08 novembro, 2008
Sábado e domingo em casa DE NOVO. Sem um puto. Que vida é essa? Era ontem que eu ia pra Monte Alto, receber flores roubadas, bombom de morango e uns afagos. Daí adivinha? Não deu. Assim como não dá pra ir ali, na Cau, dar um abraço nela. Tudo me cansa. Todo o resto me cansa, porque o que eu quero fazer de verdade, não posso e isso dá um desgosto enormeee.
Sozinha. Entro no msn, e puxo papo com um antigo namorado.
- Oi, W.
- Oi, C.
- Bem?
- Di boa.
Fim. E pior ainda.
O que tem de errado, meu Deus? Eu não queria acabar com a minha vida anterior, não escolhi por isso, por que então tenho que viver isso? Não quero viver isso. Isso, assim mesmo, com o maior desprezo e insignificância. Por que as pessoas que mais gostam de mim moram tão longe? Odeio essa sensação de estar tão sozinha. Odeio notar que a Rafa já não sabe mais o que fazer, odeio ela se sentir responsável por mim... ela só tem 14 anos.
Odeio ter que me contentar com a minha vida, simplesmente porque alguém disse um dia que nem sempre temos tudo que queremos. Odeio as pessoas falarem sobre a lei da atração pra mim. Odeio implorar por um pouco de atenção.
Ontem eu estava vendo o Dr. Phill, acho que é isso, e ele entrevistava uma moça pra lá de estranha, que é mentirosa compulsiva. Inventou por anos que tem deficiência renal e que estava na fila pra um transplante, e enganou vários médicos e várias pessoas que se compadeciam por ela, e assim ela se sentia amada e esperta. Falado assim não parece ser tão trágico.... mas ela tomava remédios para parecer letárgica e confusa, emagreceu de propósito, se maquiava para ficar pálida, colou um aparelho desses de crônicos renais na pele, compadecia pessoas que a levavam para "fazer hemodiálise", da onde ela entrava, saía, e ia no cinema para passar o tempo, e depois voltava pra clínica, e induzia crises de vômitos. Fiquei passada.
Depois que vi, fiquei muito mal. O tal Dr. Phill perguntou à ela o que ela ganhou com isso tudo... ela respondeu que amor... um amor irreal, porque amavam e se compadeciam de uma pessoa que não era ela. Então, ele perguntou se era impossível gostarem dela mesma, por que do invólucro de uma pessoa doente para se conseguir amor ? ... e ela não soube responder, já que não se lembrava mais de quem realmente era.
Ok, eu já menti para conseguir atenção. Já usei de artifícios que não eram tão verdades assim, para que eu fosse 'olhada'. Em algum momento da minha vida, já fiz isso. E talvez por isso eu ache tão cansativo mentir sem retorno nenhum. Sim, porque por mais que haja um retorno gigante, é um retorno para uma pessoa inventada. Hoje noto que falar a verdade também dá muita preguiça. Falar pra uma pessoa que ela está ridícula, por exemplo, custa mais explicações do que se falarmos que ela está linda. Mas prefiro assim. E talvez por isso tantas pessoas se afastaram de mim, tantas não tem saco mais pras minhas verdades, tantas me acham metida, arrogante, dona da verdade absoluta... só pelo simples fato de que não minto pra ninguém.
Exemplo disso foi um dos únicos "amigos" que me sobraram ter me ligado anteontem, que ia passar em casa e eu falei que não. Choque. Por que? "Porque já te liguei inúmeras vezes, pedindo pra você vir aqui, que eu precisava conversar, e você nunca podia... cada dia era uma coisa, era alguém mais divertido que eu que te chamava, e você sempre ia trabalhar até mais tarde... hoje, eu não tou a fim... nem de te ver, nem de falar... e outra: é sempre em casa. Ninguém me liga pra tomar um chopp, ninguém me tira daqui, pra dar uma volta. Hoje não. Não vou falar pra você vir pelo simples fato de que hoje você pode vir. Eu quis três ou quatro vezes antes, te liguei pedindo, uma vez quase implorei. Se estou fazendo pirracinha, nem eu tou notando agora. O fato é que hoje não quero."
Talvez eu tenha perdido o amigo. Mas a idéia do disponível para quando as pessoas quiserem me fere. E muito.
É como dor física. Pra eu reclamar, é que está doendo MESMO. Então, eu tô reclamando. Ó, tá foda. Tá difícil pra caralho. Não sou opção. Sou real, sou verdadeira, existo e tou aqui. Não quero passar meu sábado e domingo me empanturrando de chocolate de novo. Não quero mais ver TV como domingo passado que fiz super de conta que tava maravilhoso ficar sozinha e ver 4 filmes no dvd direto, beber 3 litros de coca e me envenenar de pipoca. Não posso e nem tenho forças mais pra me sentir tão impotente, meo.
