30 abril, 2007

Ou faz calor ou faz frio.

Essa p*taria de 3 tipos de estações num mesmo dia não dá.

Afônica, mal, garganta inflamadérrima, febre, tylenol, antibiótico, de molho e sem nenhuma paciência.

Gruhnf.

 
28 abril, 2007

..quando a luz dos olhos meus e a luz dos olhos teus resolvem se encontrar
ai que bom que isso é meu Deus, que frio que me dá o encontro desse olhar...

Bonequinha, feliz 10 aniversários.

Sua pra sempre,
Mamãe

 
26 abril, 2007

estou com minhas calças jeans caindo. esmagreci, de certo. mas nem fiz na-da pra tal. não ando almoçando. só como tipo um pãozinho na hora do almoço com café (ou em outras palavras, tomo café da manhã na hora do almoço) e janto às 23:30h, quando finalmente chego em casa. tudo errado e esmagreci mesmo assim. vou lançar um livro de dieta. 'como emagrecer comendo errado' ou algo bem do tipo. ganharei rios de dinheiro e vou-me embora pra pasárgada, seja lá onde for isso.

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eu tou bem, e você?

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vários casais amigos meus estão passando por problemas. não-casais também. sábado passado dei uma feijoada pros amigos -e nunca cozinhei tanto na minha vida, zulivre- e passei a noite toda consolando uma amiguinha minha que tinha brigado com um amiguinho meu, namorado dela. ser amiga de um casal é uma cousa, mas ser amiga dos dois, separadamente, antes deles começarem a namorar, é osso duro, ó. escutava ele dum lado, ela doutro. um saco, na verdade. daí ele foi embora, e ela ficou. e chorava, tadinha. e eu lá, consolando, porque meus antepassados eram todos psicólogos, só pode ser isso. sou reencarnação de Freud. taí.

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mas eu não quero ver/sentir o cheiro/comer feijoada até 2008.
do jeito que comi, é até pecado.
e é mesmo né? aquele; capital; a gula.

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descobri como desliga a Tel. coloquei ela na capoeira e a rafa no handebol. handball, como queira. a rafa já jogava hand no colégio, agora foi prum clube. aliás, ontem teve um jogo e eu fui lá, até choro, precisa ver que coisa feia. a única mãe que chora de orgulho. e grita e berra. e vai de uma ponta à outra da quadra, gritando. o treinador olha pra mim e deve pensar que sou doida. mas tou nem-aí. pode cuidar do seu mundinho, eu não tou nem aí. a tel, por sua vez, chega que-bra-da da capoeira, esporte que ela escolheu, claro. a cara dela. às vezes, quando dá porque é bem na hora que tou trabalhando, acompanho-a nas aulas e racho o bico de tanto rir, caras. não sei porque direito, mas acho engraçado. e ela tocando berimbau? cês precisavam ver, um doce. prometo fotos no flickr, futuramente.

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teve paralisação de professores, cês viram?

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aliás, por falta de tempo total, termino o MBA só no fim do ano.

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falando em ver ouvir, que música do latino é essa nova? gé-zuis.

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a pessoa quando dá pra ser carinhosa, ela é e pronto. defintivamente. ontem foi uma loucura. impregnado em mim a pessoa. suspiros a cada 1,432 segundos. daí veio uns papos de perspectivas, objetivos, futuro. mudei de assunto. o negócio agora é hoje, vamos ficar combinados. então tá. promessas, expectativas, sonhos só atrapalham. e eu só quero saber em qual rua minha vida vai encostar na tua.

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eu tava conversando com um professor de física lá, sabe? meu, o cara é doido. ele tem um certo problema de dicção, com os 'ss', fica estranho. fiquei sabendo que ele não fala 'space' por exemplo. e precisa, causa da matéria. diz que é uma palavrinha não-simpática. fico me perguntando se ela não falou oi pra ele, pra ser antipática. mas enfim. acho que ele cospe se falar. então, tava conversando com ele, sobre ser físico e tal. que físico é tudo louco. daí caiu em religião. *tudo a ver ¬¬*. e ele disse que se auto-mutila pra livrar dos pecados, bem Silas, de Dan Brown. Saí de fininho, porque ele ia mostrar cicatrizes e eu queria dormir a noite. dá licença.

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;o).

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23 abril, 2007
Somos diferentes, tu e eu.
Tens forma e graça
e a sabedoria de só saber crescer
até dar pé.
E não sei onde quero chegar
e só sirvo para uma coisa
- que não sei qual é!
És de outra pipa
e eu de um cripto.
Tu, lipa
Eu, calipto.

Gostas de um som tempestade
roque lenha
muito heavy
Prefiro o barroco italiano
e dos alemães
o mais leve.
És vidrada no Lobão
eu sou mais albônico.
Tu, fão.
Eu, fônico.

És suculenta
e selvagem
como uma fruta do trópico
Eu já sequei
e me resignei
como um socialista utópico.
Tu não tens nada de mim
eu não tenho nada teu.
Tu, piniquim.
Eu, ropeu.

