- Me diz com toda a sinceridade: você quer voltar pra ela?
- (suspiro)... Não sei.
- Você tem que ver se esse 'não sei' não é uma muleta de você estar tomando a decisão sozinho.....
- Como é?
- Você entendeu. Ninguém quer ficar com a responsa de terminar um relacionamento de tanto tempo nas costas....
- Eu odeio quando você tem razão.
- Bingo?
- Bingo.
- Então te catar, pensa nisso tudo direito.
- Se ela tiver bem, eu não volto mais. Se ela estiver sofrendo, eu volto.
- Aí não! Isso é pena.
- Pena é uma palavra muito forte!
- Não tem outra não..... é dó e pronto.
- Eu me sinto muito limitado sabe? Relacionamento é muito limitado. Tentei, ué, não deu certo. Caso eu decida não voltar mais pra ela, também não namoro mais.
- Sei...rs.
- É sério. A não ser que caia de pára-quedas uma gostosona integrante do Greenpeace, cabeça aberta, com umas 10 amigas do mesmo naipe. Aí, eu até caso.
- Não dá pra falar sério com você....rs.
...
Segundo tempo
- Ele disse assim que se ela tiver bem, ele não volta mais. Se ela estiver sofrendo, ele volta. Não tá certo isso. Por dó não, pô.
- Ah, mas é foda ver quem a gente gosta sofrendo.
- Como é que é?
- Hã?
- Repete essa última frase aí que você disse?
- Qual?
- Não se faça de bobo. Essa coisa de aí de gostar e ver sofrendo.
- (risos)
- Repete!
- "É foda ver quem a gente gosta sofrendo"
Ela pegou uma caneta, um sulfite, colocou a data, a hora, a frase, e disse:
- Lavrarei amanhã em cartório.