20 maio, 2005

É lógico que tenho planos. Mesmo que você insista que não, eu tenho sim. Embora seja uma busca constante, eu tenho sim. Embora possa parecer que nunca esteja satisfeita, eu tenho sim e pronto.

Que negócio é esse, de chegar na minha frente e falar por mim? Dizer que não tenho perspectiva? Aliás, quem é você pra me julgar assim? Em que ponto afrente do meu você está pra se sentir no direito de ultrajar meus sonhos desse jeito?

Não é culpa, nem minha e nem sua. A culpa é de achar que sempre há culpa. E quanto tempo se é gasto na busca de culpados. Grande perda de tempo. Tempo precioso, onde aprumo minha vida em bases que caibam a sua também. E agora, sonho demais ou sonho de menos? É, sonho demais. Mas por sonhar ainda, já chegou a pensar que pode não ser somente um aspecto de personalidade e sim uma regulamentação, uma vontade, um melhor ainda se?

A caminhada é cansativa, já caí de joelhos várias vezes, mas você já comeu o pó da estrada, com a cara no chão. Minha mão está aqui ainda, pegue-a. Mas lembre-se: minha mão está aqui ainda. Sim, ela pode um dia não estar mais.

E sim, posso ser ácida e sonhadora ao mesmo tempo.

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(estou bem)