Estou lendo um livro completamente up. "Mulheres que correm com lobos". Comprei no fim do ano passado, quando viajei com ela. Mas acabei nem levando, e ele já estava esquecido na estante. Achei que não tinha nenhum livro mais pra eu ler e na busca de uma releitura, achei-o-o. [olhe só quanta cultura, meudeus].
É um livro de linguagem psicológica, aborda os processos da psique e através das metáforas e histórias, esclarece o caminho a tomar (e incentiva) para reconhecer a força feminina interior.
Apesar de princípio tê-lo achado cansativo, acabei entrando em sintonia com a autora e o que tenho a dizer é que, até onde li, o livro é fenomenal. Se for colocar isso em termos de destino, eu diria que estou lendo-o no momento exato. Se colocar isso em visão prática, recomendo a qualquer uma que esteja se sentindo inerte e sozinha - e mais um zilhão de outras coisas, que inclusive são citadas no livro.
Auto-ajuda? Talvez. Mas funcional. Garanto.
Se eu tivesse lido na época que comprei, não teria tanto efeito quanto agora. Através de histórias -dessas mesmo, que escutamos de nossos avós ou em rodas infantis - a autora nos ensina sobre a La Loba.
Bem, sou péssima pra propagandas, se não teria feito marketing. Mas o fato é que, bem, pelo livro -e estou apenas começando a lê-lo- vi que, apesar de me sentir com a alma dobrada e amassada, não me é impossível prosseguir em direção à minha liberdade, do carinho por mim e as portas pra essa direção, ela ensina, são minhas próprias cicatrizes. Ninguém falou que é fácil.
E foi por isso que tomei uma decisão revolucionária e estou certa do que quero tanto quanto estive certa um dia que queria ser mãe.
Pasmem desde já. E culpem o livro. Ele foi a lupa pra eu enxergar quão pequena me faço diante de coisas tão simples e quão grande é minha força diante da confusão ao meu redor. O bloqueio se foi. A vontade se instalou. E se tudo der certo, vou começar uma faculdade que mudará todos os rumos da minha vida.
Por enquanto, me preparo, recolhendo ossos.