05 junho, 2007
Gosta muito de ler. Ler tudo que passa pelas mãos. De outdoors à Camões; de Veríssimo à bula de remédio. De animais, cachorro basta, e se possível, um cachorro auto-limpante. Se não, pode deixar. Extremamente autoritária com a vida, tudo tem que estar organizado, senão não flui. Não sabe costurar, bordar, crochetar, tricotar, não tem nenhuma habilidade manual para distrair a futura e inevitável velhice. Não sabe dançar samba-rock, gafieira e muito menos esse forró atual - mas gosta -muito- de dançar. Não sabe deixar pra depois, nem falar pouco. Não sabe nadar, têm uma sensação esquisita quando entra na água - mar ou piscina. Não sabe ter muita paciência com nada e odeia ser contrariada. Não gosta de dobradinha nem de jiló, o resto pode mandar que é provado. Não joga nada direito, mas se dá bem n'um truco entre amigos, só porque o lance é blefar.

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Bom-dia só depois das dez horas da manhã, salvo raríssimas exceções. Considera a net um porto seguro e desconfia sofrer de alguma doença, por isso. Tudo é uma extensão. Uma coisa está sempre relacionada à outra. Sempre. Mas é uma boa pessoa, num geral. Ouvinte sem igual, dedicada em tudo o que faz, preocupada, sentimentalóide, chorona. Neurótica-obsessiva-compulsiva-assumida. Inteligente, perspicaz, infantil. Exigente, bonita, gostosa - e prepotente. Sargentona, apaixonada, boêmia. Altruísta, monogâmica, atrapalhada, inofensiva, maliciosa. Claustrofóbica, chata, normal. Tem medo de somente três coisas na vida: barata, dentista e altura - necessariamente nessa ordem. O resto dá pra encarar.

Meiga, dengosa, simpática, assustadoramente sincera, adora carinho - dar e receber, tem a cabeça cheia de idéias, um monte de responsabilidades e duas pequenas preciosidades que a enchem de alegria. Abomina mentiras, covardia, hipocrisia, cinismo - e outras coisitas mais. Inverno em todos os aspectos e sentidos, não gosta de verão e toda sua insensatez. Quando apaixonada, se entrega e dá com a cara na porta, às vezes bem mais rápido do que o previsto. Cachorro à gato, telefone à email, campo à praia, números à língua, rádio à cd, DVD à cassete, vôlei à futebol, dançar à beber, avião à navio, carro à moto, bicicleta à a pé.

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Bem sucedida, é um kit pronto para horrorizar homens sem estabilidade - e isso não significa que eu está disponível - disponível é táxi em ponto. Para se chegar em algum lugar, acredita que se der um passo por vez, chega lá, embora saiba que sai atropelando muitas vezes. Como uma boa e típica geminiana, não dê opções, não peça opinião para discordar dela logo depois, não frustre. Uma ótima amiga, uma ótima nora, uma ótima companheira, mas pode magoar profundamente também. Estruturada, disciplinada, empreendedora, carismática, cativante (disseram). Intolerante, carente, perfeccionista, metódica, direta (me disseram também), uma cobra quando quero ser. Momentos ame-a ou deixe-a acabam rolando, mas na maioria das vezes se preocupa muito do que possam pensar. Não responde comentários no blog (com raras exceções) e costuma meter o bedelho na vida de todos da blogosfera que gosta. Então creia: não sou de todo mal...

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Três coisas em cima da minha mesa:
caneca azul, agendas telefônicas, óculos.

Três coisas que eu quero fazer antes de morrer:
Ultrapassar meus limites, ser mais paciente, ver minhas filhas bem.

Três coisas que eu sei fazer:
mandar trazer, mandar levar, mandar ficar.

Três maneiras de descrever minha personalidade:
chata, chata e chata - honesta também.

Três coisas que eu não consigo fazer:
comer certo, deixar o cigarro de uma vez por todas (ainda acontece, infelizmente, um de vez em quando), fazer a Raquel ser melhor na escola.

Três bandas/cantores que eu acho que você deveria ouvir:
de tudo um pouco, pra não ter rótulos. Aqui cabe o comentário de que ser eclética não significa não ter personalidade. É simplesmente gostar de tudo, incomodar-se pouco ou nada com estilos musicais.

Três coisas que eu digo freqüentemente:
Ninguém merece! Sério? Caramba!

Três das minhas comidas favoritas: chocolate, massas e casquinha de siri.

Três coisas que eu gostaria de aprender:
nadar, pintar telas, espanhol

Três coisas que eu bebo regularmente:
água, coca-cola, sucos

Três programas de TV que eu assistia quando era pequena:
Bambalalão, Bozo e Pica-pau.

 
04 junho, 2007
.... mas que ontem eu ganhei uma festa-surpresa bem bacana, eu ganhei. E gostei. E ri muito. E estou rouca. Foi daquelas assim, que vc chega de um dia monótono, pensando no que vai fazer de jantar, e tá todo mundo na sala, e gritam 'surpreeeeeesa', sabe? A vida é tão bela às vezes. É sim.


 
01 junho, 2007
Se fosse pela definição do livro que a mãe dela tem no armário, "amor é um gostar que não diminui de um aniversário pro outro". Era exatamente assim que ela sentia dentro do peito. O coração parecia galopar. Não. O coração parecia atleta em prova de obstáculos.

A hora da escola demora muito a chegar. A hora do intervalo então, que eternidade. Pensa o tempo todo naquela única parede que os separa. Projetou uma janelinha imaginária que a visão acaba bem no sorriso largo dele. E, quando finalmente chega o intervalo, passa rápido demais. A não ser aquele slow, quando ele desce as escadas e vai ao encontro dela. Lá vem os atletas de novo. Transpira, gagueja, sente o rosto queimar. Quer um pedaço? Quero. Trouxe um bombom pra você. Como você é fofo.

Se tem que se separar, que seja bem rápido: bendita seja a tecnologia. Orkut, messenger, telefone. Benditos sejam botões e luzinhas. É assim que mantém todos os atletas aquecidos para uma nova corrida. E quando ele liga, agradecendo o dia ou só pra falar oi, ou -melhor- só pra dizer que estava com saudades, o sorriso vêm grandão, iluminando o dia dela. Sorriso estampado desde que o amor aconteceu. E o coração? Ah, o coração tem dono. Desde o dia que ele amarrou o papel do sonho-de-valsa no dedo dela feito anel, e mais tarde ligou pra perguntar se ela lembrava do comercial. É claro que ela lembrava! A mãe escutou o grito de felicidade do outro lado da casa.

O amor chegou pra criança, que de criança mesmo não tem quase mais nada. Ela treme só de pensar que um dia ela vai beijar de verdade e que andará de mãos dadas; ela vibra do coração ter escolhido tão certo; porque ele é o melhor menino do mundo. Ela sabe que é amor, porque a mão dela quer muito pegar na dele, mas sabe que a dele tem que pegar na dela primeiro.

E os anjos da menina saem na frente, estendendo tapetes vermelhos, jogando pétalas de rosas, providenciando os fogos de artifício e o fundo musical adequado.

Porque é o primeiro amor.
E tem que ser tudo perfeito.

;)