Gostas daquelas festas
que começam mal e terminam pior.
Gosto de graves rituais
em que sou pertinente
e, ao mesmo tempo, o prior.
Tu és um corpo e eu um vulto,
és uma miss, eu um místico.
Tu, multo.
Eu, carístico.

És colorida,
um pouco aérea,
e só pensas em ti.
Sou meio cinzento,
algo rasteiro,
e só penso em Pi.
Somos cada um de um pano
uma sã e o outro insano.
Tu, cano.
Eu, clidiano.

Dizes na cara
o que te vem a cabeça
com coragem e ânimo.
Hesito entre duas palavras,
escolho uma terceira
e no fim digo o sinônimo.
Tu não temes o engano
enquanto eu cismo.
Tu, tano.
Eu, femismo.

* na minha mesa, hoje à tarde.
vi na net, é do Veríssimo.
nhóóóóóóóóóóóó.
 
12 abril, 2007

Eu sabia que tanta popularidade não era só devido à belíssima tatuagem que ele exibia na perna esquerda. Levaram semanas pra fazer, eu me lembro bem. Cada dia que eu o reencontrava, revelava um pouco da idéia louca dele, e no fim, depois de um trabalho fenomenal do tatuador, podia-se ver quatro mulheres semi-nuas com os braços levantados, formando o tronco e galhos da árvore. As folhas chegavam bem perto do joelho, e a raiz terminava no pé dele. Dos dedos das mãos das mulheres formavam-se os galhos. Dos dedos dos pés, as raízes fincadas no chão. Coisa linda de ver mesmo. Os seios das mulheres perfeitamente desenhados e eu gostava mais da moça que tomava conta da panturrilha dele. Cabelo esvoaçante, mãos-galhos sinuosos, e um par de seios de dar inveja. Eu brincava que ia levá-lo quando conseguisse pagar uma cirurgia para corrigir os meus. "Daí eu mostro pro doutor e digo: ó, quero assim !" Ele ria e dizia pra eu párar de bobagens.

Qualquer lugar que a gente estivesse pela região, ele conhecia todo mundo. Era um homem bonito, mas não de beleza de primeira, sabe? Precisava de algum tempo para se reparar nele. Embora ele nunca tivesse me contado nada, e eu nunca tivesse perguntado, eu sabia o que ele fazia e o respeitava, assim como ele sempre me respeitou também. Sempre tinha dinheiro, sempre pagava pra todo mundo, sempre era o cara rodeado de gente. Ingenuamente, poderia se pensar que era por causa da grana, mas não. A gente sabia bem.

Foi meu primeiro e único amigo fora-da-lei. Eu questionava um pouco, tipo euaquicommeusbotões, mas gostava da companhia dele, era um amigo mesmo, e isso sempre falou mais alto. Um dia, num barzinho, ele chegou em um carro diferente. Eu já estava lá, estava lotado, ele até esperou mesa, estava com um punhado de amigos. Me cumprimentou com o abraço caloroso de sempre, roubou uma lasca da minha pizza, conversou, riu, até a mesa liberar e ele ir pra lá. Um tempo depois, chegaram duas viaturas, uns 6 policiais, muita pressão, arma em punho, perguntavam quem tinha chego no carro tal. Gelei.

Sem provar nada, e todo mundo muito quieto, ele me pega pela mão assim que os policias saem e diz: 'Vem vem! Vão rebocar o carro, vem assistir'. Sem muita opção, fui lá fora, enquanto os policiais rebocavam o carro e ele, de braços cruzados, assistia. Minutos depois, ele joga a chave do carro 'limpo' dele e diz pra um dos amigos: 'vai lá, busca meu carro, que agora fiquei a pé'. Piscou pra mim, passou o braço pela minha cintura e disse: vamos beber!

Uma outra vez, churrasco na casa de alguém, ele vai até meu carro, e com uma mixa, o abre sem o alarme disparar, e em menos de dois minutos, o faz funcionar. Eu nem conseguia pronunciar nada. Daí ele sorri, fecha tudo, bate duas vezes no capô, e diz: 'nesse aqui nunca ninguém vai mexer, sossega.'

Junto disso, nunca fumou nem cigarro, mas traficava. Chamado de 'cara inteligente', vendia, ganhava grana à beça, mas nunca usou. Por isso, a popularidade. Tinha uns funcionários, a mãe que também o ajudava na empreitada - e eu não me assustei com mais nada depois disso, e mil e duzentas namoradinhas. Se não fosse o lado obscuro, o chamaria de bon-vivant. Uma vez vi um cara fissurado, insistindo para que ele vendesse fiado, e ele, numa paciência infinita, explicava que não, que o cara já devia e ele não ia fazer essa. 'Vai, deita, relaxa, vai passar'. Minutos depois, o cara aparece de volta com um relógio pra trocar pela coca. Foi uma das únicas vezes que o vi nervoso. 'De quem você roubou isso, seu safado?' ele berrava. E fez o cara devolver. Todos os respeitavam.

