13 fevereiro, 2004
Ontem eu fui levar as meninas no circo do Beto Carrero, que está aqui na cidade. Em toda oportunidade elas vão e algum circo; mas dessa vez, comigo, foi uma raridade... A última vez que me lembro de ter ido ao circo com elas, foi em um maravilhoso, o Di Napoli, internacional, que ainda está gravado em minha memória...

Tá, esse era dos mais simples, mas me arrancou gargalhadas... elas, habituadas, acharam tudo o máximo, mesmo sabendo algumas coisas de cor, já que o Beto Carrero é bem televisivo e está direto nos programas vespertinos...

Me recordando aqui da minha infância por segundos, a última vez que fui num circo, era aqueles bem pobretões mesmo, com arquibancada de madeira e cheiro de animal...depois disso, já adulta, fui com as crianças: sobrinhos, primos, as meninas... mas ontem me senti com uns 12 anos... ri à beça, senti gelo na barriga, gritei no globo da morte... é, eu gritei mesmo... comemos algodão doce, cachorro-quente, pipoca, maçã do amor... compramos chaveirinho com nossa foto; ficamos com o bumbum quadrado naquela cadeirinha colorida; rimos muito do palhaço - que nada mais tem a ver com um cara hiper maquiado, de sapato enorme e roupas largas.... agora, é tudo mais clean: um narizinho e muita gargalhada, pronto.

Foi emocionante, gostoso pra valer e até o fim de semana, vou novamente... saímos de lá leves, parece que as neuras ficaram no picadeiro... de quebra, fica na memória a elefantinha que toca gaita; a Kate - macaquinha conhecida das crianças - que faz necessidades no peniquinho; Maurício, que anda no pêndulo e mata a gente do coração; Saturno e Júnior, os ases do ar; Marcelo e compania, no Globo da morte; a pipoca da Raquel caída todinha no chão; a mão da Rafa no rosto (pra não ver) os ninjas que pulavam em círculos de fogo em movimento; a mágica (feminino de mágico, se é que isso existe) que tirou de uma bolinha 3 mulheres; o mesmo palhaço -que não em recordo o nome, infelizmente- que deu um show na cama elástica; os ginastas que quase me infartaram na parte de cima do picadeiro (cordas, monociclos de 5 metros de altura, panos que se enrolam nos corpos, malabaristas fazendo maravilhas...). está tudo vivo na memória ainda, e vai ficar por bastante tempo...

Ainda assim, acho que é possível e bem mais coerente um espetáculo sem animais... eles incrementam, lógico, mas não são assim tão necessários... depois de ver um tigre branco (lindo) com receio (leia-se medo) das ordens do treinador, tive convicção de que o melhor pra todos os animais é seu habitat natural... mas enfim, nem tudo são flores, não é mesmo?

Viemos embora munidas de um monte de badulaques: bolinha mágica, marionete, palhacinho, bombom, doce... e muito, muito brilho no olhar, que é o mais importante.

Circo: nós recomendamos.