11 novembro, 2005
Meu irmão está em casa já, rabugento que só. Tem uns dias pra descansar. Mas que susto. Pendurei na orelha dele hoje, falei tudo que está parado na garganta - aquelas coisas que nunca falei para não estressar-me. E caí em um choro [como se fosse difícil....] profundo. Porra, a gente mal tem uma mãe que se preocupe. Meu pai ajuda, mas é lá, do jeito dele. Minha vó não tem condição nenhuma, embora eu saiba que se ela pudesse e precisasse, levaria meu irmão no colo até. Então, a gente só 'se tem'. E se a gente não cuidar uns dos outros, quem mais vai cuidar? Mas ele é cabeção. Sabe que desde a cirurgia de apendicite, onde ele quase morreu -eu cheguei no hospital bem na hora daqueles choques, que a gente vê só no E.R., sabe?- ele teria que fazer dieta constante. E dieta constante não significa que ele não possa comer de tudo. É só comer menos. Ele chegou até a emagrecer uns 10 quilos, na época do 'grande susto', com a ajuda de um endócrino e tal... Mas não adianta. Ele é mesmo um cabeção. Ali não entra nada. Agora a pouco, liguei pra minha mãe e disse, quase aos berros: "Ele precisará de um pneumologista e de um cardiologista. A senhora é a mãe. Trate disso. É o mínimo que a senhora pode fazer.". Ela respondeu: "Ele tem 40 anos!!!!". Respirei e disse: "Continua sendo seu filho. Vai cuidar dele, pela amor de Deus". Ele não gostou de eu ter ligado pra mamãe. Mas eu sei que ela, mesmo sendo tudo que ela é, mesmo falando tudo que ela fala, nessas horas é quem mais funciona. Ralhei com ele, ralhei com ela. Não tiro a cena do meu pensamento. Mas tudo há de se acertar. Há sim. E obrigada a cada um de vocês. Que Deus dê em dobro - seja lá qual for o nome que você der à Ele...