22 fevereiro, 2003

Tenho uma coisa pra dizer, finalizando esse dia: em todos os lugares fala-se sobre a guerra. Em todo lugar à nossa volta, é o que se lê, se escuta, se comenta. É realmente muito preocupante. Muitas vezes, por Deus... me revoltei contra essa ganância com mesclas de hipocrisia. Porém, ainda prefiro falar em, no e de amor. Acredito que conheces a história da atitude do beija-flor perante um incêndio na floresta... Se não conheces, eu conto: Havia se alastrado na floresta um incêndio e os animais estavam todos fugindo, quando o leão (o rei da floresta) encontrou com um beija-flor, que carregava algumas gotículas de água no bico e jogava nas labaredas. O leão balançou a cabeça, com piedade do bichinho, e o indagou: Será que não sabe, beija-flor, que não adiantará de nada o que estás a fazer? E o passarinho respondeu: Estou fazendo o que posso, estou fazendo A MINHA PARTE.

Me sinto tal qual o tão frágil beija-flor.... enquanto todos se viram em torno de críticas, opiniões, sugestões, listas, abaixo-assinados, reportagens, textos dos pequenos aos enormes sobre a guerra que tanto nos apavora, continuarei FAZENDO A MINHA PARTE e falando cada vez mais de amor... amem-se... ame.... seja amado(a)...deixe-se amar. Paz! (Sempre)

Desabafos da Polly Mattos | às 09:02 PM

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Esses dias atrás minha filha (de apenas 5 anos) me perguntou o que era uma camisinha. Confesso que se não estivéssemos só nós duas, eu passaria a bola pra alguém... Há muito tempo, já preparei a resposta, mas pra dar à minha filha mais velha, a de 8 anos. Porém, nem imaginei que a Raquel é muito mais curiosa que a Rafaela, e que era óbvio que isso aconteceria logo, como aconteceu mesmo. Fiquei sem jeito, mas convicta... não falaria bobagens à ela. Não as bobagens que eu aprendi e tive que carregar até os meus 15 anos. .. Não à sementinha, cegonha, repolho. Ok, eu sei, ela só perguntou da camisinha ainda, mas dependendo das palavras que eu usasse, outras perguntas surgiriam na hora. Pensei, refleti, e ela me cobrou porque fiquei silenciosa durante alguns minutos.... Foi quando me ocorreu perguntar à ela onde ela tinha escutado a palavra.... Talvez não fosse aquilo que eu estava ali imaginando, não é? E eu estaria prestes a cometer uma tremenda gafe.... Porém, era o que eu esperava e desconfiava: ela tinho visto na TV o comercial da Kelly Key, do combate à Aids, onde ela entra na farmácia à procura de camisinhas..... Respirei fundo, olhei pros brilhantes olhos azuis dela, arregalados de curiosidade e impaciência, e falei: Camisinha, filha, é uma proteção que os homens usam pra.... Ela me virou as costas, falou um Ahhhhh, tá..... e agradeceu. Fiquei ali, perplexa...eu não tinha falado nada e ela já se satisfez? Perguntei: Já entendeu? E ela respondeu, já ao longe: Unhum... Fiquei ali a pensar que a explicação foi realmente suficiente, afinal ela só tem 5 anos. No mais, ela deve ter perguntado mais pra ver se existe mesmo, porque no comercial a protagonista só se refere a, não é mostrado nada.
Então, se prepare, porque essa pergunta voltará... pensei. Enquanto não volta, sorrio... porque a vida é realmente bela. Paz!

Desabafos da Polly Mattos | às 07:01 PM