26 agosto, 2003
 
06 agosto, 2003

Sabe o que eu notei? Que há dias não falo das meninas... estão bem, obrigada. Me enlouquecendo como sempre, na medida que podem. A Rafaela já conseguiu quebrar o aparelho - mistério, jura-me ela que realmente não sabe o que aconteceu. A peça simplesmente apareceu quebrada na boca dela, creio ser meu amigo Gasparzinho - moleque fantasma safado e arteiro, autor da maioria das artes infantis aqui de casa... essa peça me custará uma parte do aparelho zero-bala, já que não há conserto.... o que mais eu poderia esperar? Lógico que seria assim. Conclusão: se ela mesada tivesse, esse mês ela não teria. Mas como se trata de uma criança de 9 anos, corta-se as regalias.... hum? não, eu não dou mesada pra uma criança tão...criança!

A Raquel também, está dentro dos parâmetros normais: gordinha, totosa, xerosa e esquecida. É... o trabalhinho de hoje só vai pra escola depois de amanhã, já que ela com certeza ela vai esquecer em cima de alguma coisa. Não a culpo. Essa vida tão corrida e complicada do auge dos 6 anos de idade dela afetaram a mente já... deve ser stress. Ela volta do caminho percorrido duzentas vezes por dia pra fazer a fatídica pergunta: O que mesmo que a senhora disse? - e não, não é problema pra médico. É uma tremenda falta de atenção, típica da idade.

ohhh, só falei mal! me matem, que mãe desnaturada....

... mas você sabe que elas são minhas preciosidades, meu viver, meu tudo, não sabe?
É que hoje nem a Anita aguentou... e eu tive que voltar mais cedo pra casa....
Torça por mim.
Se eu sobreviver ao ataque maligno dos miojos com salsicha, amanhã tô por aqui...

(Em tempo: vi meu irmão, o do post abaixo, hoje. Tudo mudou. Estranho. Isso! Ele se tornou um estranho pra mim...)

 
05 agosto, 2003

Quer saber? A decepção é uma coisa muito, muito chata. Sabe aquele negócio de vc achar uma coisa, acreditar piamente naquela coisa, botar sua linda mão no fogo por aquela coisa, justamente pq vc acredita que aquela coisa não tem tantos defeitos assim, como dizem? E, da noite pro dia, vc descobrir que aquela coisa que vc confiava tanto e amava de paixão é uma coisa inescrupulosa, sem sentimentos, sem compaixão, que está pesado de tanta sujeira que carrega e que aquela coisa só não é tudo aquilo que dizem dele assim como aquela coisa é bem pior daquilo que dizem dele, e só vc sabe disso e não pode fazer nada, porque aquela coisa é seu irmão?

...de alhos pra bugalhos:
Tô de saco cheio (e nem tenho saco!) de ler por aí a pergunta: Por que ter um blog? ou Por que blogar?
Tens um blog porque tens, oras. Pra quê questionar isso? Necessidade de explicar porque bloga? Bloga porque bloga e pronto.
Saco.

 
04 agosto, 2003

(dinho - capital inicial)

E num guardanapo, guardado no canto da gaveta, não sei a quanto tempo atrás, mas sei que faz tempo, escrita de caneta Bic, letras de forma, bonitas, bem elaboradas:

"Eu quero te dar um amor de litoral, que seja simples, natural.
Olha o vôo das gaivotas, deita na areia dessa praia, eu só penso em te amar...
A lua será tua, o sol meu, o mar nosso vizinho e o amor nosso caminho."

Eu era feliz e não sabia.

 
03 agosto, 2003

Quem assiste TV, se lembra de domingo passado, que o Fantástico anunciou exaustivamente o documentário "Falcão e os Meninos do Tráfico". Estava até enchendo a paciência, mas conseguindo a meta: aguçar a curiosidade. A 'propaganda' continuou até a semana, divulgada em blocos comerciais e em anúncios publicitários em jornais do RJ e de SP.
Foram 4 meses de trabalho de edição das 120 horas de fitas gravadas, que MV Bill e Celso Athayde produziram e dirigiram, resultando no documentário de 54 minutos que a Globo falando dos danos finaceiros e morais que isso acarretaria, eles não se explicaram.
A Globo, por sua vez, acatou a decisão, entendendo que o problema não é financeiro e que pra ela, mesmo podendo processá-los (porque há um contrato), não o fará, pois só interessa à Globo exibir o documentário....
Poderá ir uma versão para o ar, mas será a mesma que já foi vista por doze personalidades públicas, entre cineastas, escritores, compositores e atores.

Mais aqui.

Quem ficou curioso, esqueça.
Eles pensaram que ia ser fácil assim...



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Quem assiste TV, se lembra de domingo passado, que o Fantástico anunciou exaustivamente o documentário "Falcão e os Meninos do Tráfico". Estava até enchendo a paciência, mas conseguindo a meta: aguçar a curiosidade. A 'propaganda' continuou até a semana, divulgada em blocos comerciais e em anúncios publicitários em jornais do RJ e de SP.
Foram 4 meses de trabalho de edição das 120 horas de fitas gravadas, que MV Bill e Celso Athayde produziram e dirigiram, resultando no documentário de 54 minutos que a Globo falando dos danos finaceiros e morais que isso acarretaria, eles não se explicaram.
A Globo, por sua vez, acatou a decisão, entendendo que o problema não é financeiro e que pra ela, mesmo podendo processá-los (porque há um contrato), não o fará, pois só interessa à Globo exibir o documentário....
Poderá ir uma versão para o ar, mas será a mesma que já foi vista por doze personalidades públicas, entre cineastas, escritores, compositores e atores.

