26 novembro, 2005

Levantei muito, muito cedo, pra buscar meu irmão que chegou do Rio de Janeiro pro fim-de-semana. Muito, muito cedo que eu digo é madrugada mesmo. E além de ir de uma ponta à outra - rodoviária fica à sul e ele mora à norte- , acabei perdendo o sono.

Resolvi então me limpar de tudo de ruim que essas semanas andam acontecendo. E, caramba, não foi pouco não. Só espero que tenha acabado essa história de 'toma mais essa, polly'. Eu hein.

Daí que acendi incenso, coloquei Enya, sentei em posição de lótus, fechei os olhos e sumi desse mundo por uma meia hora. Fazia tempo que não cuidava da minha alma, hoje tão machucada e tão mais difícil de ficar curando.

Pra ser completamente contraditória, peguei uns filmes antigos na locadora (mais baratos, entendam), uma caixa de bombom no supermercado, pipocas e coca-cola. Ao mesmo tempo que medito pra alma limpar, sujo minha matéria de coisa gordurenta e calórica, porque estou bem merecedora mesmo, de deitar com meu edredon branquinho feito cabaninha na sala, sozinha, cercada de chocolates, bacia de pipoca e copão com coca-cola. Vou sair desse mundo de novo, por mais algumas horas, dessa vez entretida com alguns personagens e histórias que não são minhas, mas poderiam ser.

Esse sábado domingo é meu e ninguém vai mudar isso. Sai de perto, que rosno. E mordo.