadeira, quando eu me sento, felizmente, não fico cega.

Claro, ao longo da vida já engordei, emagreci, engordei, emagreci, como qualquer sanfona histérica. Nada de tão grave que me impedisse de virar a roleta no metrô com uma pequena ajuda ou que me fizesse entalar na roda-gigante. Inclusive, em duas ocasiões em que eu havia engordado muito, tive uma grande melhora depois que tiraram as crianças de dentro . O caso é que nesse engorda-emagrece engorda-emagrece, eu parei por último no engorda.

O problema é que passar a vida inteira preocupada com o peso, é um porre. E a pior parte é ouvir as mesmas soluções e receitas de dieta que você não vai fazer, como 'comer muita fruta, muita verdura, cortar massas e suspender o
açúcar'. Ah, então tá.

Vamos cortar as massas. Pega a tesoura, por favor, que eu vou picotar o espaguete e já volto . O açúcar eu vou guardar em cima do armário prá ficar suspenso. As frutas eu vou comer, todas, como um bom abacatesão e uma jaca. E, claro, vou recorrer à piada mais velha do mundo e dizer que toda mulher adora ver dura.

Vamos deixar de ser hipócritas, o mundo ocidental, capitalista, foi projetado para produzir gente gorda. Você vai na lanchonete e tudo é gorduroso, calórico e cheio de açúcar. Pra disfarçar eles vendem uma daquelas saladinhas transgênicas cuja embalagem é mais saudável que o conteúdo. Em qualquer lugar do planeta, na padaria, no posto de gasolina, na banca de revistas, você pode comer salgadinhos, bala, chocolate, tudo que engorda. Ninguém nunca viu um um pacote de cenoura picada, pepino em rodelinha, talos de salsão na boca de caixa da padaria.

Porém, não é só a ingestão da comida que é programada para deixar você obeso e infeliz: todo o marketing da indústria do emagrecimento, foi construída para mentir e levar seu dinheirinho. As modelos que vendem aparelhos de ginástica, fazem lipo, botam silicone e depois vão dizer que foi aquela cadeirinha super-duper-lipo-sculpt, em quatro parcelinhas de xis e noventa e nove, que fez com que ela ficasse com aquele corpinho. O apresentador toma remédio pra emagrecer, faz uma plástica e depois vende diet-sucos pra enganar você.

Quem nasceu magro, seja magro de ruim ou magro de fome, está na vantagem. Vai economizar muito dinheiro, tempo e sanidade mental. Quem tem tendência a sair rolando, sabe como é o momento de enfrentar a balança do banheiro.

Primeiro você tira a roupa, o sapato, a meia, e sobe na balança (eu tiro tb a piranha do cabelo e os óculos de grau mas daí na hora de ver o peso sem os óculos, sempre acho q tou vendo errado - leia-se, a mais do que deveria - então, recoloco os óculos de grau, obviamente desconto umas 300 gramas do peso que estou vendo - afinal os óculos tb pesam - e não é q dá o peso que eu tinha visto antes????.

Vou trocar a balança! Deve estar errada! Não acredita naqueles quilos todos. Aí você faz xixi, escova os dentes , corta as unhas, pra se livrar de mais alguns gramas e sobe na balança de novo. Nada. O ponteiro já está rindo da sua cara e não sai do lugar. Você resolve botar mais coisas pra fora. Chora, corta o cabelo, tira a sobrancelha, depila as pernas, arranca uma obturação. Nada. Dá vontade de pular da janela mas morrer gordo e pelado é o pior vexame.
Melhor ficar vivo com uma roupinha larga. Você volta, se veste e sai do banheiro se sentindo uma pizza de ontem grudada na tampa do lixo, um nada.

Mas, dizem que enquanto há vida há ex-pelancas e para tudo há uma solução. É só você fazer reeducação alimentar. Ah, bom! Era isso... falta de educação. Agora sim, vou dividir minhas horas do dia, fragmentar as refeições, ingerir mais proteínas do que carboidratos, trocar o açúcar por adoçante e tudo vai dar certo. Sim, porque no fim, você vai ao spa, faz uma lipo, bota uma prótese. Se não der certo, você grampeia o estômago, costura a boca e amplia o reto! Você vai ver que fácil vai ser, você vai ficar magro, direto!!

O que eu faria com uns 'quilinhos a menos'? Sairia correndo pra dar um soco na cara do imbecil que criou esse comercial! Aproveitando o nome do remédio já faço a rima: vá K-gá no matagal!!!

Agora, com licença que eu tenho que sair pra caminhar. Sabe, fazer exercícios queima calorias... emagrece...ou pelo menos, desengorda!

E, claro, vou usar todas aquelas instruções cômicas para regime que rolam pela web, com dados científicos como "bolacha quebrada não conta calorias", "tudo o que você come e ninguém vê, não engorda", "depois da meia noite, a comida perde o efeito"!

Se não tem jeito, então, não tem jeito. A solução é viver satisfeito!
 
04 maio, 2005

Jogos de marketing:

- comerciais do tipo Casas Bahia funcionarem
- usar sexo para vender produtos
- quem acredita na jogada 'compre uma geladeira e ganhe um fogão'
- comprar em 2487.84246.8442.2586.458785.54668 prestações
- promoção de celular, sempre com um monte de regras por trás

 

Daí que têm que ir um amanhã cedinho pro Rio (de Janeiro), resolver (pessoalmente) um abacaxi(zão) que apareceu por aqui. Reunião de manhã e reunião agora, decidindo quem é que vai segurar o rojão (e não sou eu, alívio) e quais procedimentos tomar para não ser devidamente esquartejado, estripado e demitido (nessa ordem) quando 'deus' souber, entro nas páginas das cias aéreas para reservar a passagem e tomo esse sustão - não que eu vá pagar, claro, mas olha a diferença gritante de uma pra outra, que bissurrrrdo:

Pela Varig, sai pela bagatela de $623,16
Pela Tam, cai pra $476,00
E pela Gol, paga-se $416 contos

(tudo ida e volta, porque o bichinho tem que voltar né? e com boas notícias, de preferência)

Então, vai que é tua Tafarel.
Vai de Gol.

 
03 maio, 2005
Os comerciais das mães ano passado estavam mooooito melhores que os desse ano.