Ok, eu não tenho nenhuma doença crônica, não sou mentirosa compulsiva e provavelmente Dr. Phill não leia blogs.... mas eu preciso de ajuda. E preciso agora.
Sozinha. Entro no msn, e puxo papo com um antigo namorado.
- Oi, W.
- Oi, C.
- Bem?
- Di boa.
Fim. E pior ainda.
O que tem de errado, meu Deus? Eu não queria acabar com a minha vida anterior, não escolhi por isso, por que então tenho que viver isso? Não quero viver isso. Isso, assim mesmo, com o maior desprezo e insignificância. Por que as pessoas que mais gostam de mim moram tão longe? Odeio essa sensação de estar tão sozinha. Odeio notar que a Rafa já não sabe mais o que fazer, odeio ela se sentir responsável por mim... ela só tem 14 anos.
Odeio ter que me contentar com a minha vida, simplesmente porque alguém disse um dia que nem sempre temos tudo que queremos. Odeio as pessoas falarem sobre a lei da atração pra mim. Odeio implorar por um pouco de atenção.
Ontem eu estava vendo o Dr. Phill, acho que é isso, e ele entrevistava uma moça pra lá de estranha, que é mentirosa compulsiva. Inventou por anos que tem deficiência renal e que estava na fila pra um transplante, e enganou vários médicos e várias pessoas que se compadeciam por ela, e assim ela se sentia amada e esperta. Falado assim não parece ser tão trágico.... mas ela tomava remédios para parecer letárgica e confusa, emagreceu de propósito, se maquiava para ficar pálida, colou um aparelho desses de crônicos renais na pele, compadecia pessoas que a levavam para "fazer hemodiálise", da onde ela entrava, saía, e ia no cinema para passar o tempo, e depois voltava pra clínica, e induzia crises de vômitos. Fiquei passada.
Depois que vi, fiquei muito mal. O tal Dr. Phill perguntou à ela o que ela ganhou com isso tudo... ela respondeu que amor... um amor irreal, porque amavam e se compadeciam de uma pessoa que não era ela. Então, ele perguntou se era impossível gostarem dela mesma, por que do invólucro de uma pessoa doente para se conseguir amor ? ... e ela não soube responder, já que não se lembrava mais de quem realmente era.
Ok, eu já menti para conseguir atenção. Já usei de artifícios que não eram tão verdades assim, para que eu fosse 'olhada'. Em algum momento da minha vida, já fiz isso. E talvez por isso eu ache tão cansativo mentir sem retorno nenhum. Sim, porque por mais que haja um retorno gigante, é um retorno para uma pessoa inventada. Hoje noto que falar a verdade também dá muita preguiça. Falar pra uma pessoa que ela está ridícula, por exemplo, custa mais explicações do que se falarmos que ela está linda. Mas prefiro assim. E talvez por isso tantas pessoas se afastaram de mim, tantas não tem saco mais pras minhas verdades, tantas me acham metida, arrogante, dona da verdade absoluta... só pelo simples fato de que não minto pra ninguém.
Exemplo disso foi um dos únicos "amigos" que me sobraram ter me ligado anteontem, que ia passar em casa e eu falei que não. Choque. Por que? "Porque já te liguei inúmeras vezes, pedindo pra você vir aqui, que eu precisava conversar, e você nunca podia... cada dia era uma coisa, era alguém mais divertido que eu que te chamava, e você sempre ia trabalhar até mais tarde... hoje, eu não tou a fim... nem de te ver, nem de falar... e outra: é sempre em casa. Ninguém me liga pra tomar um chopp, ninguém me tira daqui, pra dar uma volta. Hoje não. Não vou falar pra você vir pelo simples fato de que hoje você pode vir. Eu quis três ou quatro vezes antes, te liguei pedindo, uma vez quase implorei. Se estou fazendo pirracinha, nem eu tou notando agora. O fato é que hoje não quero."
Talvez eu tenha perdido o amigo. Mas a idéia do disponível para quando as pessoas quiserem me fere. E muito.
É como dor física. Pra eu reclamar, é que está doendo MESMO. Então, eu tô reclamando. Ó, tá foda. Tá difícil pra caralho. Não sou opção. Sou real, sou verdadeira, existo e tou aqui. Não quero passar meu sábado e domingo me empanturrando de chocolate de novo. Não quero mais ver TV como domingo passado que fiz super de conta que tava maravilhoso ficar sozinha e ver 4 filmes no dvd direto, beber 3 litros de coca e me envenenar de pipoca. Não posso e nem tenho forças mais pra me sentir tão impotente, meo.
Ok, eu não tenho nenhuma doença crônica, não sou mentirosa compulsiva e provavelmente Dr. Phill não leia blogs.... mas eu preciso de ajuda. E preciso agora.