28 setembro, 2004
Queria tanto entender como é que se pode amar o verão, como certas pessoas amam... gente do céu! Isso aqui tá um inferno urbano... tá ridículo andar de carro embaixo desse sol (não, meu carro não tem ar-condicionado)... depois de 15 minutos de trânsito, tua cabeça já está fervilhando de dor.... as crianças vêm colando de suor do colégio... na geladeira não pára água gelada... as mulheres expondo seus corpos na rua, sem o mínimo senso do rídiculo, diga-se de passagem... pra ir na padaria é um martírio solar... fora todos esses pernilongos que te fazem mudar de idéia de qualquer tentativa de deixar as janelas abertas depois das 17h... que isso? Como podem? E ainda é primavera. Sou irredutível: nunca gostei do calor... a não ser que eu esteja num quiosque no Caribe (ou ali, em, Ilha Bela mesmo) não acho graça nenhuma ter que ficar semi nua o dia inteiro, com os cabelos num coque chupando Cornetto, por mais que eu goste de Cornetto. Aliás, aí há uma peculiaridade pollyannística: eu não gosto de sorvete. Com exceção, óbvio, de um Cornetto Brigadeiro ou um Kibom Carte d'Or num dia como esse, em que minha própria casa me expulsa pra fora, de tanto calor... afe.