Quando estávamos juntos numa mesma mesa, por exemplo, se ele não saísse tanto devido aos 'negócios', ninguém diria que era um traficante ladrão de carros. Um dia me disse: 'Roubo carros por puro prazer. Sou um filho da puta. Roubo aqui, largo ali, pra polícia achar. Sou um merda.' Eu nunca comentei nada, o que achava, o que não achava. Cada louco com sua mania. Outra vez, fui até a casa dele, e achava a mãe estranhíssima. Uma big casa, uma fortaleza. Ele me recebeu e disse que tinha um pedido pra me fazer. Que pedisse então. Saí de lá com 15 cestas básicas, uma lista de endereços e 50 reais pro combustível. Ele disse estar 'guardado', não podia sair. Nem questionei. Entreguei tudo e mal dormi a noite, em pensamentos torturantes, esquisitos e contraditórios. Soube depois que ele fazia isso semanalmente.

Ele representa pra mim uma época de transição e descobrimento, onde fiquei sabendo que muita gente que eu conhecia fumava maconha e cheirava pó. Gente que eu nem tinha noção que fazia esse tipo de coisa. Nunca tive vontade verdadeira, fora a nicotina e um trago num baseado uma vez, de experimentar qualquer outro tipo de droga; com exceção de um dia, muito mal por causa de um relacionamento frustrado logo depois da minha separação, eu pedi ao Du que me ensinasse a cheirar. Eu estava tão mal, e eu queria que aquela dor fosse embora rápido que pra isso eu faria qualquer coisa. "Me ensina" eu pedia. Ele só me abraçou e ali ficou muito tempo. Depois disse: 'Eu não sei usar isso, doçura. Mas, na boa? Nem se eu soubesse.'

Então que ele sumiu. Nunca mais ligou, nunca mais soube dele. Burburinhos nas primeiras semanas do sumiço o levavam pelo Brasil afora, mas ninguém sabia exatamente onde ele estava. Com mais tempo, até as especulações acabaram. Infelizmente, meses depois, soube que tinha levado vários tiros e um muito perto do coração. Ninguém sabia direito da história, ele tinha vindo ver a mãe, e o pegaram; outros traficantes - só. Não sabiam me dizer nem se ele tinha sobrevivido ou onde estava internado ou de onde tirar informações precisas. No calor da preocupação, fui até a casa dele, correndo até riscos, mas não tinha absolutamente ninguém lá. Era 2003.

Com o passar dos anos, pra mim, o Du tinha morrido.

Ontem, ao estacionar meu carro no trabalho, caminhando em direção à porta, ouço um Psiu bem baixinho. Nunca olhei pra psiu, então continuei. Foi qdo escutei meu nome e me virei. Dentro de uma pick-up, um cara loiro, de óculos escuros, boné, sorria pra mim. Loiro? LOIRO? Ele tá loiro!

Corri em direção do carro dele, e chorei muito de alegria. Embora ele estivesse loiro, tá vivaço. Ainda muito marcado aqui na cidade, está morando na Argentina. Nem entrei trabalhar. Passamos o dia conversando, rindo, chorando, contanto histórias, pondo a vida em dia. Contou que levou 6 tiros e esteve nos braços da morte, mas que ele quis viver: não havia ainda plantado uma árvore, não podia morrer assim. Gargalhávamos. Andamos muito de carro, comemos bobeira o dia inteirinho e a tardezinha ele me trouxe de volta pro meu carro e chorei de novo, porque sei que muito provavelmente nunca mais o verei.

Perguntei como tinha me achado e ri da minha própria ingenuidade. Ele nem respondeu, rindo também. Disse que nunca esqueceu os amigos e que nunca esquecerá. Falou que tinha deixado um presente pra mim em casa, e que não podia me ligar, nem falar direito onde estava, que eu o perdoasse por isso. Eu não tinha que perdoar nada, já que ele nunca me machucou. E que o presente de verdade era ele se cuidar, não morrer. E ele completou: não, nem plantei a árvore ainda.

Fiquei muito tempo abraçada com ele. E o vi ir embora pro mundo sem leis dele. Grande cara. Na mente, pedi pra Deus olhar por ele. Mas daí senti a contradição de novo, e soltei um 'tsc'. Sei lá, só quero que ele fique bem.

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Em casa, uma caixa de madeira, com 3 vinhos, 1 amarula e uma caixa de Ferrero Rocher.

À sua, Du.
Tim-tim.

 
04 abril, 2007
Eu JURO que posso atender dessa vez.
Juro.
 
01 abril, 2007

"eu venho aqui.
venho, venho, venho.
evry fuckin single day.
várias vezes ao dia.
tipo, bizoiar.
tá, carajo, o pps era bonitinho, e tal, mas precisa ENTERRAR o blog com esse post?
ficou tão reflexiva assim que agora resolveu que blogar é cousa de gentingrata e sem serviço?
pessoas, muito cuidado cos pps que mandam por aí, vcs podem disseminar o pânico na infernet.
e acabar com boa parte da minha diversón diária.
carajo.

[/drama]

eu mesma, Rê
abril 1, 2007 01:37 PM"

Luvia, xuxu. Luvia tanto, que vou fazer você comentar o seu próprio comentário agora. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHAHA. Luvia forévermente-ente.