07 junho, 2006

Semana de provas. Não sei se vc já passou por isso, mas dá uma certa revolta, principalmente qdo vc tem, desde pequenininha, certos princípios de não aceitar, de jeito nenhum, uma nota vermelha seja ela onde for.

Freud explica à parte, tenho tido o mínimo do mínimo de tempo pra estudar alguma coisa, mesmo pq sempre fui (eu e meus princípios...) adepta ao 'saiba, não decore'. Enfim, como já percebeu, sou mesmo um problema de física quântica sem solução.

Daí que a pessoa aqui vai correndo pra fazer as tais provas, dá o carro pro amigo caronista dirigir, pra poder dar tempo de pelo 'ler' algumas linhas da matéria, já que a outra prova da noite seria matemática, e em matemática, modéstia à parte, eu sou fodona e tal.

Seiláporquecargasdágua, me bateu um desespero de arrancar os cabelos, lembrando muito aquele filme 'Curso de Verão', onde um cara sonha, ou acorda -não lembro bem- gritando 'EU NÃO SEI NADA, EU NÃO SE NADA!'. Apois. Estava eu, dentro do carro, berrando algo bem parecido com isso, segurando um monte de folhas, rabiscos, apostilas, caderno na mão.

O amigo estaciona, cato os papéis de qualquer jeito, parecendo uma louca mesmo, e numa fúria doentia, saio em direção à minha sala que, embora no primeiro andar, é a última do corredor imenso. Amigo vindo atrás, sem fôlego já, me pedindo calma. E eu na frente, passos largos e rápidos, pensando já numa cola - sou cdf, mas tb sou filha de Zeus, peraê - e faltavam uns 10 minutos pra coisa toda começar.

Niqui viro pra falar pro amigo andar mais de pressa, giro meu corpo de volta, e como um passo de Baryshnikov, CAIO FEITO UMA JACA PODRE na chon. Na chon, da faculdade, lotada de pessoas. Torci meu pé, senhoras e senhores, e lá fui eu, me estatelar no chão. Quando eu vi que eu ia cair, que não tinha mesmo onde segurar, ainda pensei 'não machuca, não machuca, não machuca'. Mas machucou.

Quando vejo meu amigo salvando minhas anotações que voaram longe e não eu, caí numa breve criso de riso, que durou até eu notar a dor do meu tornozelo. Não conseguia colocá-lo no chão pq doía muito, muito, muito. Claro que nessas alturas eu já tinha virado atração circense e havia uma multidão em volta de mim.

Um homem, que nem sei quem é, me ergueu e levou pra enfermaria, mas a anta da mulher nem podia fazer nada, então me deu um Dorflex. (Cale-se, Renata). Daí que fui pro hospital e mobilizaram meu pé. E, óbvio, não fiz prova nenhuma, nem farei nos próximos dias. Tou de tala e em casa, de atestado. E essa podia ser mais uma da série 'as coisas que só acontecem comigo'. Mas vcs já devem estar acostumados.