Tenho andado bem irritada ultimamente. Me irritando por pouco, pra dizer bem a verdade. Não é falta de sexo, não é falta de dinheiro, não são problemas de ordem familiar (mesmo com todo contratempo normal que há), não é nehum problema aparente, penso. Ah, e não é TPM também.

É uma falta, disso eu sei.
Mas falta do quê que eu não sei.

Esses dias atrás, assisti pela enésima vez, o filme Curtindo a vida adoidado... desconfio (note: desconfiar é não ter certeza) que seja isso que ando querendo. É lógico que eu não sou nenhuma aborrescente a fim de matar aula pra maluquecer na cidade, junto com um namorado (?!?!) e um(a) amigo(a)... é, no filme é um amigo, mas eu não teria essa distinção.... e esse amigo(a) não precisaria ter nenhuma Ferrari antigaça que o pai amasse mais que a própria mulher, pra eu destroçar durante a aventura.

Também não tenho meus pais dentro de casa para serem enganados na minha furtiva cabulação, que no caso, seria de trabalho. Porque não teria graça nenhuma fazer isso num fim de semana, por exemplo, perde todo o teor da coisa. Não precisando enganar meus pais (porque já não preciso fazer isso, eles moram longe e já estou bem crescidinha), o negócio seria cabular o trabalho, sem precisar enganar ninguém. É até bom, não seria necessário mentir, né? Tá.

O próximo passo seria "raptar" o namorado (?!?!- de novo) em seu trabalho também, enganando o chefe por telefone, coisa do tipo "aqui é mãe de cicrano, e ele precisa se ausentar porque o xxxxx faleceu"... fraquíssima, confesso, mas teria que ser algo do tipo. Ah, detalhe importantíssimo: o raptado tem que achar o maior barato estar passando por isso... achar tão legal, que eu me sentiria o máximo de ter mentido um pouquinho.

De quebra, um(a) amigo(a) faria parte da trama. Mas não é um(a) amigo(a) qualquer. Tem que ser daqueles(as) que se preocupam todo o tempo se vamos ser flagrados... é, isso também faz parte.

A partir daí, 'bora curtir a vida adoidado. E teria que ser em Sp/capital, já que aqui não tanta coisa assim pra curtir.... não adoidadamente (se é que existe essa palavra).

Pra finalizar, subimos no capô do carro, numa avenida movimentadíssima, e dançamos (e dublamos e encenamos) Twist and Shout, dos Beatles, of course.

Dispenso meu chefe no meu pé, correndo atrás de mim, mesmo porque ele nunca faria isso, e também não desejo à ele o que o inspetor da escola do filme passa... mas eu poderia ir a um restaurante (com todo o fuzuê que se faz na entrada) e ele, meu chefe, estar lá.... E dispenso a irmã chata-o-filme-inteiro-mas-bacana-no-the-end, porque não tenho irmã chata-boazinha e meus dois irmãos chatos-em-tempo-integral também não fariam dessas....

Hum, deu pra entender nas entrelinhas?
Se não deu, deixapralá.
E se entendeu sem dar, também tudo bem.

Mas que no final de tudo eu falaria "You're still here? It's over! Go home" ... ah, isso não tem como dispensar. Mesmo eu estando na vida real.

O filme é ótimo.... das sessões da tarde (e faz tempo, hein, assisti na tv paga) é o melhor... é, pode ser mesmo ISSO que eu quero. Mas não leve tão literalmente.

Ah, e pode não ser nada disso também.

Aiai.