No meio dos emails a abrir, vi um há uns dois dias, entitulado "Olhos azuis". Basicamente, contava a história de Emmy (acho que é isso), uma garotinha que, embora todos na família tivessem olhos azuis, ela nascera com olhos castanhos. Em suas orações, pedia à Deus os tão desejados olhos azuis de seus pais e irmãos, mas nunca fora atendida. A menina crescera e se tornara uma ativista na Índia, salvando crianças da miséria. Para tal, ela tinha que camuflar a pele com pó de café -já que era muito branca- e se vestir tal como os 'compradores' de crianças, vendidas pelos pais para não passar fome à quem quer que os comprasse. Emmy comprava para o bem, mas havia quem as compravam para todo o tipo de mal, e um dia, uma amiga comentara isso à ela: "Que grande perigo você corre, Emmy. Se inflitra no meio de tanta gente ruim para fazer o bem. Imagine se você tivesse os olhos azuis de teus pais, você não conseguiria se disfarçar para o teu generoso trabalho".
Caberia aqui a piadinha que, muito provavelmente, não existiam lentes de contato coloridas na época da história, mas isso se essa pequena metáfora (ou história mesmo, vai saber) não tivesse mexido tanto comigo,a ponto de me sentir o verme do côco do cavalo do bandido.
Assinado: Polly, a ingrata que se pôs a pensar.