21 julho, 2005

Enquanto rodava a colherinha na xícara de café, pensava no que eu poderia colocar aqui hoje.. Minha principal idéia ronda em nunca estarmos satisfeitos com nada. É tanta frivolidade, que sempre estamos em busca, parecemos nunca alcançar. A gente esquece de curtir aquele estágio que passamos ou até conquistamos e deixamos ser invadidos por uma inquietude tão banal, tão idiota, que nunca estaremos contentes, porque nunca estaremos 'lá'.

Uma das maiores frustrações é vivermos numa sociedade que cultua forma física, que estar bem é estar magra(o), com a pele limpinha, não importando se somos inteligentes ou insensatos. Então, parece que estamos sempre correndo contra o relógio. Outra insatisfação faraônica é o respeito pelo outro(a) estar devidamente enterrado em algum lugar do decorrer da caminhada, e achar que toda essa barbárie humana é a forma mais correta de sobrevivência. Tsc.

Mas um bem permanece. Não estou falando de casa, de carro, de dinheiro no banco. Estou falando de um bem que está bem guardado. Um bem que só é teu e demais ninguém. Aquele que pode acontecer qualquer tortuosidade, ele continuará vivo. Aquele que nunca é esquecido. Teu maior sonho. Teu maior bem.

...
...

E é por esse bem que a gente continua sempre.