21 outubro, 2004

Essa semana aconteceu um lance bem legal comigo... desses que deixam por terra toda essa crendice que o mundo virtual não tem coração...

Eu estava no messenger, quando apareceu aqueles pops de aceitação, sabe? Não sei direito o nome daquilo. Era um nick esquisito: Acid em Coma. Mas aceitei, porque até que me provem o contrário, todo mundo é legal, todo mundo é superrrr legal... (parei já)

Meu status estava como Ocupado e só fui ver a caixinha que o tal Acid estava escrevendo uns 5 minutinhos depois... e estava mais ou menos assim:

- Oi Polly. Tão bom te reencontrar. Nem sei se vc lembra mais de mim, fazem uns dois ou três anos que a gente não se fala mais. Mas nunca desisti de te achar. perdi teu contato, mas lembrava mais ou menos como era. Ficava tentando, mas caía em lugares esquisitos... Pôxa, vc tá ocupada, mas vou ficar mais um tempinho on, pra ver se a gente consegue conversar...

Fiquei curiosa, porque ele, na verdade, não colocou Polly. Ele colocou o meu nome mesmo, que, tá, muitos sabem... inclusive estou no Orkut com o meu nome. Mas a história que ele contou me chamou a atenção demais.... Dois ou três anos? Quem seria?

Perguntei quem era, mas ele continuou no mistério:

- Ah, vc ta aí!!!! Aqui é um cara que gosta muito de vc e que tá felizão de ter te encontrado de novo. E ó, foi difícil viu? Mas reencontrei e tou muito feliz. Quero tanto que vc lembre de mim... a gente conversava tanto, tanto....

Ri, e perguntei novamente quem era, e ele continuou...

- Olha, fazem anos que estou atrás de vc. Mas hoje invadi o PC de uma garota e quando olhei, teu endereço do messenger tava no PC dela! Larguei tudo e vim pra cá....

Na hora que ele falou que "invadiu", arrisquei:
- Gui?
- Que bom te reencontrar, Polly!


abracomenor.jpg Depois de todos os gritos inimagináveis que nem dá pra descrever aqui, a gente continuou a conversa... Caramba, era o Gui. Com um nick doido assim, só podia ser mesmo. Um hacker do bem, sabe? A gente se conheceu num chat da UOL há uns 5 anos atrás. E nos descobrimos muy amigos. Varávamos a madrugada conversando, tão bom, tão bom.

Só que o destino acabou nos separando. Eu cansei de chat e ele também. Continuávamos em messenger... eu, ele e mais 3 ou 4 que dá pra peneirar de uma sala de bate-papo... então que teve uma vez que perdi o contato de todo mundo e não consegui mais encontrar.

Até essa semana.

Fiquei muito feliz. Muito. Eu ria sem párar, igual uma louca. Depois que ele se foi (do messenger), fiquei pensando que net é mesmo como o real. A sensação que eu estava era de que ele me encontrou na rua, gritamos nossos nomes e nos abraçamos longamente, cheio de saudades. Depois sentamos num banco qualquer, na rua mesmo, e nos bombardeamos de perguntas, um sobre o outro. E todas aquelas caras de surpresa e de tristeza e de alegria e aqueles sopetões de descrença, do tipo: vc tá aqui mesmo! nos acompanhou por uma hora... tempo que pôde estar ali, conversando comigo, enquanto a vida não chamava de volta.

Ali redescobri quanto o Gui é banaca, leal, amigo. Me veio à mente tudo que a gente já conversou nessa vida. Me senti até meio mal, pq nunca me dediquei a encontrá-lo , como ele dedicou-se a me encontrar. Mas isso já faz parte das coisas que não se explicam. Desse tempo de chat, permaneço com alguns contatos de email e só. Agora, o Gui, que, como ele mesmo finalizou o messenger daquele dia: Te prometo não te perder mais....

Lindo né? Pois é.
Amigos virtuais, né? Ah, tá