02 maio, 2006
Estamos, eu e você, naquela passagem difícil do 'não sou mais nenhuma criancinha' e 'pra mim, você sempre será um bebê'. Estamos tentando um acordo, difícil, confesso, entre a gente, pra não se magoar tanto e entendermos mais. Você é linda, meiga, sincera, turrona, sensível. Às vezes, uma palhaça, de fazer rir da barriga doer, e nessas horas vejo o quanto é bom ter você por perto. Naquelas de cara feia, me enxergo e te falo: olha bem o que você tá fazendo, guria. E você retruca e bate a porta, como eu fazia tantos anos atrás. Um dia desses, te falei que não importa quantos anos você tenha: vou ser sempre mais velha que você, e, instintivamente, vou sempre cuidar de você. Talvez leve alguns anos pra você perceber isso, como eu mesma levei pra entender alguns objetivos traçados não por mim, mas de uma coisa eu tenho certeza: você vai dar trabalho e isso, filha, é motivo de orgulho, sabe? Todo o meu amor por você, hoje, seu aniversário, e todos os amanhãs, eternamente. Que os 365 dias dos seus 12 anos valham a pena. Te amo por demais.