05 janeiro, 2007

as mesmas pessoas do natal se reuniram de novo para o ano-novo: virada e tardezinha do dia primeiro. daí, como passei muito mal no dia de natal por ter bebido todas, enganei com um tulipinha de cerveja de bicada em bicada. estiquei uns trocados para irem comprar coca-cola, que eu não tava mesmo a fim de beber. foram e trouxeram umas seis: além de mim, alguém mais colaborou na vaca pro refri, que acabaram muito rápido. de duas uma: ou bebemos realmente demais, ou estamos envelhecendo e não aguentando a onda. fico com a opção 1.

...

- qualquer dia desses vamos encontrar um senhor na rua, de capa, chapéu e uma trouxinha nas costas, chorando.
- quem?
- o diabo. vai ser expulso do inferno.
- e ele ainda vai dizer: o sadam me bateu!

...

- você não tava querendo escrever um livro? taí o título!
- qual?
- Dossiê Acre. Ou Conspirações Acre.
- Boa, muito boa.
- Você é louco o suficiente pra isso.
- Ué! Mas você já viu algum acreano?
- Não.
- Já ouviu falar em algum acreano?
- Não.
- Sabe alguma coisa sobre o Acre?
- Não. Mas naquela minissérie da Globo vai passar.
- Que minissérie?
- A tal Amazônia.
- É mentira. O Acre não existe.

...

- O Acre existe, viu, Rafa?
- Eu sei. Ele que é louco.
- Ah bom! que alívio.

...

- Acabei de ver na internet. O Enéas é acreano.
- Que Enéas? O Enéas?
- É, o político.
- E o Enéas lá existe? É humano aquilo? No mínimo, ele é uma fórmula mal desenvolvida pelos extraterrestres ao invadirem aquele planalto, na tentativa de ocupá-lo. Vocês estão sendo todos enganados. Só eu sei da verdade.
- Hahahahaha.