Então decidimos nos reunir pra um churrasco só de mulherada. Engraçado que não teve stress nem pra ver o que cada uma ia levar. Já vi muito homem brigando por causa disso: se é grana, um não deu, outro deu pouco; se é em produto, um levou cerveja boa, outro levou cerveja ralé, outro só deu meio quilo de carne.
Mulher não. Leva o que tem em casa e fim. Estava combinado que iam umas 8, que se resumiu em 5: eu, a Viviane, a Gil, a Érica e a Jô, na casa da Gil, um sobradão com vista maravilhosa pra Dutra, rs. Fui rindo no carro, porque escutamos muita piadinha do tipo: Vocês sabem acender uma churrasqueira? E não, eu não sabia. Ninguém sabia. Mas sempre é tempo de aprender, não é mesmo, minha gente?
Peguei a Viviane, pra irmos num carro só, e chegamos lá com chuva. Vamos ter que esquecer a piscina!, já lamentando. Que piscina?, pergunto eu. E ela esclarece: A casa da Gil tem piscina, flor. O marido dela é um poderosão aí. Como eu nunca tinha ido lá, não sabia. Como também ninguém me falou nada antes, nem tinha levado bíquini mesmo. E com aquela chuva, só louco. Enfim.
Uma foi cortar a carne, outra temperava a maionese, outra acendia a churrasqueira numa facilidade incrível. Mais uma habilidade que eu julgava masculina ser eximiamente superada pelo dito 'sexo frágil'. Passa a carne no sal grosso, põe lá, bate pra sair o excesso do sal, e vira dum lado, vira do outro e bebe cerveja Sol. Alguém levou muita cerveja Sol, agora fabricada aqui na Kaiser, que não é mais Kaiser, mas não lembro o novo nome. Até começar a comer, acho que já tinha bebido umas 4 latas. E falado muita bobagem.
Comemos feito umas vacas, e sobrou-nos beber e dançar. Lamentei ter esquecido a máquina fotográfica quando vi a Jô e a Vi dançando funk. Depois forró. Depois funk e forró. C-h-o-r-e-i de rir quando a Jô trêbada, dançando forró comigo (coisa que não se conta nem pro padre, eu sei) disse que eu 'era quente'. Assim mesmo: "Amiiiiiiiiiiiga, eu não sabia [irc] que você era queeeeeeeeeeeeente assim!"
Não conseguia párar de rir mais. Depois dessa, foi uma consequência de besteiras e bobagens irrelatáveis até mesmo aqui. Acabou com a Érica vomitando de cima da grade diretamente dentro da piscina. Passei mal de tanto rir. E fui a única que me safei da rodada de pinga (que era pra virar caipirinha, mas ninguém levou limão...) porque eu ia dirigir. Boazinhas elas, não?
Segunda-feira, onde todas nos reencontraremos em ambiente profissional, seremos AS santas novamente, com a índole acima de qualquer suspeita. Mas até lá, ainda vou relembrar e rir muito da risada da Gil (parece brinquedo), da Jô caída no corredor; olhinhos vesgos de tão mal que estava; a Viviane pedindo pra eu ligar pro marido pra pedir desculpas de ter bebido tanto; de todo mundo falando 'eu tôoooo leeeeeeeeegal', mas muito mal; da crise infinita de gargalhadas de ver a Érica debruçada em cima da grade um nível acima da piscina, e o vômito dela todo lá, boiando.
Porque, às vezes, a vida vale a pena.