Mais aqui.

Quem ficou curioso, esqueça.
Eles pensaram que ia ser fácil assim...

 
02 agosto, 2003
tudo o que eu quero agora é paciência comigo, ok? há dias eu tô chata pra cacete, nem eu me aguento, quem dirá vocês. estou com a sensação horrível de ter sido condenada à perpétua a mulher que eu mais admirava em mim e com essa aqui eu não estou sabendo lidar, com tanta humilhação, dor, lágrima e faz de conta. tô cansada de tanta conversa jogada no ralo, onde no esgoto ainda minam a mescla de muita esperança e muito amor, a mutação da desespero e das mentiras, a junção do medo e do recomeçar. tudo aquilo que um dia eu quis e observei pra mim, foi pra junto daquele mesmo ralo. me sinto agora deitada no chão, com algum objeto na mão, escavando nesse ralo, tentando juntar pedaços de não sei mais o quê, pra ver se tudo volta ao normal. mas eu sei que não volta. meu maior erro foi achar que tudo ficaria bem. não, não ficaria. não se espanta fantasma, fantasmas não morrem, fantasmas já estão mortos. então achei que pela mulher que eu sempre fui, eu aguentaria isso dançando. não, eu só dancei literalmente. e foi aos passos de um pop que desci ao fundo. só não sei te dizer ao fundo de quê. ainda me sinto lá, abaixada, cabeça rente ao chão, caçando estilhaços naquele ralo. pedi ajuda, mas não obtive. eu absolutamente não estou cabendo dentro de mim. são sentimentos com os quais eu nunca lidei na vida, por favor, me ensina.eu não sei onde colocar tanta dor, tanta carência. aceita escambo? troco toda essa dor pela liberdade do novo. mas quem é que quer dor? não, pollyanna, ninguém quer. e vc, só vc, a sente com tanto masoquismo. manda praquele lugar. manda se fuder. começa do zero. mais e esse sentimento absurdo, coloco onde? na estante? de enfeite? sempre lutei. sempre. não pode me negar que sempre lutei. o que ele quer? a porra da liberdade que ele teve um dia e estragou tudo? e o que eu quero mesmo? sei o que quero momentaneamente: quero apertar um botão e desligar. tenho que párar de pensar que estou dentro de um filme. não, eu não sei protagonizar nem a vida mais. perdi todo o eixo, todo o enredo, toda a história. estou completamente estranha com essa mulher aqui, dentro de mim. ela é uma lerda, uma lesada, só sabe chorar, não se dá mais o valor. mas ela ama. pôxa, uma amor bonito à beça, sabe? mas não é valorizada, não é mesmo. ela sabe que se mandar tudo às favas, as coisas geralmente retornam pro seu lugar, mas nem força pra isso ela tem mais. lide, lidei, mas ela foi maior. essa imbecil.essa fracote. por amar, está assim. justo ela, que sempre ergueu a bandeira do se-ame-primeiro-para-depois-amar-alguém. o quê! ela ensina isso até pras pequenas. questiona o amor ferozmente, com as garras expostas e agora taí, falando com ela mesma nessa tela fria. tem amigos, amigas, pra quem ligar...ainda bem, né? mas acredita que isolando-se vai melhorar. e que ninguém precisa ficar aguentando tanta melancolia. chorar lava a alma. besteira. lava a fronha, ela sabe bem. naquela droga daquela cama imensa. mas deixa. tudo passa. tudo passa. tudo passa. faz disso um mantra. repete quatrocentos e cinquenta e dez vezes. e se ele ligar denovo, diz pra ir catar coquinhos. é, não vai ter coragem. o ama. tá, já me convenceu. então chora mais um pouco. chora. é triste o que estou sentindo, mas estou com saudades de mim. saudades do que eu sempre fui e hoje não sei mais. por causa dessa loucura aqui, que toma conta de todos, absolutamente todos meus neurônios. hoje, no meio dessas malditas (pq isso q elas são, malditas!) lágrimas, é quase palpável o meu sentimento. não sei mais o que dizer. perdeu-se tudo no caminho. no vai-e-vem daquela rede. perdi até o brilho no olhar. empurrei aquela pizza. pensei, pensei, pensei. e ainda tá tudo aqui, feito um círculo-vicioso na minha cabeça que não pensa em mais nada além disso. preciso repaginar as minhas atitudes, o q pensar e a capacidade que tenho.a reforma tem que ser interna.usar de estratégia. párar com as mesmas questões. párar de escolher brigas pra brigar.aprender a discordar somente. esquecer o assunto.párar de me culpar. já tentei de todas as formas, mas não vejo nenhuma luz. parece realmente que estou a falar em outra língua. aprender que as pessoas são IMUTÁVEIS. o amor é uma droga. aprende isso, de uma vez, sua lerda. tá vendo? tudo o que vc menos queria: piedade. sou mesmo um caso perdido.