13 julho, 2006

É assim. Quando parece que não tem solução mesmo, eu desespero. Pronto. Eu desespero de ver alguém falar em 'milhões aplicados', eu desespero em escutar 'uma noitada de 800 paus', eu desespero em saber que o Gaúcho ganha 160 mil por dia, eu desespero em saber que tem gente que compra perfumes de mil reais, jeans de 600, anel de 5 mil.

Eu desespero em ler comunicações do banco, eu desespero em ver um monte de coisa sem pagar, eu desespero em concluir que muito esforço foi em vão, eu desespero com tanto número negativo, eu desespero em tentar compreender onde foi que errei, ou se eu não errei, quando é que isso terá um fim. Não consigo vender meu carro, não consegui negócio com o gerente do banco, parece que tá tudo amarrado, que não consigo sair disso.

Eu desespero em ter certeza absoluta que não dei um passo maior que a perna, eu desespero por ter essa certeza, e mesmo assim me arrependo. Desespero porque precisa aniquilar dívidas, mas também precisa fazer unidunitê. Que há muito não sei o que é sair e sou toda economia, sei que sou. Então, que porra, não sei o que anda acontecendo. Não sei. E desespero.

Desesperada.
De verdade mesmo.