31 maio, 2005

Então, que aquela perua deixou tudo pra eu contar, né? Ela me paga - aguarde e confie.

Parei? Ah, na noite do dia que cheguei ainda! Caraca.

Bom, depois de enfim decidirmos tomar um banho e sair na noite de sexta, ficamos todas fofas e bonitinhas e fomos rodar pela cidade, achar um local bacana pra comer. Aqui vale atentar que a é meio dãrdi para indicações 'direita' e 'esquerda' no trânsito, já que ela é canhota. Por duas ou três vezes ela disse "vira aqui à direita" mas eu via que não tinha sentido no que ela falava e retrucava: "Não seria à esquerda, ?" e ela: "Isso, à esquerda". [a gente se entende]

Depois de passar por uns postos de gasolina lotados de carros (virou moda isso, né?) e alguns barzinhos turmas-do-boné, finalmente achamos algo no naipe que pensamos. Estava requisitado o lugar, mas de fora vi que tinha umas mesas vazias na parte de fora, então a fome mandou ficar ali mesmo.

Entrega o carro pro manobrista e acha uma mesinha bacana "no lado de fora, que tá quentinho, porque tem aquecedor". Então tá, né? O lugar é esse aqui, pra quem está curioso.

Lembro de que quando vieram os cardápios, a escolheu o que ia comer em três minutos recordes. E devolveu o cardápio. E eu fiquei lá escolhendo ainda. Vem um imbecil garçom e diz pra ela: "Vou trazer um cardápio pra você também, porque ela [ela, no caso, sou euzinha aqui] está monopolizando a escolha". Eu olhei por cima dos óculos, fuzilando o pobre rapaz com sua dedicação extrema e errônea, enquanto a responde: "Não, é que eu já escolhi". Ah, bom. Além de dominadora, passei também por indecisa. Entendi, então.

Como nenhuma das duas madamas é de beber [muito], abrimos com uma espanhola [vinho com leite condensado] cada uma e partimos pras massas [maravilhosas] que aquele lugar faz. Aqui, pulo a história direto pro cafezinho, que a doida teve uma crise de risos quando viu.

Eu tive a maravilhosa idéia de pedir um café, enquanto esperava a conta. O café veio, e junto dele um copinho com água mineral. Pra mim, que já tinha visto disso em algum lugar, normal. Mas a Renata caiu numa gargalhada infinita, e quase pegou o copinho pra cheirar. Ela ju-ra-va ser pinga, mesmo porque eles nem tem a finesse de servir a água em outro copo. É, estava naqueles copinhos de fundo grosso, onde normalmente é servido doses de pinga.

Isso é uma mania da França, eu soube: junto com o café expresso é servido água mineral com gás. Daí pronto, né? imagine as duas, chorando de rir, diante da cena. Porque logo a criatividade da moça impera e desembesta a falar bobagens do tipo: "Joga pro santo e vira d'uma vez isso aí" ou "Pede mais três cafés, coloca do lado e vira as pingas pra dentro". Conclusão: mal consegui tomar o café, quem dirá comer o "pão de queijo encruado", que na verdade era um sequilinho, quem dirá tomar a água mineral, que sinceramente não entendo a razão dela junto do café. Mas tá, pra ela era pinga com gás e pronto, porque fica mais engraçado.

Pagamos e na saída, fomos barradas na porta por causa do cartão que esquecemos na mesa. Mas o garçom [que provavelmente apaixonou-se pela ] veio liberar-nos, o fofo. Antes disso, educadamente surrupiamos guardanapos do local, para homenagear um certo furo de um certo alguém que nos deixou a ver leones.

[Lembrando sempre que a escolha do local foi mera coincidência mesmo. Mas a idéia do guardanapo foi ótema, falaê.]

Na volta, o carro começa a morrer nos sinais e na primeira marcha. Culpa daquele manobrista, claro. Fui até a casa da 'punhetando' o acelerador para não ficarmos no caminho. Culpando o manobrista, claro. Porque antes dele colocar as patas as mãos no carro, estava tudo fununciando direitinho. A sorte dele é que no outro dia, tudo voltou a funcionar normalmente. E quem ousar dizer que a culpa do carro morrer era minha, saiba que dirijo muito bem. Na verdade, acho que uma das poucas coisas que faço direito.

Enfim, acabou-se a sexta, a dormiu bem antes de mim que ainda fiquei assistindo aquela Juliana Paes falar mal de bota branca no Jô Soares.

Agora, o sábado fica pra outra hora.
A reunião da Santíssima Trindade.
Porque ninguém conta as coisas direito, só eu mesmo.
Então aguarde.