08 setembro, 2006

E ela, parada na porta da sala, pensando na aula chata que teria nas próximas horas, arrependida por não ter ficado em casa, devido às poucas pessoas que foram, de repente, sente mãos tampando seus olhos por trás, um perfume conhecido no ar e uma felicidade invandindo a alma.

- Mãos geladas! - ela fala.
- Perfume bom. - ele sussura ao pé da orelha direita dela, fazendo um arrepio percorrer-lhe a costela.
- O meu? - ela titubeia, com ele ainda com as mãos tampando os olhos dela.
- Seu cheiro. Seu cheiro é bom.

Quando ele solta as mãos dos olhos dela, num ligeiro movimento a rodopia, de forma que ela fique de frente pra ele. Estão tão pertos, que mais uma vez, ela estremece. Não sabe onde põe as mãos, nem onde olha. No desespero de algo melhor que encará-lo, o abraça. Ele retribui. Ela, com o coração aos pulos, conclui que está realmente apaixonando-se. Ele, ao olhar pra ela novamente, diz:

- O que você anda fazendo comigo? Não páro mais de pensar em você.

Estão próximos ao ponto de um beijo, do qual ela foge, de novo.