25 julho, 2005

Dias cansativos. Física e psicologicamente falando. Descobri que não preciso voltar a fazer terapia... tem alguém que diz umas verdades bem boas na minha fuça de graça. Claro que dói. Mas em três míseros dias fui obrigada a concluir que essa minha mania de 'cuidar' de tudo atrapalha. O que chamo de 'cuidar', na verdade, chamam de coleira, de monopolização, de marionete. Enquanto eu pensava que estava sendo o máximo, estava realmente dando bola fora. E isso há anos.

Por falar em terapia, tem uma frase inesquecível que escutei uma vez dentro do consultório: "As pessoas tem que ser, no mínimo, responsáveis por elas mesmas. Se querem se acabar em comer, que se acabem. Se querem insistir em um erro, que quebrem a cara sozinhos, Você nunca poderá mudar isso". Mas eu achava diferente. Achava não... eu acho ainda. Porque esse processo de entedimento não passou do primeiro passo: eu só sei que é um problema. Porém, aquele próximo passo, aquele que a gente muda em prol do outro, sei não. Ver as pessoas dando murro em ponta de faca sem alertá-las é mega difícil pra mim. Nem sei se vou conseguir controlar isso. Mas como escutei várias vezes nesse fim-de-semana, 'nem tudo pode ser do seu jeito'. E sim, dói.

O mais estranho é que na minha mente tinha uma margem enorme, pra entender o que eu quisesse daquilo tudo que eu ouvia. Mas fui chegar em algum lugar mesmo quando, pela primeira vez, prestei atenção em um comercial da Coca-Cola, que diz:

"Os que não se perguntam se alguém estará esperando

Se será verdade

Ou se será mentira

Os que não se perguntam se alguém vai escutar

Se estarão perdendo tempo

Os que não se perguntam se irão ganhar

Se haverá alívio

Se faltará muito

Os que não se perguntam se o dia será bom

São os mesmos que também não se perguntam se o copo está meio vazio

Porque para eles o copo está sempre meio cheio

Viva o que é bom."

...

E dói, lógicamente.