24 outubro, 2005

Tenho pavor de dentista. Aliás, tenho pavor de pouca coisa. O dentista tá em segundo lugar. Barata é em primeiro.

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Então, por ter pavor de dentista, vivo protelando os cuidados dentários. Há quem tenha a bendita sorte de nunca ter tido uma cárie, por exemplo. Eu, além de fumante - que deixa os dentes fracos, tenho os dentes propícios à tudo que pede urgentemente um dentista.

Adiei, o máximo que eu podia, um tratamento, após ter parado veementemente com tudo lá nos meus 20 e poucos anos - completamente Fábio Jr isso, não? - onde de um tudo já havia acontecido comigo num consultório dentário. Não vou contar tudo outra vez, essa história já está aqui.

Enfim, daí que no meio do tratamento, a doutora descobre uma trinca na raiz do dente. Claro, tinha que ser difícil de tratar. E óbvio que era o motivo daquele dente estar superhiprmegamaxipower sensível. Marcando e desmarcando desde setembro passado, sexta-feira finalmente respirei fundo, empinei o queixo, murchei a barriga e compareci ao consultório.

- Vamos logo com isso de uma vez, por favor.

Ela é MOITO calma, MOITO boazinha, de dar nojo, sabe? Explica tudo o que vai fazer, mostra onde, explica porque, uma coisa. Enche o saco pra caceta. Mas melhor assim do que um açougueiro. Eu, imediatista à pampa, tenho que ouvir ela falar, falar, falar pra daí agir.

Depois da anestesia que amorteceu todo o maxilar até o nariz, fiquei duas horas deitada praticamente de cabeça pra baixo naquela cadeira massageando minhas costas. É, porque silenciar motorzinho, ninguém. Mas cadeira de dentista tem massagem. Vai entender.

Conclusão: estou com 4 pontos na gengiva, algum resquício de dor pós-cirurgia e 3 dias atestados. "Repouso" diz meu atestado, que lindo.

O que fazer? Assistir filmes, oras. Como tou duranga e meu irmão é cinéfilo pirateador, fui na casa dele, óficórse. Trouxe um punhado:

Encurralada
Wimbledon
O Enviado
A Nova Cinderela
Refém de uma Vida
xXx 2
Batman - O início
Van Helsing

Só não posso comer pipoca.